06/07/15

Personagens são inimigos desde a primeira aparição do palhaço, há 25 anos.
Bart será morto em episódio especial de Haloween, mas voltará ao desenho. 

Do G1, em São Paulo 
Sideshow Bob e Bart sempre foram inimigos no desenho 'Os Simpsons' (Foto: Divulgação)

Após 25 anos de tentativas frustradas, o palhaço Sideshow Bob finalmente atingirá seu objetivo de matar o jovem Bart no desenho animado "Os Simpsons". O desejo será realizado no 26º episódio anual de Halloween, conhecido como "A casa da árvore do horror".

Os produtores do desenho revelaram a notícia neste sábado (6), no painel dos "Simpsons" em um festival no Texas, nos EUA. "Eu odiava comédia de frustração, então nós vamos coçar essa coceira", disse à revista "Entertainment Weekly" o produtor executivo do desenho, Al Jean.

Ele contou que sempre quis ver o Coiote pegar o Papa-Leguas no clássico da "Looney Tunes". Segundo Jean, após finalmente atingir o maior objetivo de sua vida, Bob não saberá o que fazer.

Bart deve voltar ao desenho após o episódio especial, que geralmente é exibido no final de outubro ou no começo de novembro. O jovem e o palhaço se tornaram inimigos desde a primeira aparição de Bob na primeira temporada da série, em 1990. No episódio, ele tentava incriminar o palhaço Krusty, de quem era assistente, para roubar seu lugar como apresentador.

Os produtores também confirmaram que o Porco-Aranha, personagem apresentado no longa do desenho, de 2007, deve fazer uma participação no desenho nesta 27ª temporada.

SOMINI SENGUPTA
DO "NEW YORK TIMES" 

"Petit, viens" ("venha cá, garotinho"), gritou o soldado francês num posto de controle em Bangui, capital da República Centro-Africana. 

Durante cinco meses, meninos foram forçados a fazer sexo oral em um número desconhecido de militares da França, segundo depoimentos colhidos pela ONU. 

Soldados franceses patrulham Sibut, na República Centro-Africana; crianças denunciaram abusos 

Os garotos, com idades entre 9 a 15 anos, disseram que às vezes eram atraídos com a promessa de receber comida. 

Quase um ano depois de as acusações surgirem, ninguém sofreu acusações formais nem foi punido. 

O caso ilustra um problema permanente nas operações internacionais de paz: como as forças estrangeiras podem ser responsabilizadas quando, em vez de protegerem civis em zonas de conflito, lhes fazem mal? 

Independentemente de as forças de paz servirem às Nações Unidas ou estarem sob os seus próprios comandos nacionais -como no caso das forças francesas em Bangui-, cabe aos países de origem dos soldados investigar e processar esses casos. 

A ONU não possui autoridade jurídica para processar e punir soldados. 

A França anunciou uma investigação oficial sobre as acusações. 

No entanto, em muitos casos, os países não respondem a consultas da sede da ONU sobre como -ou mesmo se- investigam seus soldados no exterior, segundo uma recente auditoria interna obtida pelo "The New York Times". 

Quando os países chegam a punir seus militares, as sanções variam amplamente. 

A auditoria constatou que, de todas as acusações de abuso sexual apresentadas entre 2008 e 2013 contra o pessoal da ONU, tanto militares como civis, cerca de um terço envolvia crianças. 

No entanto, há uma longa lista de fatores que contribuem para a impunidade, segundo constatou a auditoria: as investigações emperram na burocracia, os comandantes não são responsabilizados pelo que acontece em suas fileiras e a forma mais comum de punição está em devolver os soldados aos seus países de origem e proibi-los de servir em missões futuras. 

A auditoria, realizada pelo Departamento de Supervisão Interna, descobriu que, apesar da promessa da ONU de tolerância zero contra abusos e exploração sexual por parte dos soldados das forças de paz, a aplicação efetiva "é dificultada por uma estrutura complexa, atrasos prolongados, resultados variáveis e desconhecidos e uma assistência seriamente deficiente". 

Funcionários da ONU apontam sinais de melhora. As denúncias de abuso sexual envolvendo as forças de paz diminuíram, dizem. No entanto, eles admitem que a subnotificação é um problema. 

Eles argumentam que os países que contribuem com soldados estão melhorando no que diz respeito a responsabilizar os culpados e a informar a ONU sobre isso. 

O abuso sexual por forças de paz não atinge apenas as missões da ONU. A ONG de direitos humanos Human Rights Watch compilou um relatório sobre casos de estupro e exploração sexual cometidos em 2012 e 2013 por forças da União Africana na Somália. 

A UA investigou as acusações, prometendo tolerância zero, mas disse que não poderia fundamentar a maioria dos casos, porque os soldados acusados já haviam voltado aos seus países. 

No caso da República Centro-Africana, autoridades francesas e da ONU se culpam mutuamente pela demora na investigação. 

De acordo com os depoimentos das crianças, os supostos abusos começaram em dezembro de 2013. 

Em maio de 2014, o departamento de direitos humanos da ONU nomeou um funcionário em Bangui para ouvir as crianças. 

Em meados de julho, o relatório foi submetido a um diretor de operações de campo da ONU, que afirmou ter informado seu chefe sobre as conclusões e entregado o relatório a diplomatas franceses. 

Porém, só em 28 de março deste ano a ONU enviou uma cópia oficial do seu inquérito de Bangui ao governo da França. 

Nesse mesmo mês, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, recomendou celeridade nas investigações, a criação de um fundo de apoio às vítimas e a execração pública de países que não informam como investigam e punem seus militares. "Tolerância zero [contra abusos sexuais]", disse Ban, deve significar colaborar com os governos "para garantir que os infratores sejam responsabilizados por medidas financeiras, disciplinares e/ou de responsabilização penal". 

Dois meses depois, a história dos soldados franceses na República Centro-Africana veio à tona.

WILLIAM NEUMAN
SIMON ROMERO
DO "NEW YORK TIMES"

A Colômbia acaba de rejeitar uma das pedras angulares da guerra às drogas apoiada pelos EUA, barrando a pulverização aérea da coca, a planta da qual é feita a cocaína. 

A Bolívia expulsou a DEA (a agência norte-americana de combate às drogas) do país há anos e permite o cultivo de pequenas plantações de coca. 

Avião da polícia joga herbicida em plantação de coca na Colômbia, em julho de 2003 

O Chile, por muito tempo um dos países mais conservadores da América Latina, está fazendo sua primeira colheita de maconha para fins medicinais. 

Cada vez mais, governos latino-americanos resistem aos princípios da abordagem dos Estados Unidos no combate às drogas, contestando estratégias como a proibição, a erradicação de plantações e o combate militarizado aos plantadores. 

"Pela primeira vez em 40 anos, está ocorrendo um movimento importante de resistência desses países, que são os que suportam boa parte do sofrimento provocado por essa guerra", disse o historiador Paul Gootenberg. 

A resistência reflete, sob muitos aspectos, o declínio da influência dos EUA sobre a América Latina e a ampla impressão de que fracassaram os métodos norte-americanos de combate às drogas. 

"Se você usa as mesmas ferramentas por 50 anos e o problema não se resolve, é porque alguma coisa não está funcionando", comentou o ministro da Justiça colombiano, Yesid Reyes. 

A mudança de postura se dá em um momento de mudança de atitudes e preocupações também nos Estados Unidos. 

Figuras políticas em países como o Uruguai, que está regulamentando cautelosamente sua indústria legal de maconha, olham para o exemplo de Estados americanos como Colorado e Washington, que legalizaram a venda da maconha para fins recreativos. 

As razões que levam as nações latino-americanas a pedir a revisão da política antidrogas variam de país a país, mas, de modo geral, devem-se à tentativa de reduzir a violência do narcotráfico e de aliviar sistemas carcerários sobrecarregados. 

Camponeses mastigam folhas de coca durante dia que homenageou a tradição do acullico 

O debate também é influenciado pela emergência da América Latina como grande mercado de drogas. O Brasil hoje figura entre os maiores consumidores mundiais de cocaína. 

"O custo da guerra às drogas, em sangue e dinheiro, é avassalador", disse Bruce M. Bagley, da Universidade de Miami e especialista no narcotráfico latino-americano. "Os líderes estão analisando a abordagem militarizada e dizendo que não querem mais 40 anos de políticas como as da Colômbia." 

Apesar de muitos discursos contundentes por parte de líderes latino-americanos sobre as falhas da guerra às drogas e a necessidade de um novo enfoque, há pouca clareza quanto ao caminho a seguir. 

A Colômbia é um exemplo. O governo colombiano suspendeu recentemente a pulverização aérea das plantações de coca, citando receios de que o herbicida usado possa causar câncer em humanos. 

Em abril, Reyes fez um discurso na ONU pedindo novas abordagens ao problema das drogas e defendendo a descriminalização do consumo. Mas ele e o governo colombiano não apresentaram propostas concretas de como colocar isso em prática. 

Reyes disse que a Colômbia teve muitas vitórias no combate aos narcotraficantes e não vai recuar, podendo até retomar a pulverização se encontrar um herbicida mais seguro. 

A Colômbia é um dos principais aliados dos EUA na América Latina, de modo que a decisão de sustar a pulverização aérea foi carregada de simbolismo. 

A tática era um elemento central da política antidrogas apoiada pelos EUA, e a decisão colombiana foi tomada apesar de objeções de Washington. 

No entanto, a partir do momento em que ficou claro que a Colômbia seguiria seu próprio caminho, as autoridades americanas lhe ofereceram apoio público. 

Muitos países latino-americanos ainda estão tentando decidir quais devem ser suas novas políticas. Os eleitores na região não abraçaram a campanha de legalização das drogas. Politicamente falando, a proposta de legalização raramente é bem recebida. 

Na Guatemala, o presidente Otto Pérez Molina disse que vai estudar a criação de mercados legais para algumas drogas, com o objetivo de neutralizar o poder das quadrilhas. Mas ele não apresentou propostas concretas. 

O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, disse estar aberto a discutir a legalização, mas até agora fez pouco para promover o debate. Mesmo na Cidade do México, considerada um reduto progressista, os esforços de descriminalização não avançam. Peña Nieto chegou ao poder com a promessa de melhorar a economia, minimizando a importância dos problemas do país com os cartéis do tráfico e o crime organizado. 

Na Bolívia, o presidente Evo Morales expulsou agentes americanos da DEA em 2009 e conquistou uma exceção a uma convenção antidrogas das Nações Unidas, obtendo o reconhecimento do direito ao uso tradicional da coca. 

Morales promove um sistema que permite aos camponeses cultivar pequenas plantações de coca, cuja folha é mastigada há séculos por suas propriedades estimulantes leves. Mas ele não aderiu aos chamados pela legalização da cocaína ou de outras drogas. 

No Peru, outro grande produtor de cocaína, o Congresso analisa uma lei que permitiria às Forças Armadas abater aviões suspeitos de estarem transportando drogas. Essa medida reverteria uma proibição que entrou em vigor em 2001, depois de um avião levando missionários ter sido abatido por engano, levando à morte de dois americanos. 

O Brasil aprovou uma lei que visa manter os usuários de drogas recreativas fora da prisão, substituindo a reclusão por medidas como serviços comunitários. Mas brechas na lei causaram o efeito oposto, e o número de pessoas encarceradas no país por delitos ligados às drogas, incluindo delitos leves, vem crescendo. 

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