Países nórdicos lideram ranking da organização Save the Children. Brasil aparece na 77ª posição, sendo o índice de mortalidade de recém-nascidos 50% mais alto em áreas de favela que no restante do país
Um relatório anual divulgado pela ONG Save the Children nesta segunda-feira (04/05) aponta a Noruega como o melhor país para ser mãe. Na 16ª edição do Mothers’ Index, foram analisados 179 países com base em cinco indicadores, relacionados à saúde materna, educação, renda e ao status das mulheres.
A Noruega é seguida no ranking por Finlândia, Islândia, Dinamarca e Suécia. Entre os dez melhores países para a maternidade, a Austrália é o único não europeu, na nona posição. A Alemanha aparece em oitavo lugar, atrás de Holanda (sexta) e Espanha (sétima).
Já o último colocado é a Somália, precedida pela República Democrática do Congo e a República Centro-Africana. O Brasil aparece na 77ª posição.
Segundo Carolyn Miles, diretora executiva da Save the Children, os dados recentes mostram que, além do bem-estar econômico, é fundamental investir em políticas financeiras para garantir a felicidade materna. “Na Noruega, eles têm riqueza, mas também investem essa riqueza em aspectos como mães e filhos, como prioridade”, diz.
Os dados também mostram que as chances de uma criança sobreviver numa cidade em desenvolvimento são influenciadas pela distância cada vez maior entre ricos e pobres.
“Estudos recentes no Brasil e na Índia indicam que o índice de mortalidade de recém-nascidos chega a ser 50% mais alto em favelas quando comparado ao de áreas sem favelas”, destaca o relatório.
O índice anual da Save the Children também aponta uma disparidade global em termos de mortalidade infantil. Entre os dez países no topo do ranking, uma em cada 290 mães perde o filho antes dos cinco anos de idade, enquanto nos dez piores países, a proporção é de uma a cada oito mães.
Fonte: DW
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