Em Marte há dez anos, Opportunity passará por formatação
Só em seu último mês de operação, o sistema da máquina perdeu alguns dias de trabalho graças às doze vezes nas quais precisou ser reiniciado
Gustavo Gusmão, de
Divulgação / NASA JPL
Opportunity: não será primeira vez que NASA realiza esse tipo de processo à distância
Há uma década em território marciano, o jipe-robô Opportunity já viveu dias melhores.
Só em seu último mês de operação, por exemplo, o sistema da máquina perdeu alguns dias de trabalho graças às doze vezes nas quais precisou ser reiniciado.
Responsável pelo explorador de Marte, a NASA supõe que o problema esteja em células corrompidas na memória flash da máquina – e por isso mesmo pretende formatá-la, mas daqui da Terra mesmo.
O plano foi anunciado em comunicado publicado na última semana pela agência espacial, que coloca essas panes no sistema como responsáveis por atrasar as “atividades científicas” em mente para o jipe-robô.
Aparentemente complexo, o projeto de TI executado remotamente é descrito como "de baixo risco" no texto, visto que “sequências críticas e o software de voo estão armazenados em outro local, em uma memória não-volátil na máquina”.
Não será a primeira vez que a NASA realiza esse tipo de processo à distância.
O finado robô Spirit, que chegou a Marte junto com o Opportunity, teve alguns surtos de amnésia há cinco anos, e também precisou ser formato a distância. Ou seja, experiência em casos assim é o que não falta para a agência espacial norte-americana.
A formatação – Prevista para ser realizada ainda no começo deste mês de setembro, a formatação da memória do jipe-robô exigirá que os “dados úteis que restam na memória flash” sejam enviados à Terra.
Feito isso, a máquina entrará em uma espécie de estado de “repouso”, que a impedirá de acessar o espaço em manutenção.
A comunicação entre o Opportunity e a base de operação, distantes 200 milhões de quilômetros um do outro, também será feita em uma velocidade menor, de acordo com o comunicado da NASA.
A ideia é adicionar um pouco de resiliência ao processo, para que o robô explorador se recupere mais rapidamente de alguma eventual pane em meio aos preparativos.
Histórico – Bem antes da chegada do mais célebre Curiosity, o jipe-robô da agência espacial aterrisava em Marte em janeiro de 2004 para uma missão que duraria apenas três meses.
Passados dez anos, no entanto, o Opportunity continua funcionando e enviando materiais do planeta vermelho à base de operações da NASA.
A máquina entrou em território marciano acompanhada de outro robô, batizado de Spirit.
Ambos dividiram a exploração do planeta vermelho durante seis anos, até o fim da vida útil do "companheiro", em 2010.
Atualmente, o já idoso aventureiro, bem mais limitado, divide espaço com o Curiosity, outro responsável por enviar imagens e análises à Terra.
Gustavo Gusmão, de
Divulgação / NASA JPL
Opportunity: não será primeira vez que NASA realiza esse tipo de processo à distância
Há uma década em território marciano, o jipe-robô Opportunity já viveu dias melhores.
Só em seu último mês de operação, por exemplo, o sistema da máquina perdeu alguns dias de trabalho graças às doze vezes nas quais precisou ser reiniciado.
Responsável pelo explorador de Marte, a NASA supõe que o problema esteja em células corrompidas na memória flash da máquina – e por isso mesmo pretende formatá-la, mas daqui da Terra mesmo.
O plano foi anunciado em comunicado publicado na última semana pela agência espacial, que coloca essas panes no sistema como responsáveis por atrasar as “atividades científicas” em mente para o jipe-robô.
Aparentemente complexo, o projeto de TI executado remotamente é descrito como "de baixo risco" no texto, visto que “sequências críticas e o software de voo estão armazenados em outro local, em uma memória não-volátil na máquina”.
Não será a primeira vez que a NASA realiza esse tipo de processo à distância.
O finado robô Spirit, que chegou a Marte junto com o Opportunity, teve alguns surtos de amnésia há cinco anos, e também precisou ser formato a distância. Ou seja, experiência em casos assim é o que não falta para a agência espacial norte-americana.
A formatação – Prevista para ser realizada ainda no começo deste mês de setembro, a formatação da memória do jipe-robô exigirá que os “dados úteis que restam na memória flash” sejam enviados à Terra.
Feito isso, a máquina entrará em uma espécie de estado de “repouso”, que a impedirá de acessar o espaço em manutenção.
A comunicação entre o Opportunity e a base de operação, distantes 200 milhões de quilômetros um do outro, também será feita em uma velocidade menor, de acordo com o comunicado da NASA.
A ideia é adicionar um pouco de resiliência ao processo, para que o robô explorador se recupere mais rapidamente de alguma eventual pane em meio aos preparativos.
Histórico – Bem antes da chegada do mais célebre Curiosity, o jipe-robô da agência espacial aterrisava em Marte em janeiro de 2004 para uma missão que duraria apenas três meses.
Passados dez anos, no entanto, o Opportunity continua funcionando e enviando materiais do planeta vermelho à base de operações da NASA.
A máquina entrou em território marciano acompanhada de outro robô, batizado de Spirit.
Ambos dividiram a exploração do planeta vermelho durante seis anos, até o fim da vida útil do "companheiro", em 2010.
Atualmente, o já idoso aventureiro, bem mais limitado, divide espaço com o Curiosity, outro responsável por enviar imagens e análises à Terra.