Membro do trio criador do Pirate Bay, Fredrik Neij tinha apenas um desejo para passar melhor seus dias na prisão. O cofundador do principal ponto de pirataria na internet solicitou um NES, o famoso Nintendinho, para jogar clássicos da era 8-bits.

O pedido acima prova que as prisões suecas são uma realidade completamente diferente das brasileiras. No entanto, mesmo assim a solicitação foi negada, mas não pelos motivos óbvios.

Segundo as autoridades, o motivo pelo qual Neij não pode ter um NES em sua cela é porque não é possível abrir o console sem destruí-lo para verificar se há algum item proibido na parte interna. O que é absurdo, no entanto: se é impossível abri-lo para verificar o que há dentro dele, também não dá para abri-lo para colocar algo dentro dele.

A justificativa absurda gerou um pedido de apelo pelo fundador do Pirate Bay, que vai recorrer da decisão. Ele diz que um videogame sem nenhum tipo de conectividade não é uma ameaça e que a instituição só precisa comprar o equipamento compatível. “Não pode ser considerado razoável que a instituição não tenha uma chave de fenda que custa 100 coroas suecas [R$ 35]”, alegando ainda que todos os videogames da Nintendo usam o mesmo padrão de chaves de fenda.

Neij foi sentenciado a um ano de prisão junto com seus dois colegas, Peter Sunde e Gottfrid Svartholm em 2010. No entanto, ele fugiu do país e foi viver no sudeste asiático até o ano passado, quando ele foi preso pela imigração tailandesa e transferido para uma prisão na Suécia.