A polêmica com o uso de carne de cavalo continua e, na noite da última sexta-feira (08), a polícia britânica foi acionada a investigar jantares servidos em escolas. As informações são do site do jornal britânico The Sun.

O jornal The Sun divulgou uma foto de um abatedouro de carne de cavalo na França Foto: Reprodução

Especialistas da indústria acreditam que a carne de cavalo pode estar em qualquer lugar, incitando assim uma crise alimentar nacional.

As investigações foram motivadas depois de suspeitas de que a carne de cavalo pode estar sendo servida não só em escolas, mas também em hospitais, pubs, cafés e restaurantes.

Na última sexta-feira (08), a rede de supermercados Aldi confirmou que dois produtos oferecidos em suas gôndolas, a lasanha e o espaguete à bolonhesa, continham entre 30% a 100% de carne de cavalo. Ambos foram retirados das prateleiras.

Com o escândalo tomando maiores proporções, agentes da Food Standard Agency (FSA), agência que regula produtos alimentícios no país, pedem que as pessoas não entrem em pânico mas não comam os alimentos que contém a carne equina.

O Secretário de Desenvolvimento, Owen Paterson, disse que alguns produtos utilizados em escolas serão testados e, nos próximos dias, ele deve se reunir com representantes de redes de supermercado para discutir a crise.

Catherine Brown, da FSA, disse que "a evidência aponta para negligência grave ou contaminação deliberada na cadeia alimentar”. A origem das suspeitas foi a descoberta de que uma loja de alimentos da Irlanda do Norte utilizava 80% de carne de cavalo em alguns produtos. “Recebemos a informação de que empresas britânicas poderiam estar envolvidas com o comércio ilegal da carne de cavalo”, disse Mary Creagh, secretária do desenvolvimento.

O caso começou a tomar outras proporções quando foi divulgada a informação de que a empresa Findus vinha vendendo lasanha com carne de cavalo desde agosto de 2012. A FSA encontrou na informou, na última terça-feira (5), que 11 amostras da marca continham de 60% a 100% de carne equina.

Especialistas afirmam que pessoas que adoeceram por ingerir este tipo de alimento poderiam processar as empresas em £ 10 mil por “angústia mental”, até £ 75 mil se puderem provar que a ideia de terem ingerido este tipo de carne tenha causado uma tortura mental e pensamentos suicidas.

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A presença de DNA de cavalo em hambúrgueres, produzidos em dois frigoríficos irlandeses e em um de Yorkshire, na Inglaterra, causou polêmica. No entanto, o sabor forte e adocicado da carne de cavalo é apreciado em países como a Itáia, onde se pode comprar presunto cozido equino, até em versão apimentada, como a produzida por Coppiello Giovanni, na Itália
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