Mulheres não são promovidas porque não querem, diz pesquisa

Creatas Images/Thinkstock
Mulher lê algo em tela do computador no escritório

Rebecca Greenfield, daBloomberg

As mulheres têm pouca representação em cargos de liderança por diversas razões: são estereotipadas como sendo menos competentes que os homens, não são tão agressivas quanto eles e, além disso, existe uma percepção de que elas não conseguem liderar e manter uma família ao mesmo tempo.

Agora, uma pesquisa da Faculdade de Negócios de Harvard adiciona mais um motivo à lista: as mulheres não ocupam cargos de liderança simplesmente porque não querem esses postos tanto quanto os homens.

A pesquisa, publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), incorpora nove estudos realizados em vários grupos de alto desempenho. Combinadas, as pesquisas indicam que as mulheres dão menos valor ao poder que os homens e os estudos tentam explicar o fenômeno.

Em um dos estudos, realizado com 650 pessoas recentemente formadas em um MBA, os pesquisadores pediram que os participantes classificassem seu cargo atual no setor, seu cargo ideal e o cargo mais elevado ao qual poderiam chegar, de um ponto de vista realístico.

As mulheres não mostraram dúvidas de que podiam “realisticamente atingir” o mesmo nível de sucesso dos homens, mas listaram cargos ideais mais baixos.

Outro dos estudos ajuda a explicar essa descoberta, sugerindo que as mulheres fazem associações mais negativas ao poder do que os homens.

“As mulheres esperam que os cargos de alto nível sejam acompanhados por mais estresse, sobrecarga, conflitos e dilemas difíceis”, disse Alison Wood Brooks, coautora do trabalho e professora assistente de Administração de Empresas em Harvard.

Mais objetivos na vida

Uma explicação pela qual o poder estressa as mulheres é que elas têm menos tempo para atingir um número maior de objetivos.

Em outro dos nove estudos, os pesquisadores pediram que cerca de 800 adultos trabalhadores classificassem seus objetivos, definidos como “coisas que ocupam seus pensamentos rotineiramente, coisas com as quais você se importa profundamente ou coisas que motivam seu comportamento e suas decisões”.

As mulheres consultadas não apenas listaram mais objetivos, mas uma proporção menor desses objetivos foi relacionada a atingir o poder.

“No momento, é mais provável que as mulheres tenham mais objetivos na vida, porque perseguir objetivos de carreira e de família simultaneamente é um conceito relativamente novo para as mulheres”, acrescentou Brooks.

Em outras palavras, as mulheres se sentem mais inclinadas a ter tudo isso que os homens, que listaram menos objetivos pessoais, e isso significa ceder em algo.

“Espero que essas descobertas levem pessoas e gestores a perguntarem [aos trabalhadores sobre suas preferências]”, disse Francesca Gino, outra coautora do trabalho.

“Algumas mulheres podem se importar profundamente com o poder, outras não. Algumas podem enxergar muitos aspectos negativos. No caso dessa última categoria, conversar a respeito pode levar a identificar oportunidades que possam remover parte desses aspectos negativos”.

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