01/24/15

Os cães se parecem cada vez menos com seu ancestral, o lobo. Como isso aconteceu? Com a busca por raças "puras": para fixar características desejáveis em pouco tempo, basta cruzar mãe com filhote ou irmão com irmã. É aí que mora o perigo. Quanto maior o grau de parentesco, menor a variação genética e cresce o risco de doenças. Veja aqui as mais comuns de cada raça.
por Karin Hueck, Jorge Oliveira, Eduardo Sklarz, Eber Evangelista e Luiz Iria


1. São-bernardo



Esse gigante é afetado pela dilatação gástrica. Nela, o estômago se estende devido ao acúmulo de gases. Pode se dilatar tanto que faz uma torção sobre si mesmo, prejudicando o suprimento de sangue e alimento para os órgãos do sistema digestivo.

2. Dobermann



Nessa raça, os ventrículos do coração se dilatam e o músculo cardíaco enfraquece na hora de contrair e bombear o sangue. Isso leva a insuficiência cardíaca e acúmulo de líquido no pulmão. A doença afeta até 40% dos dobermanns com mais de oito anos.

3. Buldogue inglês



O macho é pesado e compacto. Já a fêmea tem uma pelve estreita e fina, o que torna o acasalamento uma missão quase impossível. Muitas crias só são viáveis via inseminação artificial: e a maioria dos partos é feita por cesárea, já que a cabeça do feto é muito grande.

4. Pug


Como seu focinho foi selecionado para ser muito curto, o ar não tem tempo de resfriar antes de chegar aos pulmões. Isso provoca o aumento da temperatura corporal. Quando o cão faz atividades físicas intensas em dias muito quentes, a crise pode ser fatal.


Aproximadamente 10 mil pugs registrados no Reino Unido viriam de uma linhagem de apenas 50 indivíduos.



5. Golden Retriever



Como acontece com muitos cães grandes, a cabeça do fêmur não se encaixa bem na bacia. O problema, a displasia coxofemoral, prejudica a mobilidade das patas traseiras. Também é comum o desgaste da articulação do cotovelo.

6. Pastor Alemão



Os pastores que competem em exposições têm a anca mais baixa que a cernelha (ponto mais alto das costas). Por isso, sofrem problemas nas articulações e perdem a coordenação nas patas traseiras, que se abrem como se fossem de um sapo.

7. Chihuahua



A pequena estatura está associada à hidrocefalia - o aumento dos fluidos no cérebro. O volume elevado aumenta a pressão no cérebro. Em alguns casos, a pressão pode causar dor, perda das funções cerebrais e morte.

8. Dálmata



É a raça mais atingida por surdez. Até 30% dos dálmatas ficam surdos de um ouvido e 10% de ambos. E dá para prever quem será afetado: quanto maior a extensão da cor branca, maior a probabilidade de perder a audição.

9. Basset hound



Os germes aproveitam suas longas orelhas para entrar no canal auditivo e causar inflamações. Além disso, o macho sofre: como é baixinho, comprido e pesado, não consegue montar a fêmea - e precisa de uma mãozinha do dono.

10. Lulu da Pomerânia



O lulu é o campeão em deslocamento de patela (a rótula). Cerca de 40% dos cães têm uma patela que vive saindo do lugar, o que provoca dor e artrite. Também é comum a degeneração progressiva da retina, que leva à cegueira.



Outras curiosidades
* 400 são as raças de cachorros que existem - todas originadas do lobo
* Há 300 doenças genéticas causadas por cruzamentos forçados.
* 90% dos collies sofrem de uma anomalía nos olhos que envolve o nervo óptico e a retina.




* 55% dos rottweilers sofrem de displasia no cotovelo, que deixa as juntas inchadas e pode deixar o animal manco.


* 34% dos beagles sofrem de inflamações nas artérias coronárias.


De acordo com uma pesquisa da Churchill Insurance, seguradora inglesa, esse é o custo anual com veterinários e remédios.

Vira-lata - R$ 1 200
Labrador - R$ 1 550
Rottweiler - R$ 2 400
Bulldogue - R$ 3 700
Dogue alemão - R$ 5 300


Fontes Evander Bueno, médico veterinário especializado em neurologia comportamental; Canine Inherited Disorders Database; Inherited diseases in dogs; Cambridge University; Pedigree Dogs Exposed, documentário dirigido por Jemima Harrison; Universities Federation of Animal Welfare; Canine Health Information Center; Orthopedic Foundation for Animals.

Imagens: Getty Images/Wikimedia Commons/Domínio Público

Por Iana Chan



Janeiro é o mês de anotar na agenda os dias especiais indicados pelos nossos queridos astrólogos astrônomos. Para prever os espetáculos celestes que marcarão 2015, eles não precisam consultar nenhuma bola de cristal, a única ferramenta necessária é a matemática – e um bom processador. “Toda a área da mecânica celeste, que envolve as interações gravitacionais entre os corpos e seus movimentos, é baseada em leis físicas muito bem conhecidas: a teoria da gravitação, formulada por Isaac Newton no século 17. Desse modo, é possível simular por computador os movimentos e as interações gravitacionais entre todos os corpos do sistema solar, e assim prever suas posições”, explica o professor Roberto Costa, chefe do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP.



O veredicto sobre 2015? “Não é um ano especial, mas também não é tão ruim assim. O principal evento é o eclipse lunar de setembro, já que o próximo eclipse total da Lua visível em sua integridade do Brasil ocorrerá somente em 21 de Janeiro de 2019”, comenta astrofísico da UFSCar Gustavo Rojas. Além disso, teremos chuvas de meteoros, cometas, belas conjunções planetárias, dois marcos na história da exploração espacial e ainda curiosidades como a superlua e a Lua azul.

Vamos ao cardápio astronômico de 2015? Bom apetite!


1. ECLIPSES SOLARES


Foto tirada na Turquia do Eclipse Solar de 2006, o último visível no Brasil

Ocorrem quando quando Sol, Terra e Lua se alinham. Quando a Lua fica entre os dois corpos, temos o eclipse solar. Vale lembrar que, como o plano da órbita da Lua está inclinado 5,2° em relação ao plano da órbita da Terra, os eclipses não ocorrem em toda Lua Nova, mas apenas naquelas que passam pelo ponto de cruzamento entre as duas órbitas.

Nos eclipses solares, uma parte da superfície da Terra é encoberta pela sombra projetada pela Lua e os observadores dessa área veem nosso satélite bloqueando totalmente ou parcialmente a luz do Sol.



Para nossa alegria tristeza, eclipses solares são raramente vistos no Brasil. “Houve um visível no nordeste em 2006 e só haverá outro em 2045”, aponta o professor do Departamento de astronomia do IAG/USP Roberto Costa. Como a sombra da Lua projetada na Terra é muito pequena, poucos lugares são cobertos. Em 2015, teremos dois eclipses solares:



* 20 de março
De onde poderá ser visto: O Eclipse será visível na região do círculo polar Ártico (polo Norte) e em partes da Noruega e da Dinamarca de maneira total, isto é, quando parece que a Lua encobre totalmente o Sol. De forma parcial, será visível no norte da África e da Àsia, Europa (Atlântico Norte) e Groenlândia

* 13 de setembro

De onde poderá ser visto: Grande parte da região Antártica, sul do Oceano Índico e Atlântico Sul. De forma parcial, poderá ser observado do sul do continente africano (África do Sul, Moçambique e Zâmbia)


Saiba mais



2. ECLIPSES LUNARES




Quando é a Terra que fica entre o Sol e Lua, ocorrem os eclipses lunares, em que a Terra projeta uma sombra na Lua. Novamente, como os plano orbitais da Lua e da Terra estão inclinados entre si, os eclipses não ocorrem em toda Lua Cheia, mas apenas naquelas que passam pelo ponto de cruzamento entre as duas órbitas.



Nos eclipses lunares, a Terra projeta sua sombra na Lua, que pode ficar com uma coloração avermelhada na área da umbra ou durante a totalidade, quando a Lua está inteiramente imersa na sombra da Terra. O fenômeno pode ser observado a olho nu, desde que seja noite durante o eclipse, que dura pode durar até cerca de 4 horas, e a Lua esteja acima do horizonte.


* 04 de abril

De onde poderá ser visto: do Leste da Ásia, Oceania e Oeste dos Estados Unidos. No Brasil será visível apenas no Acre e no Oeste do Amazonas.



* 27 de setembro

Este é o grande evento do ano para os brasileiros, pois será visível de todo o país. Começa às 22:07, na fase parcial e no período de uma hora, a sombra da Terra será projetada na Lua e a encobrirá totalmente por volta das 23:11. Pelos próximos 72 minutos, a Lua ficará com uma coloração avermelhada, por conta da refração e dispersão da luz do Sol na atmosfera terrestre, que desvia apenas alguns comprimentos de onda – é o mesmo fenômeno que acontece durante o nascer e o pôr do sol.

De onde poderá ser visto: em todo Brasil, América do Sul, Central e do Norte, África, Europa e Ásia.



Saiba mais nesta animação da NASA:





3. COMETAS


Mosaico do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, visitado pelo módulo Philae em 2014. Cometa estará visível em 2015. Crédito: ESA/Rosetta/NAVCAM – CC BY-SA IGO 3.0

Compostos basicamente por gases e poeira congelados, cometas são pequenos corpos que giram ao redor do Sol. Eles se originaram a partir de restos de planetas que não se formaram e suas órbitas podem variar de poucos a milhares de anos. Quando se aproximam do astro rei, o gás e a poeira do núcleo sólido evaporam, formando uma nuvem extensa, chamada coma. O vento solar “varre” o material para a direção oposta, formando a famosa cauda. Vale lembrar que nem todo cometa tem cauda visível e alguns podem apresentar mais de uma.

Para que possamos ver um cometa a olho nu, é preciso levar em conta algumas características do cometa, como tamanho, e sua distância em relação ao Sol e à Terra. Os astrônomos classificam o brilho dos astros com uma escala chamada magnitude. Curiosamente, quanto maior o brilho, menor é o número da magnitude. Eles estabeleceram que a estrela Vega tem magnitude 0 e comparam o brilho a partir daí. Por exemplo, a magnitude aparente da Lua cheia é -12,6, enquanto a magnitude da estrela Sirius, a mais brilhante do céu, é -1,45. “Em locais longe da poluição luminosa, é possível detectar a olho nu objeto mais brilhantes que a 6ª magnitude. Nos grandes centros, o limite visual sem ajuda de instrumentos fica entre a 3ª e a 4ª magnitude. Cometas com magnitudes a partir de 8 são mais difíceis para um astrônomo novato, embora possíveis: é preciso de um instrumento como binóculos ou pequenos telescópios”, explica Alex Amorim, da coordenação de Observações do Núcleo de Estudo e Observação Astronômica José Brazilício de Souza, em Santa Catarina.

A visualização de cometas também se torna mais complicada pois, diferentemente de objetos pontuais, como planetas e estrelas, cometas são objetos visualmente difusos, ou seja, não parecem pontos. “Recomendo sempre iniciar essas buscas com binóculos 7×50 ou até mesmo 10×50, pois é difícil identificar os cometas entre estrelas e nebulosas”, diz o astrônomo amador Antonio Rosa Campos, responsável pela publicação anual do Almanaque Astronômico Brasileiro do Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais (CEAMIG). Ele indica o uso de cartas celestes, encontradas na internet em sites como o skymaps.com, ou de aplicativos como o Skymap (para Android e iPhone) e o Stellarium.

Com a ajuda de Antonio Rosa Campos e Alex Amorim, separamos alguns cometas com maior potencial de observação em 2015:



C/2014 Q2 (Lovejoy)
Quando: janeiro e fevereiro
Magnitude: 4

Como observar: No começo do mês, o cometa C/2014 Q2 (Lovejoy) pode ser localizado na constelação de Touro. Como se move cerca de 3 graus por dia, entre 17 e 24 de janeiro, o cometa já estará na constelação de Áries e atravessará a constelação de Triângulo entre os dias 25 e 29. Visível ainda na primeira fase da noite, o cometa Lovejoy estará na constelação de Andrômeda entre 30 de janeiro e 12 de fevereiro. A presença da Lua Nova entre os dias 24 de janeiro e 08 de fevereiro fará com que ele seja o objeto celeste mais procurado no céu no mês de janeiro.



88P/Howell
Quando: fevereiro a junho
Magnitude: 8,7

Como observar: Ao amanhecer, o cometa estará na constelação de Sagitário em fevereiro. Seu máximo brilho deve ocorrer no periélio (ponto de máxima proximidade do Sol), durante a primeira semana de abril de 2015. Ele provavelmente estará com magnitude 8,7 e visível ao amanhecer deslocando-se da constelação de Capricórnio para Aquário. O cometa encerra seu período de visibilidade na primeira semana de junho de 2015 quando retorna à 10ª magnitude e situado no limite das constelações de Peixes e Baleia.



C/2013 US10 (Catalina)
Quando: junho 2015 a janeiro 2016
Magnitude: 5.7

Como observar: Com um período grande de visibilidade, o cometa chamará atenção dos observadores do Hemisfério Sul a partir de 07 de junho, quando sua magnitude estará ao alcance de instrumentos de pequeno porte (lunetas e telescópios), podendo ser localizado na constelação do Escultor. A partir de então, continuará se tornando mais brilhante e, em 07 de julho, poderá ser observado na constelação da Fênix. Entre os dias 23 e 24, após breve incursão pela constelação de Grou, ele estará na constelação de Tucano até o dia 03 de agosto. Sua magnitude então estimada em 8.0 fará com que ele fique em evidência entre as constelações de Índio, Pavão, Ave do Paraíso e Triângulo Austral com uma magnitude de 7,0.

No mês de setembro, o cometa estará nas constelações de Compasso, Lobo e Centauro e no mês de outubro encerra-se a fase de visibilidade vespertina. Após seu periélio, já na segunda quinzena de novembro, ele poderá ser localizado antes do nascer do Sol atravessando a constelação de Virgem; suas magnitudes serão 4.7 em 26/11 e aumentando para 4.9 na véspera do natal terminando o ano na constelação de Boieiro.

Não mais observável no hemisfério Sul, na segunda quinzena de janeiro na constelação boreal da Ursa Maior, Ursa Menor e em fevereiro na constelação de Girafa com seu respectivo brilho diminuindo gradativamente chegando a 10ª magnitude em 19 de março de 2016.



C/2014 Q1 (PANSTARRS)
Quando: julho
Magnitude: 4

Como observar: Embora este cometa inicie seu período propício às observações em maio, ele encerrará seu período de visibilidade matutina no início de junho devido ao seu alinhamento com o Sol. Mas ele reaparecerá no céu vespertino, sendo observado de 15 a 18 de julho na constelação de Câncer e de 19 (dia de sua máxima aproximação da Terra) a 22 na constelação de Leão; após este dia ele estará na constelação de Sextante.



67P/Churyumov-Gerasimenko
Quando: julho a setembro
Magnitude: 10

Como observar: O cometa 67P, que ficou famoso em 2014 ao ser visitado pela sonda Rosetta e receber o módulo Philae, estará visível em 2015! O melhor período de visibilidade começa na última semana de julho. Ele estará na parte oriental da constelação de Touro durante o amanhecer. Em setembro, quando encerra sua aparição, se encontrará na parte ocidental da constelação do Caranguejo.



141P/Machholz
Quando: agosto
Magnitude: 8.3

Como observar: A melhor oportunidade de observação do cometa 141P/Machholz (um dos cometas da família de Júpiter) deve ocorrer entre os dias 15 e 25 de agosto, quando então poderá ser observado durante as madrugadas nas constelações de Auriga entre os dias 15 a 18, e em Gêmeos entre 19 a 25 .



4. ASTEROIDES



Diferente dos cometas, que são geralmente formados por gases e gelo, os asteroides são corpos de rocha que também orbitam o sol. São semelhantes aos meteoroides (que se transformam em meteoros – veja o próximo item!), porém bem maiores. Para observá-los é preciso do auxílio de binóculos ou pequenos telescópios. “O aspecto visual de um asteroide é similar ao de uma estrela, isto é, mesmo usando telescópios se percebe apenas “um ponto luminoso””, explica o astrônomo amador Alexandre Amorim.

Em 2015, dois objetos localizados no Cinturão de Asteroides, entre Marte e Júpiter, serão passíveis de observação com auxílio de binóculos 7×50 ou 10×50 na data de sua oposição, isto é, quando o objeto está no lado oposto ao do Sol. “É a melhor época para observação de objetos celestes, porque normalmente durante a oposição eles são mais brilhantes e também porque são visíveis a noite toda, independentemente do horário”, diz Alexandre.


* 25 de julho: Oposição de Ceres

Magnitude: 7,5

Como observar: Ceres, na verdade, é um ex-asteroide: ele foi reclassificado como planeta-anão em 2006, por ter massa suficiente para ter uma gravidade que o fez assumir uma forma em equilíbrio hidrstático (aproximadamente arredondada) e, diferentemente dos planetas, não possuir uma órbita limpa – já que se situa no Cinturão de Asteroides. Nessa data, ele estará no limite das constelações de Sagitário e Miscroscópio, visível durante a noite toda.



* 29 de setembro: Oposição de Vesta

Magnitude: 6,5

Como observar: a partir da reclassificação de Ceres, Vesta assumiu o posto de maior asteroide do Sistema Solar, com diâmetro médio de 530 km. Nessa data, estará próximo à constelação de Baleia, cerca de 10 graus ao norte da estrela Deneb Kaitos (beta Ceti), visível durante a noite toda.



*Esses dois corpos do Sistema Solar são o alvo da missão Dawn, da NASA (veja item 9. Exploração Espacial!)





5. CHUVAS DE METEOROS (“estrelas cadentes”)



Os meteoros são um fenômeno luminoso que acontece devido à entrada na atmosfera terrestre de um pequeno fragmento de rocha (meteoroide), geralmente deixados para trás por cometas. A diferença entre os meteoroides e os asteroides é exatamente o tamanho: meteoroides são pequeninos. Devido a alta velocidade, eles entram em combustão ao entrar em contato com oxigênio, e produzem um rastro de luz que dura poucos segundos no céu – é aqui que passam a ser chamados de meteoros. Já os meteoritos nada mais são do que os meteoroides que não se desintegram totalmente ao passar pela nossa atmosfera e caem na superfície da Terra.

Podemos ver meteoros a olho nu, com frequência, no céu noturno. Mas quando a Terra passa por um local onde há acúmulo de meteoroides, eles são atraídos pela gravidade e há uma incidência acima do normal, que parece vir de um mesmo ponto do céu, o chamado radiante. A chuva, aliás, é nomeada de acordo com a constelação na direção de onde os meteoros parecem vir. A Taxa Horária Zenital (THZ) corresponde ao número de meteoros que um observador poderá ver no período de uma hora, se o radiante estiver situado no zênite (o ponto mais alto do céu). As melhores observações acontecem na fase Nova da Lua, já que a ausência da luz refletida pela Lua aumenta o contraste entre brilho desses eventos e o céu noturno.



* 22 de abril: Lirídeos

Radiane: na direção da constelação de Lira.
THZ: 18 meteoros



* 6 de maio: eta-Aquarídeos, restos do Cometa 1P/Halley

Radiante: na direção da constelação de Aquário.
THZ: 55 meteoros

OBS: visibilidade comprometida em virtude da Lua Cheia



* 30 de julho: delta-Aquarídeos do Sul

Radiante: na direção da constelação de Aquário.
THZ: 16 meteoros

OBS: visibilidade comprometida em virtude da Lua Cheia



* 13 de agosto: Perseídeos, conhecidos popularmente como “lágrimas de São Lourenço”

Radiante: na direção da constelação de Perseu
THZ: 100 meteoros



* 10 de outubro: Taurídeos Austrais

Radiante: entre as constelações de Baleia e Áries
THZ: 5 (mas pode ter incremento na atividade)



* 21 de outubro: Orionídeos, também restos do Cometa 1P/Halley

Radiante: na direção da constelação de Órion.

THZ: 20 meteoros



* 12 de novembro: Taurídeos Boreais

Radiante: na direção das constelação de Touro
THZ: 5 (mas pode ter incremento na atividade)



* 18 de novembro: Leonídeos

Radiante: na direção da constelação de Leão.
THZ: 15 meteoros



* 14 de dezembro: Geminídeos

Radiante: na direção da constelação de Gêmeos.
THZ: 120 meteoros



*A Taxa Horária Zenital (THZ) corresponde ao número de meteoros que um observador poderá ver no período de uma hora, se o radiante estiver situado no zênite (o ponto mais alto do céu).





6. CONJUNÇÕES PLANETÁRIAS


Quando dois corpos ficam visualmente próximos um do outro no céu chamamos de conjunção, evento muito apreciado por astrônomos amadores, que adoram fotografá-lo. “Mas note que isso não significa que eles estejam fisicamente próximos pois um pode estar bem mais distante que o outro”, alerta o professor Roberto.



* 20 de fevereiro: Conjunção de Vênus, Marte e Lua

Essa conjunção será vista logo após o pôr do Sol, ao entardecer, a Oeste. No dia seguinte, dia 21, também no começo da noite, os planetas Vênus e Marte estarão mais próximos um do outro, a cerca de 0,5 graus, o diâmetro aparente da Lua.



* 17 a 26 de outubro: Conjunção de Júpiter, Vênus e Marte

Durante a segunda quinzena de outubro estes três planetas estarão aparentemente próximos um do outro antes do amanhecer. Na manhã do dia 17, Marte e Júpiter estarão separados por cerca de 0,5 graus. Na manhã do dia 26 será a vez de Vênus e Júpiter estarem cerca de 1 grau de separação enquanto Marte ainda se situará cerca de 3,6 graus do outro par planetário.



Imagens obtidas no programa Stellarium, cedidas por Antonio Rosa Campos, do CEAMIG.


7. LUA AZUL



Não, infelizmente, a Lua não fica azul neste evento.

No mundo astronômico, o termo Lua azul é a ocorrência de duas Luas cheias em um mesmo mês, um evento incomum (lembra a expressão em inglês utilizada para denotar acontecimentos raros? “Once in a Blue Moon”!). Como a Lua demora 29,5 dias para dar a volta em torno da Terra, ou seja, não exatamente um mês, as fases da Lua não acontecem sempre no mesmo dia, tornando possível a Lua azul. Ela acontece, em média, a cada dois anos. Depois de 2015, teremos outra apenas em 31 de janeiro de 2018 – nem tãaao raro assim, né?



* 31 de julho: Lua Azul



8. SUPERLUA



A órbita da Lua em torno da Terra não é perfeitamente circular, e sim elíptica. Isso quer dizer que a distância entre nós muda ao longo do tempo. O ponto em que a Lua está mais próxima de nós é chamado de Perigeu, enquanto que o ponto mais distante recebe o nome de Apogeu. De tempos em tempos, a Lua alcança o Perigeu perto da sua fase Cheia. É quando temos a superlua. “A Lua pode ficar quase 50.000 quilômetros mais próxima de nós do que no apogeu: seu diâmetro aparente fica até 14% maior, mas não é possível perceber a olho nu essa diferença de tamanho, especialmente porque não temos outra Lua no céu para comparar. Porém, é possível notar que o luar fica mais intenso – a superlua pode ser até 30% mais brilhante”, explica o astrofísico da UFSCar Gustavo Rojas, que apresenta a série “Céu da Semana” da Univesp TV. Assim como a Lua azul, a superLua é tratada como uma curiosidade entre os astrônomos.

* 27 de setembro: SuperLua

Quando ver: Às 22:47, a Lua estará a 356.876 quilômetros de distância, o mais próximo possível.



9. EXPLORAÇÃO ESPACIAL




Se 2014 foi o ano do cometa, com o pouso histórico no cometa 67P, 2015 será o ano dos planetas-anões. Se tudo der certo, chegaremos a destinos inéditos: Ceres e Plutão.

* Abril: Dawn chega a Ceres

Lançada em 2007, a missão americana visa descobrir as condições para formação e evolução dos planetas. Ela visitará os dois maiores corpos do Cinturão de Asteroides: Vesta e Ceres. Após orbitar o asteroide Vesta, deve chegar a Ceres, o ex-asteroide com mais de 900 quilômetros de diâmetro reclassificado como planeta-anão pela União Astrônomica Internacional em 2006 – a mesma assembleia que reclassificou Plutão também como planeta-anão. “Essa missão nos ajudará a entender a composição destes corpos, que são muito parecidos com outros asteroides do Cinturão Principal. Consequentemente, isso nos ajudará a entender como o Sistema Solar se formou, já que as informações sobre a composição química e geológica de Ceres e Vesta ajudarão a entender os fatores presentes durante a formação do Sistema Solar, comenta Fellipy Silva, doutorando do IAG/USP que integra a equipe de Atendimento ao Público do instituto. (Para saber mais sobre as palestras e observações, acesse o site do IAG/USP.)


* Julho: New Horizons chega a Plutão

Após percorrer 5 bilhões de quilômetros que separam a Terra de Plutão, a sonda New Horizons, lançada em 2006, chegará ao antigo nono planeta do Sistema Solar, que tem apenas 66% do diâmetro da Lua. Ela também estudará os confins do Sistema Solar e os misteriosos objetos ali existentes. “Vale lembrar que em agosto acontecerá nova Assembleia Geral da União Astronômica Internacional, responsável pela reclassificação de Plutão em 2006, é muito provável que eles discutam os dados fornecidos pela New Horizons”, diz Fellipy. Se Plutão voltará a ser considerado um planeta? “É difícil que ocorra uma mudança drástica, a Resolução da IAU de 2006, que definiu o que pode ser considerado um planeta, tem critérios fortes e as últimas discussões levantadas para reclassificar Plutão usam questões históricas e culturais, que não ajudam a entender a estrutura do Sistema Solar e outros sistemas extrassolares”, responde Fellipy.



Céu limpo a todos!

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