01/30/13

Juiz de Sorocaba ordena que homem apague as mensagens ofensivas sob pena de multa diária de R$ 3 mil.

Por Vinicius Karasinski





Mais uma confusão envolvendo ofensas, tribunais e Facebook veio a público. A 1ª Vara Cível de Sorocaba determinou que um usuário da rede social apague comentários considerados ofensivos feitos a uma mulher. A autora do processo entrou na justiça alegando que esse homem passou a ofendê-la no Facebook após ela ter pedido demissão da empresa em que trabalhava (os nomes das partes não foram divulgados).

De acordo com a decisão do juiz Bruno Luiz Cassiolato, a partir da intimação, o réu deve excluir todo o conteúdo ofensivo apontado no processo, sob pena de multa diária de R$ 3 mil, até o limite de R$ 9 mil. Caso o acusado volte a postar novas mensagens ofensivas, deverá pagar uma multa de R$ 1 mil por cada recado maldoso postado.


O Facebook também pode ser multado

O Facebook também deve excluir o conteúdo, ou precisará arcar com as mesmas multas já aplicadas ao réu.

De acordo com o juiz, “As alegações trazidas aos autos pela autora estão amplamente comprovadas por meio de documentos que acompanharam a petição inicial. Neles observo que o réu, por mais de 10 vezes, em datas diferentes, divulgou mensagens ofensivas contra a autora na rede social ‘Facebook’. Estas mensagens, que em tese podem até configurar crimes contra a honra, sempre constituídas com palavras de baixo calão, foram divulgadas não só no perfil do réu, mas também em perfis mantidos por amigos e familiares da autora, incluindo sua filha menor de idade”.

O acusado ainda pode entrar com um recurso contra a decisão.


Fonte: Internet Legal

Um dos maiores especialistas em antivírus do mundo, McAfee se envolveu com tráfico de drogas e espionagem internacional e hoje é acusado de assassinato.
Por Wikerson Landim

McAfee: sem medo de brincar de roleta-russa. (Fonte da imagem: Reprodução/Wired)

Se hoje um antivírus consegue identificar um malware em seu computador antes de um programa ser instalado, você deve agradecer a John McAfee. Atento a uma tendência de mercado surgida na década de 80, o fundador de uma das maiores empresas do segmento já criadas teve em sua vida momentos de glória e decadência.

Gênio brilhante em alguns momentos, lunático e dependente de drogas em muitos outros, McAfee criou em torno de si uma história digna de um blockbuster hollywoodiano. Aliás, ele tem tanta certeza disso que vendeu os direitos sobre a história de sua vida para a Warner, que deve produzir em breve um longa-metragem sobre a sua trajetória.

Mas o que há de verdade e o que há de fantasia na vida conturbada de John McAfee? Como um brilhante PhD em Matemática, fundador de uma das maiores companhias de software do mundo, foi parar no meio da selva, fortemente armado e com um exército particular à sua disposição para protegê-lo enquanto pesquisava substâncias químicas? Bem-vindo ao mundo louco de McAfee.
Uma infância complicada

É difícil precisar o ano de nascimento de John McAfee. Alguns documentos dizem que ele nasceu em 18 de setembro de 1945, enquanto outros colocam o ano como sendo 1946. Contudo, esse mistério é apenas um detalhe em sua trajetória repleta de fatos curiosos. Na infância, filho de um pai alcoólatra, apanhava com frequência junto com sua mãe.

Quando McAfee completou 15 anos seu pai se suicidou com um tiro, mas nem por isso deixou de ser um fantasma na vida de John. “Ainda penso nele todos os dias, onde quer que eu esteja. Tenho ciência de que a minha vida é uma droga”, destacou McAfee em uma longa entrevista à revista Wired.

Na época da faculdade começou a mostrar o seu talento, revelando-se um homem extremamente inteligente e com bom faro para negócios. Um dos seus primeiros empregos era o de vender revistas de porta em porta, algo que, nas palavras dele, “rendeu uma fortuna”. Seu método não era dos mais honestos, já que ele anunciava “revistas grátis” em troca do preenchimento de um simples cadastro – a conta chegava dias depois.

McAfee, suas mulheres e seu exército (Fonte da imagem: Reprodução/Wired)

Inteligência acima da média

Com o início da vida acadêmica e, consequentemente, os seus primeiros trabalhos no mundo da tecnologia, outros problemas começaram a se revelar. Se por um lado McAfee se formava com brilhantismo em Matemática, tendo a oportunidade de trabalhar como uma dos programadores da NASA, por outro começava a enfrentar os seus primeiros problemas com álcool.

Sua vida permaneceu nesta rotina durante a década de 70, mas foi nos anos 80 que a sua trajetória mudou completamente. Em apenas três anos – entre 1983 e 1986 –, sua vida foi da derrota à criação daquela que seria uma das maiores companhias de software do mercado nas décadas seguintes.

Aos 38 anos, John McAfee era diretor de engenharia da Omex. Seus problemas começaram anos antes, quando do álcool ele passou a experimentar drogas como maconha, cocaína e LSD. Em 1983, consumia cocaína em grandes quantidades, vendendo o excedente para os seus colegas de trabalho. Dormia na mesa e passava as manhãs bebendo whisky.

Na Northeast Louisiana State College, onde cursava PhD e atuava como professor auxiliar, foi expulso por dormir com uma de suas alunas da graduação. Na Univac de Bristol, no Tennessee, foi demitido após ser preso vendendo maconha. Meses depois sua esposa também o abandonou.

Um novo surto

Três anos mais tarde John McAfee reapareceu como funcionário na Missouri Pacific Railroad, uma companhia de gerenciamento de trens. Usando computadores da IBM, reinventou diversas rotinas de controle e otimizou as rotas, gerando muitos lucros para a instituição. Infelizmente seu estado sóbrio durou muito pouco.

Novamente o LSD falou mais alto em sua vida e em pouco tempo sua carreira desmoronou. Um belo dia, depois de uma noite consumindo altas doses, McAfee foi encontrado no centro de Saint Louis, sujo e tendo alucinações. Ele nunca mais voltaria a trabalhar na companhia de trens e precisou ser internado outra vez.

McAfee e uma de suas namoradas. (Fonte da imagem: Reprodução/Wired)
Nasce o antivírus McAfee

Três anos depois, em 1986, McAfee estava sóbrio de novo. E quando ouviu a notícia de que dois irmãos haviam criado no Paquistão aquilo que poderia ser considerado o primeiro vírus de computador, decidiu que alguma coisa precisava ser feita. Com pouco investimento, reuniu alguns colaboradores e fundou a McAfee Associates.

Seu plano era criar programas antivírus e distribuí-los gratuitamente a quem quisesse utilizá-los. O plano deu certo e a propaganda “boca a boca” fez com que o software chegasse às grandes empresas. Em 1991, um relatório divulgado pela revista Forbes apontou que, entre as 100 maiores empresas dos EUA, 100% delas utilizavam o software de McAfee. As companhias pagavam uma pequena taxa de licenciamento, o que rendia a ele um faturamento de US$ 5 milhões por ano.

Em 1992, ele usou seu “talento” de vendedor para promover o seu produto, espalhando na mídia um certo pânico por conta do vírus “Michelângelo”, que supostamente infectaria 5 milhões de computadores. O plano deu certo e a empresa aumentou consideravelmente o número de licenças de software. Entretanto, o “medo” não se confirmou e menos de 10 mil computadores foram infectados.

Curiosamente, no mesmo ano, a empresa decidiu abrir o seu capital na bolsa de valores. Da noite para o dia, a companhia fundada por John McAffe com pouco investimento valia US$ 80 milhões. Seu nome estava garantindo entre os grandes da indústria tecnológica nos anos 90.

McAfee: armado e perigoso (Fonte da imagem: Reprodução/Wired)

Anos 2000: o começo do fim
Depois de quase duas décadas mantendo a sua empresa entre as gigantes do mercado de software, McAfee parece ter tido uma nova recaída. Um ano antes de a McAfee Associates ser vendida para a Intel – que pagou cerca de US$ 7,7 bilhões pela companhia –, o executivo decidiu vender praticamente tudo o que tinha.

Assim, ele deu adeus aos seus carros luxuosos, às mansões que mantinha em diversas localidades nos EUA, como Hawaii, Texas, Novo México e Colorado, e até mesmo seu jato particular. De maneira surpreendente, decidiu comprar um grande terreno em meio a uma floresta de Belize, um pequeno país da América Central, e lá se refugiou em um bangalô sem acesso à internet.

Depois de conhecer a microbiologista Allison Adonizio, que fazia pesquisa com antibióticos, McAfee teve um surto. Se antes ele havia conseguido eliminar vírus virtuais, por que não conseguiria também eliminar os vírus reais? Assim, construiu um laboratório completo para Allison, que vendeu tudo o que tinha e firmou uma sociedade com ele.

(Fonte da imagem: Reprodução/Engadget)

Andando por caminhos tortuosos

Enquanto Allison se ocupava com as pesquisas, McAfee tratava de negócios e caminhava por becos e ruas sujas de Belize tirando fotos dos habitantes locais. Em um bordel chamado Lover’s, o dono apresentou a ele Amy Emshwiller, uma menina de apenas 16 anos. Menos de 30 dias depois os dois já dormiam juntos.

O detalhe é que McAfee já morava com uma mulher, que não gostou nada de ver uma nova companheira em sua casa, deixando John um mês depois. Em um relacionamento conturbado, após 30 dias a jovem Amy tentou matar McAfee, mas desistiu na hora de puxar o gatilho de uma arma. Ele então decidiu que ambos não iriam mais morar juntos, mas construiu para ela uma casa no perigoso bairro onde a jovem nasceu.

Ciente dos perigos, McAfee resolveu equipar os policiais da região com armamento pesado, munição e veículos. Não satisfeito, ele mesmo colocou uma pistola na cintura e foi às ruas conversar com traficantes. Para muitos oferecia TVs de LED em troca da promessa de que eles largariam o tráfico.

(Fonte da imagem: Reprodução/ArsTechnica)

Justiceiro excêntrico

O final de 2012 marcou o término, ao menos por enquanto, de sua aventura em Belize. McAfee armou um exército particular e decidiu que ele mesmo iria mexer com química em seu laboratório particular. Embora tenha dito que estava pesquisando antibióticos, a suspeita é de que ele estivesse produzindo metanfetamina, substância controlada e que pode provocar alucinações.

No local onde mora, ele criou uma fábrica de cigarros, uma companhia de distribuição de café e um serviço de táxi marítimo. No ano passado, o governo de Belize o acusou de montar um exército privado e traficar drogas na região. Uma força de elite local, chamada Belize Gang Supression Unit, treinada pelo FBI, invadiu a sua casa e encontrou munição pesada e muitas garrafas de substâncias químicas desconhecidas.

Solto mediante fiança, ele voltou para o seu bangalô onde morava com cinco mulheres, todas com idades entre 17 e 20 anos. Em novembro, passou a ser procurado pela polícia local sob a suspeita de ter assassinado o seu vizinho. Foragido, McAfee foi preso na Guatemala no mês de dezembro e deportado para os Estados Unidos no início deste ano.

Amy Emshwiller, a menor de idade por quem McAfee virou um justiceiro. (Fonte da imagem: Reprodução/Wired)

Futuro incerto

Aos 66 anos, não se sabe o que McAfee fará de sua vida agora que está de volta aos Estados Unidos. Embora diga que luta contra as drogas, as autoridades já confirmaram conversas dele online em que oferece entorpecentes para amigos e conhecidos. Ele diz também se preocupar com a lei, mas entre os motivos de sua saída dos EUA está um caso jurídico não esclarecido, envolvendo a morte de um aluno em sua escola de voo.

Para a polícia, ele é um homem perigoso que se tornou um dos chefes de um cartel de drogas na América Central. Para outros, que tiveram contato com ele nos últimos anos, McAfee é um homem problemático, que perdeu contato com a realidade e insistentemente tenta convencer os outros dos seus delírios.

Em seu blog oficial, McAfee alimenta histórias sobre a sua personalidade que parecem difíceis de ser verdade. Uma das alegações, por exemplo, é a de que ele é o líder de um grupo de espiões que descobriu uma célula terrorista do Hezbollah em plena América Central. O fato nunca foi confirmado, mas ele não parece se importar muito com isso. Gênio ou vilão, McAfee tem tudo para se tornar um novo “Scarface” nas telas de Hollywood.




Fonte: Who Is McAfee, ArsTechnica, Wired, Gizmodo

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