Estudo vincula infecção por HPV a doenças cardíacas em mulheres


Cientistas americanos encontraram evidências de um vínculo entre a infecção pelo papilomavírus humano e o surgimento de doenças cardíacas em mulheres que não têm outros fatores de risco, segundo um estudo inédito publicado esta segunda-feira.
Embora a pesquisa ainda esteja nos estágios iniciais, especialistas afirmam que se os resultados forem confirmados, o estudo poderá abrir uma nova frente de combate contra as doenças no coração, que são a principal causa de morte entre mulheres em boa parte do planeta.
"Cerca de 20% dos indivíduos com DCV (doença cardiovascular) não apresenta quaisquer fatores de risco, um indício de que outras causas ''não tradicionais'' podem estar implicadas", explicou o chefe das pesquisas, Ken Fujise, diretor da Divisão de Cardiologia do Departamento Médico da Universidade do Texas.
"O HPV parece ser um destes fatores nas mulheres", afirmou Fujise, cujas descobertas serão publicadas na edição de 1º de novembro do Jornal da Escola Americana de Cardiologia.
O HPV é a mais comum doença sexualmente transmissível e tem mais de 40 subtipos, alguns que causam câncer cervical e outros, verrugas genitais.
Na maioria das vezes, a presença do HPV não causa qualquer sintoma.
Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, pelo menos 50% dos homens e mulheres sexualmente ativos se infectarão com HPV em algum momento de suas vidas.
Normalmente, o organismo consegue se livrar sozinho da infecção, mas alguns subtipos, conhecidos como cepas oncogênicas, podem virar câncer e precisam ser acompanhados de perto.
Os cientistas tiveram a ideia de pesquisar o HPV como causa potencial de doenças cardíacas por causa da forma como o vírus atua no desenvolvimento do câncer, desativando dois genes supressores de tumores: o p53 e a proteína do retinoblastoma (pRb).
O gene p53 tem um papel chave na regulação do processo que provoca a arterioesclerose, ou enrijecimento das artérias, enquanto a pRb é crucial na regulação do crescimento e proliferação celular.
Ainda que não tenham confirmado este vínculo e estabelecido se o HPV pode ou não causar doenças cardíacas, os pesquisadores verificaram que "os tipos de HPV oncogênico estavam fortemente associados com a DCV", afirmou o co-autor do estudo, também do Departamento de Medicina da Universidade do Texas.
Os pesquisadores não encontraram vínculos entre o HPV e outros riscos metabólicos, como colesterol elevado ou pressão alta.
Os dados resultaram de uma pesquisa com 2.500 mulheres com idades entre 20 e 59, que participaram de consultas nacionais sanitárias e nutricionais entre 2003 e 2006.
Se o vínculo entre o HPV e as doenças cardíacas for confirmado, os cientistas poderão trabalhar no desenvolvimento de um medicamento para deter a inativação do gene p53 e evitar o aparecimento de doenças cardíacas em mulheres infectadas com HPV, disse Fujise.

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