Teresa de Miguel.
Nova York, 28 out (EFE).- A Estátua da Liberdade, símbolo da cidade de Nova York e a imagem de boas-vindas dos Estados Unidos para os milhões de visitantes, comemora nesta sexta-feira 125 anos com a última festa antes de ser fechada ao público durante um ano para reformas.
Em homenagem aos imigrantes do país, a celebração foi precedida de uma cerimônia de naturalização de 125 estrangeiros de mais de 40 países, um por cada ano comemorado pela estátua, erguida em uma pequena ilha do rio Hudson, ao sul de Manhattan.
"Sinto-me muito honrada, muito orgulhosa de ter conseguido ser escolhida para esta cerimônia, que torna este dia ainda mais especial", disse à Agência Efe a dominicana Alba Reyes Cruz, que, depois de seis anos no país e servindo a reserva americana, recebeu seu certificado de cidadania.
Presente da França, a obra em cobre do escultor Frédéric Auguste Bartholdi foi inaugurada oficialmente em 28 de outubro de 1886 pelo então presidente Grover Cleveland. Agora, mais de um século depois, seu neto George Cleveland participou desta cerimônia oficial ao lado de personalidades como o secretário de Interior dos Estados Unidos, Ken Salazar.
"A Estátua da Liberdade nos lembra da importância de nossa diversidade, que nossas raízes estão em todas as nações daqueles imigrantes que vieram a este país em busca de uma vida melhor", destacou Salazar. "Não só devemos tolerar, mas comemorar a diversidade deste país, porque nela estão suas raízes".
Quem também participou da comemoração foi a atriz Sigourney Weaver, que recitou um trecho do poema "O Novo Colosso", homenagem da escritora nova-iorquina Emma Lazarus ao monumento que chamou de "Mãe dos Exilados".
Esta não foi a única festa realizada para a data. O aniversário já tinha sido comemorado em setembro pelo presidente francês Nicolas Sarkozy, na França, já que a estátua representa um marco da amizade entre os dois países.
Com 46,5 metros de altura e 225 toneladas sem o pedestal, a colossal "Dama da Liberdade" segura na mão esquerda uma tábua que representa a lei e na qual está inscrita, em números romanos, a data da independência americana, enquanto a seus pés se encontra uma algema quebrada, simbolizando o fim da opressão.
Uma estreita escada em caracol de 154 degraus serpenteia o seu interior desde os pés até a coroa, onde fica um observatório de onde é possível ver os impressionantes arranha-céus do sul de Manhattan.
O evento será transmitido pela internet graças às cinco câmeras instaladas pela Fundação da Estátua da Liberdade. Depois disso, se iniciam os 12 meses da restauração que irá regular os degraus, além de construir um elevador como alternativa, e fortalecerá a segurança da estátua, que já foi fechada ao público por quatro meses sob a ameaça depois dos atentados de 11 de setembro de 2001. EFE