05/17/14


Abreu e Lima, o primeiro município a ser atingido e um dos mais afetados pela onda de saques a estabelecimentos comerciais durante a greve dos policiais militares, viveu nesta sexta-feira uma movimentação contrária.

É cada vez maior o número de pessoas que está se dirigindo espontaneamente à delegacia da cidade para devolver produtos saqueados. Por consciência ou medo de serem descobertos, os cidadãos estão lotando o local com geladeiras, televisores e outros eletrodomésticos.

Por outro lado, um suspeito que não teve a mesma atitude foi preso dentro de casa. De acordo com o delegado Albéris Félix, ele foi identificado durante as investigações e foi detido. 

Os saques em Abreu e Lima começaram na noite da quarta-feira passada, assim que foi deflagrada a paralisação. A partir de um protesto, a cidade se transformou em verdadeiro cenário de guerra civil. Com o bloqueio no trânsito, feito com galhos no Km 50 da BR-101 sentido Recife, o congestionamento alcançou Igarassu. Populares aproveitaram a situação para depredar ônibus e saquear caminhões e lojas.

Um ônibus da empresa Itamaracá chegou a ser incendiado. De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, o motorista e o cobrador conseguiram conter as chamas, mas, insatisfeitos, os populares depredaram e destruíram todo o veículo. Caminhões de bebidas e salgadinhos foram saqueados e nem mesmo o carro dos Correios escapou. Levaram cartas e caixas em busca de dinheiro e produtos de valor.

Comerciantes tentaram se proteger fechando as portas mais cedo, no entanto, foram surpreendidos por arrombamentos. As lojas Insinuante e Laser Eletro foram algumas das atingidas. Uma equipe de reportagem da TV Clube/Record que fazia a cobertura da onda de violência no município foi expulsa do local sob ameaça de suspeitos armados.
Treze pessoas foram presas na ocasião. Os saques continuaram sendo realizados na quinta-feira.

Crise hídrica já afeta o dia a dia do comércio abastecido pelo Sistema Cantareira


Vista do coletor de água no sistema de abastecimento de água da Cantareira na represa de Jaguari em Joanópolis.

São Paulo - A crise hídrica já afeta o dia a dia do comércio abastecido pelo Sistema Cantareira, o principal reservatório da Grande São Paulo. Compra de caixas maiores, contratação de caminhões-pipa e aquisição de equipamentos para reúso de água, por exemplo, já são gastos extras impostos pelo baixo nível das represas. Há comerciantes, porém, como os do setor de lavagem de automóveis, que têm visto o movimento aumentar.

Em um posto de gasolina da Vila Santa Maria, na zona norte, a demanda pelo serviço de lavagem cresceu 50% desde que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) começou a aplicar o bônus para quem economizar. "Ninguém quer mais lavar o carro em casa", disse o frentista Genilson dos Santos, de 33 anos. Para garantir o serviço, os donos do posto já começaram a comprar caminhões-pipa e cortaram o gasto com água da rua.

Contra o desperdício, Edival Severino, de 63 anos, de um lava-rápido do Bairro do Limão, na zona norte, mudou a estratégia de trabalho. "Uso balde de água e não o jato para lavar os tapetes. Ensaboo o carro primeiro e depois passo o jato de uma só vez", disse. "É importante economizar. Na minha casa já falta água toda semana."

O cabeleireiro Marcelo Ribeiro, de 31 anos, dono de um salão na Vila Romana, na zona oeste, passou a fechar o registro à noite para evitar vazamentos pela pressão da água nos lavatórios. "Lavo rápido o cabelo das clientes e até tive redução na conta." Se faltar água, ele disse que voltará para o interior. "Vou para a minha cidade, que, não à toa, chama Fartura."

No Colégio Progresso Santa Maria, na Vila Nova Cachoeirinha, zona norte, o banho das crianças de 2 e 3 anos agora é com lenços umedecidos. "No maternal não tem jeito, tem de dar dois banhos por dia", disse a coordenadora, Erika da Silva, de 28 anos.

Segundo o presidente do Conselho de Sustentabilidade da Fecomercio-SP, José Goldemberg, pequenos comerciantes têm poucas alternativas além de racionar o uso da água. "O grande comércio até pode se defender com poço artesiano ou reúso, mas os menores têm de seguir as dicas de economia."

A Associação Comercial de São Paulo vai fazer, até o fim do mês, uma campanha no Estado sobre o uso racional de água. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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