Procon multa fabricante de cigarro em R$ 1,1 mi por campanha publicitária

JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA26/08/2014 02h00

O Procon de São Paulo multou a Philip Morris em R$ 1,1 milhão por considerar que a campanha publicitária "Talvez", do cigarro Marlboro, é abusiva porque se aproveita da inexperiência do jovem.

A campanha, difundida em pontos de venda, associa imagens como shows, esportes radicais e romances a frases como "talvez nunca escreveu uma música" e "um talvez não é convidado". "Talvez Marlboro", concluem sempre os cartazes.

A multa foi aplicada em 30 de junho. A Philip Morris recorreu. "A multa é calculada pela gravidade da infração, essa é das mais graves (nível quatro), por haver indução a um comportamento prejudicial à saúde do consumidor", diz Andrea Arantes, assessora técnica do Procon.

Daniel Guimarães - 16.mar.2014/Folhapress

Campanha publicitária "Talvez", do cigarro Marlboro, foi considerada abusiva porque se aproveita da inexperiência do jovem

A multa ainda considera o faturamento da empresa. Segundo Arantes, ainda não há uma data definida para a análise do recurso.
público

Estudo encomendado pela ACT (Aliança de Controle do Tabagismo) avalia que as imagens escolhidas pela Philip Morris para a campanha "Talvez" direcionam a mensagem para um público de jovens entre 12 e 15 anos.

"Nenhuma das imagens é para manter a marca, ou bater a concorrência, mas para pegar quem não começou [a fumar]", afirma Regina Blessa, especialista em varejo e mídia exterior e também autora da análise.

"Talvez" foi lançada na Alemanha, em 2011, e difundida para cerca de 50 países, segundo a organização.

Em março, a ACT se juntou a entidades antitabagistas internacionais e lançou um relatório que denunciava uma indevida sedução dos jovens para o tabagismo.

O documento pedia o fim da campanha no mundo.

Paula Johns, diretora-executiva da ACT, classifica como "cínica" a campanha. Associa independência e autonomia a um produto que torna a pessoa dependente", diz.

Uma das peças da campanha foi suspensa em 2013 pelo Conar, que viu "má influência" sobre a crianças.

A publicidade de cigarros em pontos de venda foi proibida em 2011 no Brasil por uma lei nacional.

Após três anos, no fim de maio de 2014, o governo federal publicou um decreto regulamentando a lei e concedendo um prazo até o final de novembro para o fim da propaganda -quando, então, passa a ser permitida apenas a exibição dos maços nos pontos de venda.

Procurada, a Philip Morris disse que não iria comentar a multa do Procon. Em março, questionada sobre o relatório da ACT, a empresa alegou que sua campanha era voltada "exclusivamente" a adultos fumantes.

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