Fotos subaquáticas de tirar o fôlego que parecem mais dramáticas do que as pinturas barrocas

"Amar viver" 2018

A fotógrafa havaiana Christy Lee Rogers em toda a sua vida sempre foi obcecada com a água, e seu trabalho mais recente, "Musas", destaca-a perfeitamente isso. Considerada uma pioneira na fotografia subaquática, Rogers desenvolveu um estilo e uma técnica tão avançada que conquistou a aclamação internacional. Seu trabalho abrange a qualidade única da refração da luz entre a superfície e as camadas de água, e sua abordagem pessoal é honrar e explorar a fragilidade de nossa existência dentro dos elementos que nos rodeiam. Redemoinhos de figuras entrelaçadas e suas cortinas fluentes fazem as fotografias de Rogers parecerem tão dramáticas quanto as pinturas do século XVII.

"Eu amo água e estou feliz quando está chovendo, então foi uma ligação natural", revela a fotógrafa. "Eu cresci cercada por água, na ilha de Oahu. Primeiro fui atraída por essas dicotomias naturais na água da liberdade, ausência de peso, espaço e serenidade e depois do outro lado - uma incapacidade de respirar, vulnerabilidade, pressão e caos. por isso é uma ferramenta poderosa para expressar essas mesmas manifestações na vida e especialmente na humanidade ".

"Estamos todos tão ligados à água, feita de água e dada vida pela água, por isso deve ser importante. Mas nós tomamos isso como certo, e poluímos nossos oceanos e rios como animais devastadores. Minhas imagens só são possíveis com a água como fonte e ferramenta artística, é como no filme 'Moana', onde a água ganha vida ”.

"Minha mente é caótica", acrescentou ela. "A inspiração vem de todas as direções, quase de uma forma não abrangente muitas vezes. Eu diria que a música é minha principal fonte de vida, filmes e poesias. Eu acho enorme inspiração nas histórias românticas e selvagens do folclore antigo e Mitologia Grega, JRR Tolkien Elfos, Atlântida, a poesia de Michelangelo, as idéias por trás do Renascimento, filmes de Federico Fellini, textos sobre espaço e tempo, os figurinos e cenários deslumbrantes de Baz Luhrmann, Muse, letras de U2, os filmes antigos de Georges Melies, a música de Itzhak Perman, Hans Zimmer, Coldplay, Imagine Dragons e Danny Elfman para o Cirque du Soleil. Mas através de tudo isso, minha principal inspiração ainda é a beleza e a loucura da humanidade, incluindo eu mesma."

Procurando por esperança e liberdade, Rogers sentiu que ela só tinha que se expressar dessa maneira particular. Ou "musas" vem à vida ou ela enlouquece. O processo, no entanto, não era de fluxo livre. "Antes de cada ensaio, estou nervosa e não sei porque", disse ela. "Parece que serão as últimas imagens que eu recebo. Estou tentando levar o espectador a um lugar que não está aqui, e há alguma nebulosidade nisso. Algo que eu tenho que sentir e não pensar demais."

"Rapsódia" 2018

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