fevereiro 2023

Imagem: Zahi Hawass/Instagram/Reprodução

Uma equipe de arqueólogos liderada por Zahi Hawass, ex-ministro de Antiguidades do Egito, encontrou o que parece ser a múmia mais antiga do país. O corpo, sepultado há 4,3 mil anos, estava dentro de um sarcófago lacrado com argamassa em uma tumba próxima ao Cairo.

A múmia estava enterrada em um poço com 15 metros de profundidade perto da Pirâmide de Djoser, na Necrópole de Saqqara, que é considerada um Patrimônio Mundial da Unesco. Ela parece pertencer a um homem chamado Hekashepes, que foi coberto com camadas de folhas de ouro.


O grupo encontrou outros túmulos e objetos que apontam para a 5ª e 6ª Dinastia do Antigo Egito. Uma das tumbas, considerada a mais importante, pertencia a Khnum-djed-ef – um antigo sacerdote. A segunda maior tumba pertencia a Meri, que foi um oficial do palácio real.

Os achados foram descritos por Hawass em seu Instagram. O arqueólogo cita, por exemplo, a tumba de um padre revelada no complexo da pirâmide do rei Pepi I. No local havia ainda nove estátuas, que se juntam a outras figuras de madeira encontradas em um poço próximo.

Também foram encontradas três estátuas de pedra que representavam uma pessoa chamada Fetek. As peças foram colocadas ao lado de uma mesa de oferendas e um sarcófago de pedra que continha sua múmia. Amuletos, vasos, ferramentas e cerâmicas também integram a coleção.

Nos últimos anos, arqueólogos fizeram uma série de descobertas no Egito — mais especificamente em Saqqara. Além do interesse histórico, tais achados também sustentam o turismo do país, que sofreu baques devido a agitação política desde 2011 e as restrições impostas durante a pandemia de 2020.

Via: Gizmodo

© Foto / Pixabay / virin000

Enquanto as terras raras estão em alta demanda devido ao papel que desempenham na transição para uma economia mais verde, a Europa e os EUA seguem sendo dependentes das importações em um mercado dominado pela China.

Um estudo realizado pela Norwegian Petroleum Directorate identificou uma quantidade "significativa" de minerais e metais nas profundezas de seu mar, que vão desde cobre até preciosas terras raras.

"Dos metais encontrados no fundo marinho na área de estudo, o magnésio, nióbio, cobalto e minerais de terras raras são encontrados na lista da Comissão Europeia de minerais críticos", comunicou a empresa.

Os recursos estimados das áreas remotas nos mares da Noruega e da Groenlândia somam aproximadamente 38 milhões de toneladas de cobre e 45 milhões de toneladas de zinco acumulados em compostos polimetálicos.

Além disso, existem 24 milhões de toneladas de magnésio, 3,1 milhões de toneladas de cobalto e 1,7 milhão de toneladas de cério, um elemento de terras raras usado em ligas.

Atualmente, a Europa e os EUA dependem das importações destes minerais, considerados críticos na região e cujo mercado é dominado pela China.

Nos EUA, atualmente há apenas uma mina de terras raras em funcionamento, de propriedade da empresa norte-americana MP Materials. No entanto, os óxidos dos minerais de terras raras extraídos são enviados para a China para processamento posterior.

Pesquisa da Universidade de Pequim mostra que a velocidade do eixo terrestre vem se igualando à do próprio planeta desde 2009


Mudanças no eixo de rotação são novas provas da ação do ser humano sobre a natureza

Estudo da Universidade de Pequim, desenvolvido pelos cientistas Yi Yang e Xiaodong Song, sismólogos da instituição, mostra que o núcleo da Terra vem desacelerando e igualou sua velocidade à do planeta Terra. O artigo que resume a pesquisa foi publicado na revista Nature Geoscience e surpreendeu os próprios envolvidos que estudam o fenômeno desde o ano de 1995.

Na prática, a redução da velocidade do núcleo interno da Terra altera o funcionamento do planeta influenciando a duração dos dias, o mar e o clima. A constatação é que a velocidade foi reduzida em 2009 quando se igualou o que alterou os campos gravitacionais e magnéticos da terra. O tempo de um dia, por exemplo, tem uma relação direta com a rotação da Terra em torno de seu próprio eixo.

Ao El País, Xiaodong Song explicou que, nos últimos anos, os dias estão mais curtos e isso pode sim ter relação com essa mudança. “Com a alteração no campo gravitacional podem ocorrer deformações na superfície do planeta o que impacta diretamente no nível do mar.”

Uma incrível rede de cavernas foi descoberta cerca de 200 metros abaixo do Parque Nacional das Cavernas de Carlsbad, no Novo México, EUA.


Imagens impressionantes mostram uma piscina azul “maravilhosa” que nunca foi vista por olhos humanos antes. A piscina é preenchida com água marinha líquida leitosa e é cercada por rochas brancas e foscas. Acredita-se que a caverna tenha evoluído ao longo de milhares de anos e tenha sido completamente intocada pelos humanos.


“Esta piscina esteve isolada por centenas de milhares de anos e nunca tinha visto a luz antes daquele dia”, explica Rodney Horrocks, chefe de recursos naturais e culturais do do Parque Nacional das Cavernas de Carlsbad. A misteriosa descoberta foi feita 200 metros abaixo da entrada da Caverna Lechuguilla, uma das 10 maiores cavernas do mundo. Embora tenha sido descoberta em 1993, os exploradores só entraram em suas passagens “virgens” pela primeira vez em 2020.


A descoberta foi feita por uma equipe de exploradores liderada pelo geocientista Max Wisshak. A expedição envolveu o mapeamento de 2,1 quilômetros de passagens e várias “quedas de corda” para chegar à piscina. As origens da rede de cavernas ainda não são conhecidas, mas a equipe encontrou vários esqueletos de morcegos, que se acredita terem milhares de anos.

A piscina tem aproximadamente 30 cm de largura, 60cm de comprimento e vários centímetros de profundidade. Embora pareça estar nublada nas fotos, a piscina é realmente cristalina e é provavelmente água da chuva antiga filtrada que se infiltrou no calcário da caverna.

“Essas piscinas intocadas são cientificamente importantes porque as amostras de água são relativamente livres de contaminantes e os organismos microbianos que podem viver nessas piscinas são apenas aqueles que pertencem a elas”, disse Wisshak.

A descoberta da rede de cavernas e da piscina azul é um achado significativo para cientistas e pesquisadores. Ele oferece uma oportunidade única para estudar um ambiente natural que foi intocado pela influência humana. A caverna e seu ecossistema evoluíram ao longo de milhares de anos em completo isolamento, fornecendo informações valiosas sobre os processos de formação de cavernas e a evolução da vida em ambientes subterrâneos.

Além disso, a descoberta da rede de cavernas também pode ter implicações para a conservação de outras cavernas e ambientes subterrâneos ao redor do mundo. A natureza intocada da caverna e da piscina destaca a importância de proteger esses ambientes únicos e frágeis da interferência humana.

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