China: Festival da carne de cão gera polêmica mundial
Na China, comer um cachorro quente é uma frase que pode ser levada à letra, sobretudo em Yulin, no sul do país, onde todos os anos se organiza o muito polémico festival da carne de cão. Só para este festival, todos os anos são mortos cerca de dez mil cães, na maioria roubados ou apanhados nas ruas.
Um grupo de pessoas que se manifestavam contra o festival foi disperso por desconhecidos: “Estes cães e gatos são roubados, não podem cometer este crime contra os animais e contra a segurança alimentar. As autoridades, em vez de fazerem o que devem, tiram-nos as nossas faixas”, queixa-se uma manifestante.
Apesar da aparente crueldade que envolve esta celebração, há quem defenda o festival: “Não há lógica nenhuma em proibir. Você come bifes. Se fizessem uma lei a proibir comer bifes, acharia bem?”, Pergunta um vendedor de cães.
Os ativistas mobilizam-se. Uma professora reformada fez uma viagem de mais de 1000 quilómetros e gastou cerca de 1000 euros para salvar 100 cães (foto abaixo).
Anónimos e celebridades do mundo inteiro estão a mostrar, nas redes sociais, indignação contra esta festa, através do “hashtag” #StopYulin2015.
Por Ricardo Figueira | Com AFP, SLATE, METRO