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Morcegos se orientam usando rápidos músculos vocais
Os cientistas chamam o último som que um inseto ouve antes de ser ingerido por um morcego de 'zunido final’, o sonar que os morcegos usam para rastrear a presa. Os morcegos conseguem produzir esse som de ecolocalização no ritmo acelerado de até 190 'zunidos’ por segundo e também o utilizam para navegação.
Nunca se soube exatamente como eles produzem esse som de forma tão rápida.
Agora, porém, os cientistas relatam que os morcegos conseguem emiti-los graças a músculos vocais muito rápidos. Eles são os primeiros mamíferos conhecidos a possuir esse tipo de músculo. Os músculos são muito frágeis, mas sua rapidez é tão grande que podem se contrair cem vezes mais rápido do que músculos comuns dos seres humanos. Além disso, a velocidade deles supera a do músculo mais rápido dos humanos, que fica nos olhos.
Os músculos mais rápidos descobertos até agora pertencem a pássaros cantantes, cobras cascavel e certos tipos de peixes – todos os utilizam na produção de sons. Pesquisadores da Universidade do Sul da Dinamarca e da Universidade da Pensilvânia queriam verificar se esses músculos também estavam presentes nos mamíferos, o que os levou a observar morcegos da espécie 'Myotis daubentoni’, encontrada em toda a Europa e a Ásia.
''Eu pensei que se os encontrássemos em mamíferos, eles seriam os morcegos’', afirmou o autor do estudo, Coen Elemans, professor adjunto da Universidade do Sul da Dinamarca. ''Quando o animal caça presas que se movem rapidamente e tentam escapar, é muito importante produzir esses sons a um ritmo bem acelerado’', afirma.
No estudo, publicado na revista Science, Elemans e seus colegas registraram os sons dos morcegos e determinaram o momento em que o eco chega aos ouvidos deles. Os cientistas descobriram que os cérebros dos morcegos processam os sons ainda mais rápido do que seus músculos podem gerá-los. Em alguns casos, são processados 800 sons por segundo, antes que as emissões comecem a se sobrepor aos ecos, causando confusão. Pesquisadores inventam dispositivo para conhecer besouros
Os besouros-de-ambrósia trabalham duro. Eles passam o tempo cultivando os fungos que serão seu alimento no interior das árvores. Contudo, os besouros também são atentos em relação à privacidade, o que fez com que seus hábitos sociais e de trabalho permanecessem um mistério.
Peter Biedermann, pesquisador de ecologia comportamental e evolução da Universidade de Berna, na Suíça, afirmou em e-mail: ''não é possível observá-los nos campos’'. Ele é pesquisador de ecologia comportamental e evolução da Universidade de Berna, na Suíça. ''Eles constroem os ninhos dentro da madeira sólida e, se observados, todos tentam escapar, por isso, não é possível analisar o seu comportamento habitual’', afirma.
Por isso, Biedermann e um colega pensaram em um projeto: eles desenvolveram tubos de observação feitos de vidro que imitam o ambiente natural dos besouros para observá-los individualmente e trabalhando nas colônias.
Eles descobriram que os besouros-de-ambrósia são bastante sociais e vivem em sociedades nas quais existe um sistema de distribuição de tarefas. As fêmeas adultas cultivam jardins de fungos e protegem a colônia, enquanto aos machos são reservados a limpeza e o acasalamento com as fêmeas.
Até filhotes têm suas tarefas. O papel da larva é limpar e cavar para aumentar o ninho, afirmou Biedermann, que relatou as descobertas este mês na revista The Proceedings of the National Academy of Sciences.
O estudo mostra que as colônias deste besouro são semelhantes às de outras sociedades de insetos, como a das vespas, abelhas e formigas, cuja repartição de tarefas é conhecida há bastante tempo. Contudo, há perguntas que continuam sem resposta.
Os pesquisadores notaram que a larva dessa espécie retarda o desenvolvimento do fungo. Será que elas pedem ajuda à bactéria produtora de antibióticos, assim como fazem as formigas cortadeiras? Ou ainda, é possível que elas contenham o fungo usando algum tipo de secreção. Biedermann agora pretende descobrir como isso ocorre. Sem barbatanas, sem problemas: medusas caçam e se movimentam a seu modo
Para animais que se movimentam sem o benefício da visão, a medusa conseguiu sobreviver muito bem. O que ocorre é que elas estão se tornando o predador dominante de áreas nas quais o excesso de pesca e a destruição de habitats causaram a redução da população de peixes.
Constatou-se que, mesmo com sua aparente lentidão, as medusas são tão eficazes ao caçar e capturar alimentos quanto os seus concorrentes com barbatanas. Talvez elas não se movam tão rápido, mas em um estudo publicado na revista Science, os pesquisadores descobriram que elas usam o tamanho do corpo para aumentar o êxito na hora da caça. Com seus grandes corpos, formados em grande parte por água, e os longos tentáculos, elas conservam energia ao permitir que a correnteza as guie até a presa, segundo relatou José Luis Acuña, um dos autores do artigo e biólogo da Universidade de Oviedo, na Espanha.
''Para nossa surpresa, as medusas eram tão boas predadoras quanto os peixes com aparência de predadores, apesar de serem lentas e cegas, pois fazem uso de uma habilidade hidromecanica totalmente diferente’', afirmou Acuña por e-mail.
Acuña e seus colegas descobriram que as medusas também se alimentam de maneira eficiente. Talvez elas não se alimentem tão rápido quanto os peixes concorrentes, mas canalizam eficazmente a energia obtida dos alimentos em crescimento corporal. Além disso, as medusas não precisam comer muito. Isso permite que resistam durante meses sem comida, se necessário.
Acuña chamou atenção para o fato de que a medusa se tornou dominante na região da costa da Namíbia onde as sardinhas foram pescadas em excesso e também no Mar Amarelo, na costa norte da Ásia, onde elas estão no lugar de uma enorme população de anchovas. Se a pesca em excesso e a destruição de habitats continuar em outras partes do mundo, talvez os oceanos tenham um futuro mais gelatinoso reservado.
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