Movimentos da Terra, estações do ano e variações no clima podem diminuir a velocidade de rotação do planeta

Maiana Diniz, daAGÊNCIA BRASIL

 O dia 30 de junho terá um segundo a mais que os habituais 86.400 segundos. O motivo é que a rotação da Terra está mais lenta, de acordo com informações da Agência Espacial Americana (Nasa), gerando uma disparidade entre o tempo real de um dia e o contabilizado pelo Tempo Universal Coordenado (UTC), medida padrão usada em todo o mundo.

A base do UTC é o relógio atômico, o mais preciso do mundo. Nesse relógio, a duração do tempo é medida a partir de transições eletromagnéticas em átomos de césio.

Essas transições são totalmente confiáveis. O aparelho determina com exatidão a duração dos segundos, minutos, horas e dias. É a medida que define a hora oficial em todo mundo.

Entretanto, o movimento de rotação da Terra não é tão preciso. A duração dos dias reais é influenciada por numerosos fatores.

Os movimentos do manto da Terra e dos oceanos, as estações do ano e as variações no clima podem diminuir a velocidade de rotação do planeta, aumentando a duração dos dias em até 1 milésimo de segundo.

Parece pouco, mas o acúmulo dessas frações produzem uma defasagem entre o tempo medido pelo UTC e o tempo real da rotação da Terra.

Por essa razão, o Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra, encarregado pela manutenção das duas escalas e pelo ajuste da UTC, determinou o acréscimo de um segundo “bissexto” para esta terça-feira.

Segundo informações do Observatório Nacional, responsável pela conservação e disseminação da Hora Legal Brasileira, o primeiro ajuste no UTC ocorreu em 1972.

Desde então, 26 segundos foram acrescentados. Até marcar 21h, amanhã o horário de Brasília ficará como 20 horas, 59 minutos e 59 segundos por dois segundos.