Em março de 2010, os intensos tremores de terra levaram a defesa civil a interditar as 27 casas, e os moradores viviam em abrigos ou residência de parentes. Segundo a Cehab (Companhia Estadual de Habitação e Obras), os novos imóveis foram construídos para suportar até terremotos.
Para prevenir possíveis novos tremores de terra, os novos imóveis –27 casas e o prédio do posto de saúde– foram construídos com reforço no alicerce, e as paredes, erguidas com concreto armado e ferro para aguentarem futuras movimentações dos terrenos ocasionadas por eventos sísmicos.
Cada imóvel e área tiveram um projeto específico com reforço especial na fundação. As obras custaram R$ 1,5 milhão e foi custeada com recursos do FNHIS (Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social) e do governo do Estado.
As casas, entregues no final de 2011, têm dois quartos, sala, banheiro, cozinha, além de uma área de serviço na parte externa e um conjunto de fossa. Os imóveis foram construídos no mesmo local em que as famílias beneficiadas viviam.
O novo posto de saúde contém dois consultórios, sala de primeiros socorros (curativos), banheiros, recepção, copa e área administrativa, com acessibilidade para deficientes físicos.
Mais 69 casas estão previstas para serem entregues este ano com a mesma tecnologia, e serão financiadas pelo Programa Operações Coletivas, do governo do Estado.
Abalos sísmicos
Em março de 2010, os 15 mil moradores de Alagoinha foram surpreendidos com tremores de terra e ficaram assustados. Sem estrutura para suportar os terremotos, 27 casas ficaram comprometidas e tiveram de ser demolidas.
Em apenas três dias, sismógrafos das estações de monitoramento do Departamento de Sismologia da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) registraram 47 tremores - com magnitude entre 1,8 grau e 3,2 graus na escala Richter (que vai de zero a nove).
Segundo o departamento de sismologia, o epicentro dos terremotos ocorreu no município de São Caitano (75 km de Alagoinha). Os moradores dos povoados de Carrapicho, Salambaia e São José, localizados na zona rural do município, foram os mais atingidos.
A cidade de Alagoinha é a quinta área de Pernambuco que vem registrando eventos sismológicos. O município fica localizado numa falha geológica chamada de Lineamento de Pernambuco, que contém placas que se movimentam constantemente e ocasionam tremores de terra.
Segundo o departamento de sismologia, a falha geológica de Pernambuco possui cerca de 700 km de extensão, que vai do litoral ao sertão do Estado, do Recife a Ouricuri. A falha faz parte de uma área do Nordeste que vive em constante atividade sísmica.
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