Fabricantes apostam em smartphones com telas enormes. Será que vai dar certo?

Para diferenciar seus dispositivos, Samsung e HTC investem no modelo. Especialistas, porém, acham que investimento é bastante arriscado.

Os produtos exibidos este ano na IFA – a maior feira de eletrônicos do mundo, realizada em Berlim – indicam que opções de tela não vão faltar. Especialistas, no entanto, questionam se todos os tamanhos escolhidos serão bem recebidos pelos consumidores.

As fabricantes estão arriscando, a fim de descobrirem as dimensões ideais para cada tipo de dispositivo, afirma Geoff Blaber, analista do instituto CCS Insight. Uma das tendências observadas é o lançamento de aparelhos com telas entre 4,5 e 5,5 polegadas, como uma versão do Galaxy S II e o Galaxy Note, ambos da Samsung; o HTC Titan com Windows Phone 7 e oTablet P, da Sony.

Até agora, os clientes rejeitaram dispositivos com telas nesses tamanhos, como o tablet Dell Streak. Samsung e HTC, porém, acreditam que suas criações poderão ajudá-las a obter destaque em um mercado altamente competitivo.

“Com tantas opções, é difícil que um smartphone se destaque na vitrine de uma loja. Aparentemente, as empresas querem diferenciar seus produtos tornando-os maiores, em vez de seguir o modelo já estabelecido”, disse Blaber.

Embora não esteja sozinha, a companhia coreana é a que mais tem investido na estratégia. Ao exibir o Galaxy Note, ela afirmou que pretende criar mais uma categoria de produtos, que ficaria entre o smartphone e o tablet. A Apple agiu da mesma forma com o iPad – ele se encaixaria entre o celular e o computador, tomando o lugar dos netbooks.

O aparelho tem tela de 5,3 polegadas e conta com uma caneta stylus, que visa ajudar o usuário a fazer anotações. Apesar da funcionalidade, analistas estão reticentes quanto à aposta.

“As pessoas estão felizes com o padrão adotado – entre 3,5 e 4 polegadas”, defendeu Bob O’Donnel, vice-presidente da IDC. 

Para Daniel Freeman, diretor da Fjord, empresa de design, a proposta trará outras implicações. “Se você olhar pelo lado dos consumidores, há a questão da autonomia da bateria, o custo superior para fabricá-los, e o fato de estarem mais suscetíveis a riscos e quebras”.

Há outros importunos: os celulares podem não caber no bolso e segurá-los junto ao rosto não é confortável. Quanto aos pontos positivos, destaque para o consumo de conteúdo, como vídeos e navegação web, e facilidade na digitação.

Avanços na construção dos aparelhos deverão ajudar em sua popularização. Segundo a CSS Insight, o HTC Titan pesará 160 gramas, ou seja, 60g a menos que o Streak, que também tinha tela de 5 polegadas. Caso dê certo, é possível que diminua ainda mais o espaço para tablets com tela de 7 polegadas, como o PlayBook, da RIM.

Outra opção é fazer com que a tela ocupe quase toda a frente do dispositivo – mais ainda do que já ocorre. Freeman, porém, não vê com bons olhos essa possibilidade. “Quanto mais próxima ela estiver da borda, mais os dedos dos usuários estarão tampando a visão, o que prejudicará a experiência com o dispositivo”.

(Mikael Ricknäs)
Por IDG News Service

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