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Antonio e mãe foram tentar a sorte nos EUA e acabaram abandonados por um parente Foto: Arquivo Pessoal

Um jovem estudante que morou nas ruas conseguiu emprego na NASA vai começar um Ph.D. em ciências aeroespaciais. Uma verdadeira guinada na vida.

Antonio Macias, de 25 anos, foi de Cuba para Houston, nos EUA, com sua mãe e passou muitas dificuldades.

Mas, em 5 anos, o imigrante cubano aprendeu inglês, concluiu um mestrado e agora vai trabalhar na maior agência espacial do mundo.

Barreiras
Mãe e filho saíram de Cuba, passaram pela Venezuela, Equador e finalmente, em 2015, cruzaram a fronteira do México para chegar aos Estados Unidos.

“Se morrermos, morreremos juntos e se formos salvos, seremos salvos juntos. Juntos para tudo, então não vou ficar aqui e você em outro lugar. Juntos!”, disse Milda, mãe de Antonio na época.

Moradores em situação de rua
Depois de conseguirem permissão para entrar nos EUA, mãe e filho chegaram a Houston, no Texas e foram para a casa de um parente.

Nem bem chegaram, eles foram abandonados por este parente em frente ao estacionamento Catholic Charities. A partir daí foram dias vagando pelas ruas, sem saber o que iam comer no dia seguinte.

“Não sabíamos o que íamos fazer, estávamos totalmente perdidos em uma nova cidade, sem dinheiro, sem amigos, também com pouco conhecimento do idioma”, disse Antonio.

Além disso, ele contou que no começo eles estavam com muita fome, por falta de dinheiro.

Felizmente, algum tempo depois, Antonio conseguiu um emprego e, embora não falasse inglês e o salário fosse baixo, era o suficiente para conseguir comida para ele e sua mãe.

Depois, eles conseguiram alugar uma casa e Antonio começou a aprender inglês. Do inglês, foi para a Universidade do Texas em Austin, onde se formou com honras e recebeu várias condecorações.

Além disso, ganhou o reconhecimento do governo dos Estados Unidos e várias honrarias pelo excelente trabalho em pesquisas científicas para o universidade.

Emprego na NASA
Graças ao seu magnífico desempenho acadêmico, a NASA ofereceu um emprego em um laboratório especializado em missões e otimização de espaçonaves.

“Realizei meu sonho de trabalhar na NASA. Passei vários dias pensando e isso me deixou muito orgulhoso”.

“Tenho muito orgulho de mim mesmo e da minha mãe porque ela sempre me empurra muito para progredir, para ser melhor e para trazer à tona a melhor versão de mim ”, comemora o jovem.

Agora, o imigrante cubano já está se mudando para Atlanta para fazer um doutorado em ciências aeroespaciais no Instituto de Tecnologia da Geórgia para expandir seu conhecimento na área.

Com informações: Nation/El Hispano


Não é muito fácil encontrar planetas parecidos com a nossa Terra, mas toda vez que a NASA descobre algum sempre há uma peculiaridade sobre ele. É o caso de TOI 700 d. Que é quase do tamanho da Terra, mas orbita uma estrela anã há 100 anos-luz de distância; a mais distante já descoberta pela agência espacial americana.

Ele é o primeiro planeta descoberto pelo TESS, Satélite de Pesquisa de Exoplanetas em Trânsito, da NASA. Por ser um pouco maior, o TOI 700 d leva 37 dias para completar uma volta ao redor da estrela anã, chamada TOI 700. Aí é que mora uma curiosidade interessante sobre ele: assim como a Lua, o planeta sofre de travamento gravitacional, ou seja, ele não gira em torno de si mesmo, apenas ao redor da sua estrela, fazendo apenas movimento de translação, o planeta não tem movimento de rotação.

Um dos itens que tornam possíveis especulações sobre a sobrevivência no planeta é esse movimento de translação e a estrela ser menor; ter apenas 40% da massa e tamanho do nosso Sol e ser mais frio, ela tem apenas metade da temperatura.


Os três planetas de dia e escuridão eternos descobertos pela TESS.

No total, esse sistema possuí 3 planetas: TOI 700 b e TOI 700 c. O primeiro leva 10 dias para completar uma volta e o segundo, 16. TOI 700 b provavelmente´e rochoso e menor que a Terra, enquanto que o seu irmão é gasoso e 2,6 vezes maior que o nosso planeta. A herança de família deles é única: todos eles tem uma face onde sempre é dia e a outra mergulhada numa eterna escuridão.

Vale lembrar que esta não é a primeira vez que a NASA encontra um ambiente onde supostamente é possível sobreviver fora da Terra, anteriormente a agência espacial encontrou indícios de água numa lua de Júpiter e indícios de água em Marte, o que cria muitas esperanças sobre a extraterrestre

Twitter/@NASAPsyche

A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) aprovou uma missão espacial para estudar um asteróide gigante de metal cujo interior teria tanto ouro que seria capaz de causar um colapso econômico mundial.

Segundo analistas, o metal precioso contido nessa rocha chamada Psyche 16 é avaliado em 10 mil quatrilhões de dólares, uma cifra escandalosa que enlouquece caçadores de fortuna.

O asteróide também é composto de ferro e níquel, assim como o núcleo da Terra. A Nasa não confirmou a presença de ouro na sua estrutura, mas diferentes publicações garantem que há grandes volumes do metal no Psyche 16.


A NOVA MISSÃO DA NASA
O valioso meteorito mede 210 quilômetros de diâmetro e está localizado três vezes mais longe do Sol do que a Terra, no cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter. A Nasa enviará a Missão Discovery em 2023 para estudá-lo, esperando chegar ao asteroide em 2030.


“Esta é uma oportunidade para explorar um novo tipo de mundo, não de rocha ou gelo, mas de metal”, disse a pesquisadora da Universidade do Estado de Arizona Lindy Elkins-Tanton.

“O Psyche 16 é o único objeto do seu tipo conhecido no sistema solar. Esse é o único jeito que os humanos visitarão um núcleo. Aprendemos sobre o espaço interior visitando o espaço exterior, acrescentou.

O presidente da Royal Astronomical Society dos Estados Unidos, John Zarnecki, estima que são necessários 25 anos para encontrar uma maneira conceitual de como extrair metal da rocha.

O líder da Euro-Sun Mining, Scott Moore, acredita que quanto mais tempo, melhor, porque esse ouro espacial causaria um caos na indústria do ouro.


Mudança nas regras beneficiaria as distribuidoras, podendo inviabilizar a produção em menor escala

A produção de energia limpa que mais cresce no Brasil é a de Geração Distribuída (GD), com expansão de 150% entre 2018 e 2019. Entretanto, a energia solar está correndo risco antes mesmo de deslanchar. A revisão de uma norma, proposta pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), pode retirar os subsídios do setor.

Conectada diretamente à rede de distribuição, a GD avança por meio da energia solar fotovoltaica. Desde 2012, a Resolução Normativa (REN) n° 482 da Aneel garante o sistema de compensação, quando a energia excedente gerada por um consumidor pode ser injetada na rede e abatida do consumo mensal. A regulação, contudo, será modificada até junho de 2020, e está em consulta pública até 30 de dezembro.

A mudança gerou muitas reclamações por parte da cadeia de energia solar, que hoje é isenta de encargos e impostos pelo uso do fio - e passará a pagar. O governo e as concessionárias, responsáveis pela rede de distribuição, dizem que o custo é repassado para os consumidores que não geram energia. O Ministério da Economia e a Aneel alegam que o setor não precisa de subsídio, cujo custo para os brasileiros pode chegar a R$ 54 bilhões em 2030. Segundo o setor, com a taxação, os investimentos serão inviabilizados, visto que o retorno do investimento ocorrerá em 26 anos, período superior à vida útil dos equipamentos fotovoltaicos.

A audiência pública se encerra no fim do ano e mais de mil contribuições são contabilizadas. A Aneel promete avaliar tudo no primeiro semestre de 2020 e decidir em meados de junho. Segundo Carlos Alberto Calixto Mattar, superintendente de Regulação dos Serviços de Distribuição da Aneel, a proposta é de que os consumidores que produzem energia solar paguem pela utilização da rede de distribuição "na exata medida de seu uso". "Se nada for feito, em 2021, os que geram energia solar vão deixar para os demais uma conta a pagar de R$ 1 bilhão", afirma.


Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), afirma que a GD proporciona mais ganhos do que custos. "Os benefícios são elétricos, econômicos, sociais e ambientais. Todo mundo ganha com a água economizada, com a termelétrica que não é acionada, sem perdas e com alívio nas redes. Evita investimento em novas linhas de transmissão, é energia limpa e sustentável", diz.

O professor da Universidade da Califórnia, Rodrigo Ribeiro Antunes Pinto, compara o sistema no Brasil com o do estado norte-americano. "Na Califórnia, são 40 milhões de habitantes e geração de 80,3 gigawatts (GW), dos quais 13%, ou 10,7 GW, são provenientes de fonte solar. No Brasil, são 210 milhões de habitantes, geração de 157 GW e apenas 0,6% solar", diz. "O que a Aneel propõe é usar uma taxação que só ocorre em locais com contribuição muito maior da energia solar. A Califórnia produz dez vezes mais do que todo o Brasil, tem 60 vezes mais painéis por habitante. Deveria estar desesperada para acabar com isso. Mas o estado subsidia 30% o setor, o direito de troca de energia é de 1 para 1 (da produzida pela consumida) e esses termos são garantidos por 20 anos", explica. "Tem alguma coisa muito errada ocorrendo no Brasil", conclui o professor.

Imagem escolhida como "foto do dia" pela Nasa é do fotógrafo Ivan PedrettiImagem: Reprodução/Nasa

A Nasa publicou hoje uma foto inédita que mostra o momento exato em que relâmpagos aparecem sob via láctea, vistos da região na ilha de Sardenha, no sul da Itália.

A imagem é de autoria do fotógrafo Ivan Pedretti e foi eleita a "foto do dia" pela agência espacial dos Estados Unidos.

Na legenda, a instituição explicou que, apesar de parecer que a Via Láctea (o conjunto de estrelas que aparece no centro) está produzindo os raios, na realidade a luz é produzida pela Terra.

"As rochas e os arbustos em primeiro plano estão próximos ao famoso farol de Capo Spartivento, e a câmera está apontada para o sul, em direção à Argélia, na África", explicou a Nasa. "Ao longe, no mar Mediterrâneo, uma tempestade é ameaçadora, com vários raios elétricos capturados juntos durante essa exposição de grande angular de 25 segundos".

Fonte: Uol

Montpelier, em Vermont: no inverno as temperaturas são negativas (SeanPavonePhoto/Thinkstock)

Principal requisito é trabalhar remotamente para empresas sediadas em outros estados dos EUA. Brasileiros podem se candidatar

O estado de Vermont, um dos menos populosos dos Estados Unidos, criou um plano de incentivo para profissionais de trabalho remoto que quiserem se mudar para lá.

Os novos residentes que trabalhem a distância para empresas de outros estados do país vão receber uma ajuda de custo de 10 mil dólares (por volta de 38 mil reais) por meio desse programa.

O incentivo é para quem se mudar a partir de janeiro de 2019 e será dividido em duas vezes: 5 mil dólares por ano (cerca de 19 mil reais).

Teletrabalho – em home office ou em espaços compartilhados, os chamados coworkings – em tempo integral para empresas sediadas em outros estados dos Estados Unidos é o principal requisito.

Estadunidenses, brasileiros e demais estrangeiros que já trabalhem para empresas de outros estados dos EUA e que não tenham domicílio registrado em Vermont podem se candidatar a receber o dinheiro até o dia 1 outubro deste ano. Quer trabalhar nos EUA? Saiba qual é o passo-a-passo do processo imigratório.

Os detalhes estão no edital da iniciativa, lançada em maio. Vale lembrar que o inverno é rigoroso e registra temperaturas negativas em Vermont, que fica na fronteira com a província de Quebec, no Canadá. O site Think Vermont também traz informações sobre como é morar e trabalhar por lá.

Via: Exame

CEO da rede reconheceu que empresa 'não fez o suficiente' para evitar danos

CEO do Facebook Mark Zuckerberg chega a reunião com senador Bill Nelson - ALEX WONG / AFP

WASHINGTON — O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, disse ao Congresso dos Estados Unidos em um depoimento escrito, divulgado nesta segunda-feira, que a rede de mídia social não fez o suficiente para evitar o mau uso e se desculpou. O CEO assumirá a responsabilidade pela falha de sua rede social em proteger os dados privados de seus usuários, segundo o documento de seu testemunho, um dia antes da audiência ante parlamentares americanos.

"Está claro agora que não fizemos o suficiente para impedir que essas ferramentas sejam usadas para causar danos", disse ele em um depoimento escrito divulgado pelo Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos EUA.

Na semana passada, Zuckerberg admitiu que o Facebook provavelmente levará "alguns anos" para resolver os problemas sobre o uso irregular de dados privados de usuários da rede. No testemunho escrito, o presidente-executivo destaca que a empresa "deveria com certeza ter percebido a interferência russa antes", em referência às eleições presidenciais americanas.

"Não tivemos uma visão ampla da nossa responsabilidade, e isso foi um grande erro", acrescentou. "Foi um erro meu, e eu sinto muito. Eu comecei o Facebook, eu o administro e sou responsável pelo que acontece aqui".

No depoimento escrito, Zuckerberg também disse que os principais investimentos do Facebook em segurança "impactarão significativamente a lucratividade daqui para frente". O CEO está se reunido com parlamentares dos Estados Unidos na segunda-feira, antes dos depoimentos de dois dias no Congresso, que começam nesta terça-feira.

Em declarações ao site de notícias "Vox", Zuckerberg afirmou que um dos problemas do Facebook é seu "idealismo", concentrando-se nos aspectos positivos de conectar as pessoas, e que "não passamos tempo suficiente investindo ou pensando em alguns dos usos negativos das ferramentas".

Veja o video do momento:



Via: O GLOBO / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

© Reprodução

Independente de todos os perrengues que passamos na Terra, o universo continua repleto de beleza. Júpiter talvez seja a coisa mais bonita de todo o nosso sistema solar, e ele não tem vergonha de se mostrar. Gerald Eichstädt and Seán Doran, cidadãos cientistas/estrelas da Juno Cam, produziram uma das mais incríveis imagens de Júpiter que já vimos.

De acordo com a NASA, a foto foi capturada originalmente em 10 de julho de 2017, enquanto a sonda Juno orbitava o planeta pela sétima vez. A cerca de 16.535 km acima de Júpiter, a sonda registrou um grande foco vermelho e faixas multicoloridas.

Até a própria sonda Juno ficou impressionada pela foto:

Jupiter Side Eye 👀 See the Great Red Spot from a new point of view in this striking Jovian vista https://t.co/CTa9TS3h7J #citizenscience pic.twitter.com/Fx2O4oXwme
Continue a brilhar, Júpiter, sua bela e misteriosa bola de redemoinhos coloridos. Você pode ver toda a galeria de imagens em alta resolução da JunoCam aqui.ão da JunoCam aqui.

Rae Paoletta

© Reprodução

A NASA lembrou o mundo, nesta quarta-feira (31), que em breve vai executar o último ato de realização de desejo em nome de toda a humanidade: no verão de 2018, a agência espacial planeja lançar uma sonda diretamente na atmosfera do Sol. Embora a missão infelizmente não seja tripulada, a Solar Probe Plus, de 3,04 metros, agora oficialmente chamada de Parker Solar Probe, vai chegar mais perto dessa bola quente de gás — e morte — do que qualquer um de nós já chegou.

A sonda, que tem sido preparada desde 2008, vai alcançar a camada mais externa da atmosfera do Sol, chamada de coroa solar. Conforme explicou o especialista em projetos de missão Nicola Fox, em um comunicado da NASA nesta quarta-feira, a Parker Solar Probe vai explorar essa região, que tem cerca de 1.371ºC, para obter novos conhecimentos sobre o vento solar e o clima espacial. O clima espacial pode afetar a nós todos aqui na Terra, conforme o Sol envia uma enorme quantidade de radiação de alta energia e de partículas em direção à atmosfera da Terra, potencialmente impactando satélites e redes elétricas no solo. O vento solar sopra as partículas altamente carregadas diretamente em nós.

"Estaremos sete vezes mais perto do que qualquer missão já esteve", Fox disse a repórteres durante a coletiva de imprensa. "Vamos, repetidamente, fazer uma varredura pela coroa solar, fazendo essas medições



Fox acrescentou que a sonda está atualmente sendo construída e testada rigorosamente, já que terá que suportar algumas das condições mais extremas imagináveis. Após contar com a ajuda gravitacional de Vênus para acelerar, a sonda vai se movimentar rapidamente em torno do Sol, a cerca de 69 mil quilômetros por hora.

A grande revelação durante a entrevista coletiva desta quarta-feira não foi necessariamente o plano para alcançar o Sol, mas, sim, a mudança de nome da sonda. Originalmente chamada de Solar Probe Plus, a Parker Solar, da NASA, presta homenagem ao astrofísico Eugene Parker, que hipotetizou pela primeira vez a existência dos ventos solares na década de 1950.

Com sorte, a Parker Solar Probe vai responder algumas de nossas questões sobre esse gigante de gás que, milagrosamente, nos mantém vivos. "Fizemos coisas fantásticas", disse Fox. "Mas até irmos lá e de fato tocar o Sol, não dá para realmente responder essas questões chave."

Rae Paoletta

A ferrovia passou de símbolo da promessa de um Nordeste e de um Brasil que não parariam de crescer para um catálogo de retratos de abandono

Vagão de trem na ferrovia Transnordestina em Pernambuco, dia 26/10/2016 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Salgueiro, Pernambuco – O corte reto e metalizado traçado pela ferrovia no horizonte destaca a Transnordestina em meio à seca paisagem sertaneja, tão familiar ao agricultor Francisco Emiliano, de 58 anos, que viu a obra ser lançada em 2006 e testemunha diariamente o silêncio da linha inacabada, onde já não há mais operários trabalhando e nem passa trem algum.
Plantas crescem nos trilhos da ferrovia Transnordestina perto de Missão Velha, no Ceará, dia 25/10/2016 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ao longo dos 10 anos de sua atrasada obra, que já consumiu mais de 6 bilhões de reais, a ferrovia Transnordestina passou de símbolo da promessa de um Nordeste e de um Brasil que não parariam de crescer para um catálogo de retratos de abandono, tanto onde a linha está pronta, mas sem operar comercialmente, como nos canteiros de obra deixados para trás quando o dinheiro parou de entrar.
Parte da ferrovia transnordestina, no túnel de Brejo Santo, no Ceará, dia 29/10/2016 (Ueslei Marcelino/Reuters)

O futuro da ferrovia, que era um dos principais projetos de infraestrutura do país, com mais de 1,7 mil quilômetros de traçado, segue incerto.
Túnel em Brejo Santo, Ceará, parte da Transnordestina (Ueslei Marcelino/Reuters)

As dúvidas persistem mesmo depois da aguardada medida provisória das concessões, publicada no mês passado, que cria mecanismos para devolução negociada de contratos à União, para serem relicitados, e da promessa de mais dinheiro do governo federal anunciada na última terça-feira..
Crianças brincam nos vagões de trem na ferrovia Transnordestina, em Salgueiro (PE), dia 26/10/2016(Ueslei Marcelino/Reuters)

O projeto ainda precisa de bilhões de reais para ser concluído. Além disso, a obra está sob a mira do Tribunal de Contas da União (TCU) pela legalidade do contrato que deu à concessionária controlada pela CSN o direito de tocar e gerenciar o projeto, por questões licitatórias e eventual disparidade de valores.
Vigas da construção da ferrovia da Transnordestina, dia 29/10/2016 (Ueslei Marcelino/Reuters)

O que se vê atualmente no percurso por onde passariam vagões carregados, principalmente de minérios e grãos, é um legado de desolação e desemprego no sertão castigado por uma estiagem que já dura cinco anos.
Homem anda de moto pelo trecho inacabado da ferrovia Transnordestina, no Ceará, dia 25/10/2016(Ueslei Marcelino/Reuters)

“Até agora, a obra parou aqui. Depois continua só a estrada carroçal (de terra). Se estivesse pronta ia ser bom demais. Ia chegar combustível mais barato, emprego para o povo. Está tudo parado. Tem muito desempregado por aí”, conta Emiliano.
Trecho de obra não concluída da ferrovia Transnordestina em Custódia, Pernambuco, dia 26/01/214(Ueslei Marcelino/Reuters)

O agricultor, pai de sete filhos, mora perto da cidade de Missão Velha (CE), de 34 mil habitantes, e trabalha cuidando de cerca de 80 cabeças de gado em uma propriedade às margens dos trilhos da Transnordestina.
Construção da ferrovia transnordestina em Salgueiro, Pernambuco, dia 26/10/2016 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Emiliano vigia o gado em um local a apenas algumas dezenas de metros do chamado Marco Zero, onde as obras foram lançadas dez anos atrás pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Vagões de trem na ferrovia Transnordestina, na cidade de Salgueiro, em Pernambuco, dia 26/10/2016 (Ueslei Marcelino/Reuters)

E é ali mesmo, pouco depois do Marco Zero, que o trecho pronto da ferrovia que vem de Pernambuco termina abruptamente.
Crianças em cima de trem na ferrovia Transnordestina, em Pernambuco, dia 26/10/2016 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dormentes, trilhos e brita vão sendo deixados para trás até que a obra passa a ser apenas uma estrada de terra batida, usada hoje para pastagem de animais e como atalho para motos e carros que circulam na região.
Trecho inacabado da ferrovia Transnordestina em Missão Velha, no Ceará, dia 25/10/2016 (Ueslei Marcelino/Reuters)

A reportagem da Reuters percorreu cerca de 300 quilômetros do projeto, quase metade da extensão já concluída, bem como locais onde a obra estagnou, no Ceará e em Pernambuco, ouvindo relatos de pessoas afetadas direta ou indiretamente pelo projeto que voltou à pauta em Brasília, no momento em que o governo federal tenta encontrar uma solução para esta e outras concessões de logística que enfrentam graves problemas para seguir adiante.
Igreja de São Luix Gonzaga, no caminho da ferrovia Transnordestina, em Custódia, Pernambuco, dia 27/10/2016 (Ueslei Marcelino/Reuters)

O Ministério da Integração Nacional acenou com injeção de mais 430 milhões de reais para a retomada das obras da ferrovia. Desse valor, segundo anunciado na terça-feira, cerca de 153 milhões serão liberados pelo Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) “e permitirão a retomada das obras”.



O ministério não informou, no entanto, prazos para isso até o fechamento desta reportagem.

Do total anunciado, outros 150 milhões de reais “estão condicionados à comprovação da execução dos serviços ao longo de 2017”.

O restante será desembolsado pela estatal Valec, sócia minoritária do projeto, no ano que vem. A pasta não deu nenhum detalhe sobre como a verba será aplicada.

A liberação desses recursos teria ocorrido depois que a TLSA se comprometeu a apresentar em 50 dias “um plano de trabalho com informações sobre a aplicação dos recursos e as metas para dar mais impulso à execução dos serviços em 2017”, afirmou o ministério.

O projeto da Transnordestina, no entanto, ainda precisa de pelo menos mais 5 bilhões de reais.

Fontes do governo avaliam que pode ser difícil encontrar quem esteja ainda disposto a apostar na ferrovia, levando em conta que governo de Michel Temer está menos disposto a ser sócio de grandes empreendimentos.

Apesar da repactuação financeira da Transnordestina com a TLSA estar sobre a mesa, uma fonte do governo que participa diretamente das discussões e outras três autoridades do governo federal dizem que o mais provável é que ocorra a chamada devolução negociada, ou “amigável”, da concessão. A TLSA é controlada pela CSN.

Se essa for de fato a saída, a União retomaria a concessão da ferrovia para tentar oferecê-la posteriormente ao mercado em leilão, seguindo as regras da MP das concessões.

Uma possibilidade para tentar viabilizar o interesse de investidores seria reduzir o traçado originalmente previsto, mas segundo a fonte que participa diretamente das discussões há dentro do governo dúvidas sobre se existe carga suficiente nas regiões atendidas pela ferrovia para atrair esse investimento.

“Não tem lógica”

As obras da ferrovia, que a esta altura deveriam estar em grande parte prontas, já custaram cerca de 6,27 bilhões de reais, segundo a estatal Valec, sócia minoritária do projeto.

Porém, o trabalho está longe de terminar, já que apenas 52 por cento das obras previstas foram concluídas.

O objetivo público da ferrovia era ter uma capacidade para transportar 30 milhões de toneladas de carga por ano, principalmente minérios e grãos, segundo dados da TLSA.

Para se ter uma ideia do que isso significa, em 2015, segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a malha paulista da Rumo (ex-ALL), que liga o Centro-Oeste ao principal porto do país, Santos, transportou cerca de 4,7 milhões de toneladas de carga.

Para alguns especialistas, porém, o potencial de carga para a nova Transnordestina pode ser bem menor do que sua capacidade.

“Se chegasse a 5 ou 6 milhões de toneladas transportadas por ano seria muito”, disse o diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira. O grupo reúne entidades de diversos setores, como agropecuário e industrial.

Atualmente, estão concluídos cerca de 600 quilômetros de trilhos, de um traçado de 1.753 quilômetros, segundo a TLSA.

A diferença entre os quilômetros e o percentual de conclusão leva em conta a execução de pontes, viadutos e trabalhos preparatórios do solo para o assentamento dos trilhos.

O atual contrato da Transnordestina, no entanto, prevê a entrega da ferrovia em janeiro de 2017.

Pelo projeto atual, a ferrovia partiria de Eliseu Martins, no interior do Piauí, em direção a Salgueiro, em Pernambuco, de onde se dividiria em dois grandes braços em direção aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE).

Questionada sobre o futuro da obra, a TLSA afirmou que a liberação dos 430 milhões de reais permitirá a “retomada imediata das obras de forma sustentável ao longo de 2017”, e a criação de cerca de 5 mil empregos.

Porém, a empresa acrescentou que segue negociando com o governo para “consolidar o plano definitivo que possa garantir a conclusão do projeto”.

Com a repactuação financeira e a retomada do ritmo na obra,a empresa afirma que conseguiria concluir o trecho entre Eliseu Martins e Pecém em 30 meses “e a ligação até o porto de Suape em mais 14 meses”.

A CSN encerrou setembro com dívida líquida de 25,8 bilhões de reais e tem vendido ativos para reduzir o endividamento.

Uma das críticas de técnicos ouvidos pela reportagem, e que pode ajudar a explicar por que os trechos prontos da ferrovia não estão em operação, diz respeito ao fato das obras da Transnordestina terem começado pelo interior e não pelos portos.

Sem conexão com os terminais portuários, os trilhos prontos não têm para onde levar cargas.

“Isso é mais do que atípico, não tem lógica. Se tem um porto, você a 50 quilômetros dele já tem carga e pode começar a operar. Esse tipo de procedimento demonstra outro problema, que é a falta de um planejamento mais consistente”, disse o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e ex-diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Luiz Afonso Senna.

“Você tem formas de construir e agregar cada trecho para já começar a deixá-lo operacional”, acrescentou.

A TLSA afirma que estuda iniciar uma possível nova frente de trabalhos a partir de Pecém, em direção a Missão Velha.

“O modelo de construção idealizado foi desenvolvido para possibilitar o menor deslocamento de matéria-prima (dormentes e brita) por meio do lançamento de três frentes simultâneas a partir de Salgueiro, vértice dos três segmentos, possibilitando um menor custo do projeto”, disse a empresa.

Segundo a professora do mestrado de Geografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Tânia Bacelar, a Transnordestina precisaria avançar mais rumo ao oeste para se encontrar com a ferrovia Norte-Sul e obter mais carga.

“A Norte-Sul será a espinha dorsal do sistema nacional. A Transnordestina está no meio do caminho ainda”, disse a economista.

Em meio a críticas e questionamentos, o ex-diretor da ANTT avalia que muito dinheiro já foi investido na Transnordestina e terminá-la é essencial.

“Não pode haver uma obra daquele porte parada, com o que já foi investido, com a relevância econômica que tem para a região”, disse.

“Temos no Brasil os chamados elefantes brancos, esse ainda não é um elefante adulto, mas precisamos achar uma solução por meio de um modelo concessão que pare em pé”, afirmou ele.

A estimativa total de investimentos necessários subiu de 7,5 bilhões de reais, previstos em 2012, para os atuais 11,2 bilhões, orçamento em fase de validação pela ANTT, segundo a concessionária.

Na mira do TCU

O projeto da Transnordestina está sob a lupa do TCU há meses, e seus técnicos estão examinando pelo menos três aspectos do empreendimento.

Um deles diz respeito à legalidade do próprio contrato que deu à concessionária controlada pela CSN o direito de tocar e gerenciar o projeto.

O Ministério Público de Contas do TCU afirma que não houve licitação para a concessão do projeto à TLSA e ainda desconfia de eventual disparidade entre os valores já investidos e extensão já concluída da obra.

“A construção de 1.753 quilômetros de ferrovia e a exploração desse novo objeto no contrato de concessão da Malha Nordeste deu-se sem prévia licitação, com violação aos comandos contidos no artigo 175 da Constituição Federal e de diversos comandos da Lei 8.987/1995”, como consta do processo que tramita no TCU sobre o caso.

O ministro do TCU Augusto Sherman afirmou em julho, no processo aberto no tribunal sobre a Transnordestina, que um dos financiadores da obra, o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), teria observado disparidade entre a execução física e a financeira.

A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que administra o fundo, confirmou à Reuters que, “na última liberação de recursos do FDNE para o projeto da Ferrovia Transnordestina, o Banco do Nordeste (agente operador do FDNE) verificou haver defasagem de comprovações das execuções física, financeira e contábil do projeto”.

E por isso, em 2014, a Sudene notificou a concessionária condicionando a aprovação de novo pedido de desembolso à comprovação da conformidade das execuções “em patamares compatíveis com os recursos efetivamente liberados pelo FDNE”.

Questionada sobre isso, a TLSA afirmou que, considerando o orçamento mais recente, de 11,2 bilhões de reais para o total da obra, já foram gastos o equivalente a 56 por cento disso, percentual próximo aos 52 por cento atribuídos à execução física da construção.

“Desta forma, não há descompasso entre os valores aplicados na obra e a sua correspondente execução física, fato já reconhecido pelo TCU quando da derrubada da liminar que suspendia novos aportes no projeto”, disse a TLSA, em resposta encaminhada à Reuters.

A comprovação da execução física da ferrovia também é uma prioridade do TCU, que deve fazer no ano que vem uma análise da obra com o uso de geotecnologia, informaram técnicos do tribunal.

A TLSA atribui ao atraso no repasse de recursos públicos as dificuldades com a obra.

Trilhos secos

Enquanto o imbróglio em torno do financiamento do restante da ferrovia se desenrola, a população das regiões no entorno das obras amarga a falta de trabalho.

Nela se inclui Daniel Alves, de 29 anos, morador de Missão Velha (CE) e desempregado há quase seis meses. Ele trabalhava nas obras da ferrovia na região desde praticamente o início.

“Trabalhei na obra da ferrovia desde 2007. Mas quando parou, fiquei sem trabalho. Estou parado, esperando, tem promessa da obra voltar. Dizem que para voltar estão esperando as chuvas, porque sem água não funciona a obra”, contou.

Segundo a TLSA, em outubro havia 829 funcionários mobilizados na obra da ferrovia. Em 2010, no pico dos trabalhos, eram cerca de 11 mil.

Outro desempregado em Missão Velha é Joel Bertoso, de 21 anos, amigo de Alves e colega dele antes da interrupção das obras.

“Tinha gente demais aqui na região trabalhando na obra. Muitos foram para outros Estados plantar, o emprego que tinha aqui era esse”, disse Bertoso.

A agricultura é alternativa de trabalho imediata para todos que vivem no semi-árido, mas como o Nordeste vem de uma sequência de cinco anos de seca – no Ceará, a pior desde 1910, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) – e tampouco foram concluídas todas as obras da transposição do São Francisco, falta água e é difícil sobreviver da terra.

Encruzilhada do Nordeste

Distante quase 100 quilômetros de Missão Velha, a cidade de Salgueiro, um pólo regional em Pernambuco de quase 60 mil habitantes, encravado no cruzamento das rodovias BR-116 e BR-232, também espera pela Transnordestina e pela transposição do São Francisco.

“Tivemos um grupo de hotéis de Recife que chegou a adquirir terreno aqui no município, mas me disseram que só vão construir quando a ferrovia estiver pronta”, disse o prefeito de Salgueiro, Marcones Libório de Sá (PSB).

Segundo o prefeito, havia ainda estudos da Gerdau para investir na cidade, bem como conversas para atrair uma central de distribuição de combustíveis da Petrobras .

“Mas sem a ferrovia essas coisas não têm sentido.”

A própria fábrica de dormentes e brita instalada em Salgueiro para abastecer a Transnordestina parou de produzir no final do ano passado, aumentando a conta dos desempregados do projeto e da região.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, após um apogeu de mais de 5,7 mil vagas líquidas criadas entre 2009 e 2010, o município de Salgueiro acumulou uma perda também líquida de cerca de 8,2 mil postos de trabalho formais entre 2011 e setembro deste ano.

A falta de conclusão da obra jogou um balde de água fria em quem investiu em Salgueiro contando com o aquecimento da economia local.

“A situação é muito difícil. O pessoal que trabalhava nessas obras hoje está desempregado e não tem outra alternativa. A cidade praticamente parou e não há outra alternativa de investimento, haveria se a ferrovia estivesse funcionando”, disse Francisco Aílton, de 54 anos, gerente de um hotel em Salgueiro, que viu o movimento cair cerca de 60 por cento de 2014 para cá.

Enquanto isso, a pouco mais de 10 quilômetros do hotel de Aílton, a família de Raimundo José da Silva convive com um muro de aço formado por mais de 60 vagões da Transnordestina, estacionados nos trilhos que cortam sua propriedade ao meio. Muitos deles estão carregados de brita e dormentes que nunca chegaram ao destino.

“A carga está aqui. Eles levavam quando precisavam, quando estavam trabalhando. Mas parece que agora está parado”, disse Silva, que teve de pedir à TSLA para separar o comboio em duas partes para poder levar o gado para pastar do outro lado de sua propriedade.

Por Leonardo Goy, da Reuters

E se o fim de semana durasse até 2ª-feira? Uma decisão do TST trouxe à tona a discussão sobre negociação do descanso semanal remunerado

(opolja/Thinkstock)

 Uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho no fim de novembro sobre cálculo de horas extras dos bancários trouxe à tona um sonho de muitos profissionais: fim de semana com 3 dias de descanso.

De acordo com o que determinou o TST, o número de dias de repouso semanal remunerado pode ser ampliado por acordo coletivo, como decorrência da autonomia dos sindicatos.

Essa parte específica da tese jurídica fixada pelo tribunal, apesar de se tratar de uma discussão mais ampla e complexa sobre o cálculo do pagamento de horas extras apenas dos bancários, passa a valer também para outros casos, como exige a organização dos recursos repetitivos.

“Os sindicatos podem fixar normas específicas e muito mais próximas da realidade das suas respectivas categorias do que a Lei (CLT ou Constituição) que regem relação de trabalho de maneira genérica”, diz Rodrigo Bruno Nahas, sócio diretor da Nahas Advogados.

Ou seja, é, sim, possível negociar para ajustar semana útil de trabalho, mas a liberdade de negociação dos direitos trabalhistas não é total, ou seja, não pode piorar as condições estabelecidas pela regra geral: jornada com limite de 44 horas semanais e máximo de 10 horas por dia.

Na prática, segundo Luiz Guilherme Migliora, sócio da área Trabalhista do Veirano Advogados, já existia a possibilidade de fim de semana de três dias.

“Sempre foi permitido ajustar, por acordo coletivo ou individual, a extensão de jornada por até mais duas horas por dia em alguns dias, com redução em outros, respeitado o limite de 44 horas por semana”, afirma.

Assim, é válido, por exemplo, negociar que você (caso seja acordo individual) ou que sua categoria (via sindicato) trabalhe de segunda a quinta-feira por 10 horas e apenas 4 horas na sexta, para cumprir as 44 horas semanais.

Já o fim de semana de três dias inteiros só seria possível, sem ferir a regra geral, caso a jornada semanal seja de 40 horas: trabalhando dez horas por dia durante quatro dias.

“Para trabalhar mais de dez horas por dia, tem que ter motivo e tem que ser feito por acordo coletivo. Para algumas categorias é permitida a jornada de 12 horas de trabalho por 36 de descanso. Sempre isso deve ser feito por negociação com o sindicato”, explica Luiz Guilherme Migliora, sócio da área Trabalhista do Veirano Advogados.

Ele lembra que, por exemplo, seria impossível conseguir estender o expediente para 12 horas para um trabalho manual repetitivo. “É preciso que o acordo tenha razoabilidade. Aumentaria muito a chance de erro num expediente tão longo. Mas, por exemplo, se é um cuidador de idoso, não há esse problema”, afirma.

Aos que já preparam uma investida sindical ou individual, calma. Migliora não acredita que haja uma grande leva de ajustes a partir de agora. “Não interessa aos empregadores estender demais as jornadas e perder produtividade. É melhor te empregados trabalhando 8 horas por dia por 5 dias do que 10 horas por dia por 4 dias. Vai depender muito também das atividades”, diz Migliora.

O que estava em discussão no caso dos bancários

O cálculo de horas extras dos bancários é que era a questão principal a ser julgada pelo TST. São dois os tipos de jornada da categoria: 6 horas diárias em geral ou 8 horas diárias para funções de gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, cargos de confiança, desde que recebam adicional de um terço do salário.

A CLT prevê que o divisor para cálculo de horas extras dos bancários é de 180 horas para jornada de 6 horas e 220 horas para quem faz 8 horas ao dia. Ou seja, o que passar disso no mês é considerado hora extra. Considerando nesse caso o sábado como um dia de descanso não remunerado, como prevê o artigo 224 da CLT.

Estava em vigor uma Súmula (124) do TST que previa que, no caso de acordo individual ou coletivo determinando que o sábado do bancário seja dia de descanso remunerado, o divisor para o cálculo de horas extras passava a ser de 150 horas para jornada de 6 horas diárias e de 200 horas para jornada de 8 horas diárias.

“A nova decisão do TST passou a desconsiderar o sábado como descanso remunerado, aplicando de forma categórica o divisor 180 e 220, independentemente de celebração de ajuste individual expresso entre empresa e empregado ou ajuste coletivo”, explica o sócio diretor da Nahas Advogados.

O divisor, decidiu o TST, corresponde ao número de horas remuneradas pelo salário mensal, independentemente de serem trabalhadas ou não. A inclusão do sábado como dia de repouso semanal não altera o divisor, segundo o TST, porque não há redução do número de horas semanais, trabalhadas e de repouso.

© Fornecido por New adVentures, Lda.

A imagem do que parece ser o crânio de um dinossauro foi capturada em solo marciano pela sonda da NASA Curiosity Rover, relata o jornal britânico Express.Segundo a publicação, o blogueiro Scott Waring, que postou a foto no site Ufo Sightings Daily, diz que se trata de "uma fotografia de Marte de um bilhão de pixels" com "muitos detalhes". Waring acredita que a imagem mostra "um crânio alienígena".


Além disso, ele também identificou dois "rostos", nenhum dos quais pode ser considerado "humano", embora um deles "tenha algumas semelhanças com antigas esculturas maias".

Depois de analisar vários dados obtidos pela sonda espacial, o ufologista está convencido de que o Planeta Vermelho já foi ocupado pelas mesmas formas de vida da Terra. Em outras ocasiões, a NASA desacreditou os ufólogos e os chamados teóricos da conspiração que identificam faces em imagens extraterrestres, dizendo simplesmente que a forma peculiar de algumas rochas de Marte se deve ao acaso da erosão. (Sputnik)

Reprodução/NASA
Sol: o outro equipamento é o experimento de raios X e gama GRIPS
Elton Alisson, da AGÊNCIA FAPESP


A Nasa, agência espacial norte-americana, lançou com êxito, no dia 18 de janeiro, um balão estratosférico que transporta dois equipamentos científicos voltados a estudar o Sol. O lançamento foi feito em McMurdo, base dos Estados Unidos na Antártica.

Um dos equipamentos é o Solar-T: um telescópio fotométrico duplo, projetado e construído no Brasil por pesquisadores do Centro de Radioastronomia e Astrofísica Mackenzie (CRAAM), da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em colaboração com colegas do Centro de Componentes Semicondutores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O outro equipamento é o experimento de raios X e gama GRIPS (sigla em inglês de Gamma-ray Imager / Polarimeter for Solar Flares), da University of California em Berkeley, nos Estados Unidos, no qual o Solar-T foi acoplado.

Desenvolvido com apoio da FAPESP, por meio de um Projeto Temático e de um Auxílio à Pesquisa-Regular, o Solar-T é o primeiro instrumento científico do gênero construído no país, após 15 anos de pesquisa e desenvolvimento.

Além da FAPESP, o projeto contou com recursos do Fundo Mackenzie de Pesquisa (MackPesquisa), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), da Nasa, do AFOSR (sigla em inglês de Air Force Office of Scientific Research), dos Estados Unidos, e do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (Conicet), da Argentina.

“O desenvolvimento do Solar-T representa uma oportunidade de qualificação brasileira em tecnologia espacial avançada que pode dar origem a novos projetos em satélites, por exemplo, e contribuições para a Estação Espacial Internacional”, disse Pierre Kaufmann, pesquisador do CRAAM e coordenador do projeto, à Agência FAPESP.

“Estamos desenvolvendo um projeto em colaboração com o Instituto Lebedev de Moscou para instalar telescópios de detecção de frequências em terahertz na Estação Espacial Internacional, e o sucesso da missão do Solar-T é uma condição necessária para qualificarmos a tecnologia que desenvolvemos”, afirmou.

O balão estratosférico transportando o Solar-T e o GRIPS – que juntos pesam mais de 3 toneladas – está voando a uma altitude de 40 mil metros e circum-navegará a Antártica por um período entre 20 e 30 dias.

Enquanto sobrevoar o continente gelado, o Solar-T deverá captar a energia que emana das explosões solares em duas frequências inéditas, de 3 e 7 terahertz (THz), que correspondem a uma fração da radiação infravermelha distante.

Situada no espectro eletromagnético entre a luz visível e as ondas de rádio, essa faixa de radiação permite observar mais facilmente a ocorrência de explosões associadas aos campos magnéticos das regiões ativas do Sol, que muitas vezes lançam em direção à Terra jatos de partículas de carga negativa (elétrons) aceleradas a grandes velocidades.

Nas proximidades do planeta, essas partículas atrapalham o funcionamento de satélites de telecomunicações e de GPS e produzem as auroras austrais e boreais.

A radiação das explosões nessa faixa do infravermelho distante também torna possível uma nova abordagem para investigar fenômenos que produzem energia em regiões ativas que ficam entre a superfície do Sol, a fotosfera, onde a temperatura não passa dos 5,7 mil graus, e as camadas superiores e mais quentes: a cromosfera, onde as temperaturas alcançam 20 mil graus, e a coroa, que está a mais de 1 milhão de graus (leia mais).

“Essas frequências de 3 e 7 terahertz são impossíveis de serem medidas a partir do nível do solo porque são bloqueadas pela atmosfera. É necessário ir para o espaço para medi-las”, disse Kaufmann.

Para fazer as medições, o Solar-T conta com um aparato composto por dois fotômetros (medidores de intensidade de fótons), coletores e filtros para bloquear radiações de frequências indesejáveis (infravermelho próximo e luz visível), que poderiam mascarar o fenômeno, e selecionar as frequências de 3 e 7 terahertz (leia mais).

Os dados coletados pelo telescópio fotométrico são armazenados em dois computadores a bordo do equipamento e transmitidos compactados à Terra, por meio de um sistema de telemetria, valendo-se da rede de satélites Iridium. Os dados transmitidos à Terra são gravados em dois computadores no CRAMM.

“A transmissão dos dados obtidos pelo Solar-T para a Terra garante a obtenção das informações coletadas caso não seja possível recuperar os computadores a bordo do equipamento, porque as chances são muito baixas”, afirmou Kaufmann. “A Antártica é maior do que o Brasil, tem pouquíssimos lugares de acesso e não há como controlar o lugar onde o balão deve cair.”

De acordo com o pesquisador, os dois fotômetros THz, os computadores de dados e o sistema de telemetria do Solar-T estão funcionando normalmente, alimentados por duas baterias carregadas com energia capturada por painéis solares.

Logo após o rastreador de explosões solares ter sido acionado, no dia seguinte ao do lançamento do balão estratosférico, o equipamento já começou a enviar dados para a Terra.

Os dados terão que ter precisão de apontamento e rastreio do Sol de mais ou menos meio grau. Esse nível de precisão deverá ser assegurado por um sistema automático de apontamento e rastreio do GRIPS, com o qual o Solar-T está alinhado.

“Por enquanto, ainda não houve nenhuma grande explosão solar captada pelo Solar-T. Mas, caso ocorra, o equipamento poderá detectá-la e enviar os dados para analisarmos”, disse Kaufmann.

Série de tentativas

O balão estratosférico foi lançado com sucesso pela equipe da Nasa após sete tentativas frustradas, iniciadas em dezembro de 2015.

As tentativas anteriores falharam porque na hora do lançamento mudaram as condições de vento no solo, na atmosfera superior e na estratosfera (a 50 quilômetros do solo).

A combinação das condições meteorológicas de solo e a média e alta altitude é crítica e muito difícil de ser determinada pelos sistemas de previsão de tempo, explicou Kaufmann.

“Como a operação de lançamento é muito cara, envolve dezenas de pessoas, veículos e, eventualmente, até aviões, a margem de risco tem que ser mínima”, disse.

“Não tivemos que pagar nada pela missão porque fomos convidados pelo grupo de pesquisadores do experimento GRIPS a participar do projeto após apresentarmos o Solar-T em uma conferência internacional. Estávamos à procura de um lançador para o telescópio e tínhamos até um projeto de ter um lançador próprio.”

Segundo o pesquisador, o custo da realização de experimentos espaciais, como o Solar-T, com balões estratosféricos é muito menor em comparação ao uso de satélites.

Algumas das razões pelas quais o balão estratosférico foi lançado agora é porque a circulação estratosférica de vento – o chamado vórtex – em volta do Polo Sul é favorável nessa época do ano. Além disso, o Sol também nunca se põe no Polo Sul nesse período do ano.

Dessa forma, é possível coletar ininterruptamente a luz emitida pelo Sol. “Mesmo agora, em que o Sol está em uma fase de queda de ciclo, a chance de detectar uma explosão razoável, observando por 24 horas diariamente e em um período entre 20 e 30 dias em que o Solar-T ficará na estratosfera, é muito boa”, avaliou Kaufmann.

Na avaliação do pesquisador, se o lançamento do Solar-T não fosse feito agora dificilmente seria possível realizá-lo no ano que vem, quando o ciclo de explosões solares deve cair ainda mais.

“Já estávamos nos aproximando da chamada ‘janela do verão’ [quando o Sol se põe no Polo Sul]. Seria muito difícil convencer a Nasa a investir em uma nova missão”, estimou.

A navegação do balão estratosférico transportando experimento GRIPS com Solar-T – denominado de voo NASA 668N – pode ser acompanhada pelo site.

Sscott Kelly/ NASA
Nasa: esta é a primeira vez que as flores, do gênero das zinias, se abrem fora da gravidade da Terra

Da EFE


 A agência espacial americana (Nasa) apresentou nesta terça-feira as fotos da primeira flor que cresceu na Estação Espacial Internacional (ISS) como parte de um experimento de dois anos para cultivar plantas no espaço.

Apesar dos astronautas já terem conseguido plantar alfaces e outros vegetais em sua horta espacial, esta é a primeira vez que as flores, do gênero das zinias, se abrem fora da gravidade da Terra.

O astronauta americano Scott Kelly celebrou o feito no Twitter com uma mensagem na qual comemorava "a estreia da primeira flor nascida no espaço".

O experimento com flores começou em 16 de novembro do ano passado quando o astronauta Kjell Lindgren ativou as sementes de zinias, um processo que se demonstrou mais complicado que o esperado.

Em dezembro, Kelly se deu conta que as plantas de zinias não estavam crescendo com toda a força que se esperaria, algo que motivou a criação de um manual para manter um jardim espacial.

As plantas também começaram a sofrer quando um fungo apareceu nelas, resultado da alta umidade na ISS.

No entanto, Kelly conseguiu devolver o brio às zinias, que agora são consideradas as primeiras flores que completaram o ciclo de crescimento no espaço até seu florescimento.

Desde meados de 2014, a ISS administra um pequeno "centro de vegetais" para permitir o cultivo em pequena escala de plantas para experimentos.

Este projeto tem como objetivo obter informação sobre a resposta das plantas em microgravidade e para futuras missões a Marte, que deverão saber como racionar água ao máximo e os possíveis problemas que podem surgir dentro dos módulos espaciais.

Em entrevista publicada este fim de semana no blog da Nasa, Alexandra Whitmire, pesquisadora da agência espacial, afirmou que no futuro as plantas terão uma importância maior ao mesmo tempo em que se amplia o alcance das missões espaciais.

Em 2012, o astronauta Don Pettit conseguiu fazer crescer plantas de abobrinha, girassol e brócolis em rudimentares bolsas de plástico, em um experimento pessoal que assentou as bases deste novo jardim espacial.

NASA/JPL-Caltech
Asteróide: o acordo cede o uso do telescópio Schmidt para a ESA, de 80 centímetros

Da EFE

Almería - A Agência Espacial Europeia (ESA) assinou um acordo com o Centro Astronômico Hispano-Alemão, que administra o Observatório de Calar Alto em Almería, no sudeste da Espanha, para buscar objetos potencialmente perigosos no espaço.

Em nota, o observatório informou que a ESA utilizará de forma exclusiva um de seus telescópios para encontrar os chamados "near earth objects" (neons).

A proposta é identificar cometas e asteroides cujas órbitas, possivelmente modificadas pela ação da gravidade dos planetas, os levem à regiões próximas à Terra.

O subdiretor do Observatório de Calar Alto, Jesus Aceituno, explicou que o acordo, que contempla uma primeira etapa até março de 2015 e que é prorrogável automaticamente, cede o uso do telescópio Schmidt para a ESA, de 80 centímetros.

Trata-se de um telescópio que tinha ficado em desuso em 2001 e que os técnicos do observatório recuperaram.

"A reparação e a adaptação do telescópio foi possível graças ao esforço da equipe e teve um custo muito reduzido, mas vai fornecer uma fonte de receita substancial e colocará o observatório em uma oposição de referência em um novo campo de pesquisa", disse Aceituno.

O cientista destacou que os neons "podem apresentar tamanhos muito variáveis, de poucos metros a dezenas de quilômetros".

Dos 600 mil asteroides detectados, cerca de dez mil entrariam na categoria.

"Os neons devem ser profundamente estudados, não só pelas informações que apresentam sobre a formação e a evolução de nosso sistema solar, mas também porque devemos conhecer suas propriedades físicas o melhor possível, para que no futuro sejamos capazes de desviá-los e evitar colisões com eles", acrescentou.

O Observatório Astronômico Hispano-Alemão de Calar Alto, vinculado à Sociedade Max Planck e ao Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha, está na Sierra de Los Filabres, no norte de Almería. O local é operado em conjunto pelo Instituto Max Planck de Astronomia, de Heidelberg (Alemanha), e pelo Instituto de Astrofísica da Andaluzia (CSIC), de Granada (Espanha).

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