janeiro 2013

Juiz de Sorocaba ordena que homem apague as mensagens ofensivas sob pena de multa diária de R$ 3 mil.

Por Vinicius Karasinski





Mais uma confusão envolvendo ofensas, tribunais e Facebook veio a público. A 1ª Vara Cível de Sorocaba determinou que um usuário da rede social apague comentários considerados ofensivos feitos a uma mulher. A autora do processo entrou na justiça alegando que esse homem passou a ofendê-la no Facebook após ela ter pedido demissão da empresa em que trabalhava (os nomes das partes não foram divulgados).

De acordo com a decisão do juiz Bruno Luiz Cassiolato, a partir da intimação, o réu deve excluir todo o conteúdo ofensivo apontado no processo, sob pena de multa diária de R$ 3 mil, até o limite de R$ 9 mil. Caso o acusado volte a postar novas mensagens ofensivas, deverá pagar uma multa de R$ 1 mil por cada recado maldoso postado.


O Facebook também pode ser multado

O Facebook também deve excluir o conteúdo, ou precisará arcar com as mesmas multas já aplicadas ao réu.

De acordo com o juiz, “As alegações trazidas aos autos pela autora estão amplamente comprovadas por meio de documentos que acompanharam a petição inicial. Neles observo que o réu, por mais de 10 vezes, em datas diferentes, divulgou mensagens ofensivas contra a autora na rede social ‘Facebook’. Estas mensagens, que em tese podem até configurar crimes contra a honra, sempre constituídas com palavras de baixo calão, foram divulgadas não só no perfil do réu, mas também em perfis mantidos por amigos e familiares da autora, incluindo sua filha menor de idade”.

O acusado ainda pode entrar com um recurso contra a decisão.


Fonte: Internet Legal

Um dos maiores especialistas em antivírus do mundo, McAfee se envolveu com tráfico de drogas e espionagem internacional e hoje é acusado de assassinato.
Por Wikerson Landim

McAfee: sem medo de brincar de roleta-russa. (Fonte da imagem: Reprodução/Wired)

Se hoje um antivírus consegue identificar um malware em seu computador antes de um programa ser instalado, você deve agradecer a John McAfee. Atento a uma tendência de mercado surgida na década de 80, o fundador de uma das maiores empresas do segmento já criadas teve em sua vida momentos de glória e decadência.

Gênio brilhante em alguns momentos, lunático e dependente de drogas em muitos outros, McAfee criou em torno de si uma história digna de um blockbuster hollywoodiano. Aliás, ele tem tanta certeza disso que vendeu os direitos sobre a história de sua vida para a Warner, que deve produzir em breve um longa-metragem sobre a sua trajetória.

Mas o que há de verdade e o que há de fantasia na vida conturbada de John McAfee? Como um brilhante PhD em Matemática, fundador de uma das maiores companhias de software do mundo, foi parar no meio da selva, fortemente armado e com um exército particular à sua disposição para protegê-lo enquanto pesquisava substâncias químicas? Bem-vindo ao mundo louco de McAfee.
Uma infância complicada

É difícil precisar o ano de nascimento de John McAfee. Alguns documentos dizem que ele nasceu em 18 de setembro de 1945, enquanto outros colocam o ano como sendo 1946. Contudo, esse mistério é apenas um detalhe em sua trajetória repleta de fatos curiosos. Na infância, filho de um pai alcoólatra, apanhava com frequência junto com sua mãe.

Quando McAfee completou 15 anos seu pai se suicidou com um tiro, mas nem por isso deixou de ser um fantasma na vida de John. “Ainda penso nele todos os dias, onde quer que eu esteja. Tenho ciência de que a minha vida é uma droga”, destacou McAfee em uma longa entrevista à revista Wired.

Na época da faculdade começou a mostrar o seu talento, revelando-se um homem extremamente inteligente e com bom faro para negócios. Um dos seus primeiros empregos era o de vender revistas de porta em porta, algo que, nas palavras dele, “rendeu uma fortuna”. Seu método não era dos mais honestos, já que ele anunciava “revistas grátis” em troca do preenchimento de um simples cadastro – a conta chegava dias depois.

McAfee, suas mulheres e seu exército (Fonte da imagem: Reprodução/Wired)

Inteligência acima da média

Com o início da vida acadêmica e, consequentemente, os seus primeiros trabalhos no mundo da tecnologia, outros problemas começaram a se revelar. Se por um lado McAfee se formava com brilhantismo em Matemática, tendo a oportunidade de trabalhar como uma dos programadores da NASA, por outro começava a enfrentar os seus primeiros problemas com álcool.

Sua vida permaneceu nesta rotina durante a década de 70, mas foi nos anos 80 que a sua trajetória mudou completamente. Em apenas três anos – entre 1983 e 1986 –, sua vida foi da derrota à criação daquela que seria uma das maiores companhias de software do mercado nas décadas seguintes.

Aos 38 anos, John McAfee era diretor de engenharia da Omex. Seus problemas começaram anos antes, quando do álcool ele passou a experimentar drogas como maconha, cocaína e LSD. Em 1983, consumia cocaína em grandes quantidades, vendendo o excedente para os seus colegas de trabalho. Dormia na mesa e passava as manhãs bebendo whisky.

Na Northeast Louisiana State College, onde cursava PhD e atuava como professor auxiliar, foi expulso por dormir com uma de suas alunas da graduação. Na Univac de Bristol, no Tennessee, foi demitido após ser preso vendendo maconha. Meses depois sua esposa também o abandonou.

Um novo surto

Três anos mais tarde John McAfee reapareceu como funcionário na Missouri Pacific Railroad, uma companhia de gerenciamento de trens. Usando computadores da IBM, reinventou diversas rotinas de controle e otimizou as rotas, gerando muitos lucros para a instituição. Infelizmente seu estado sóbrio durou muito pouco.

Novamente o LSD falou mais alto em sua vida e em pouco tempo sua carreira desmoronou. Um belo dia, depois de uma noite consumindo altas doses, McAfee foi encontrado no centro de Saint Louis, sujo e tendo alucinações. Ele nunca mais voltaria a trabalhar na companhia de trens e precisou ser internado outra vez.

McAfee e uma de suas namoradas. (Fonte da imagem: Reprodução/Wired)
Nasce o antivírus McAfee

Três anos depois, em 1986, McAfee estava sóbrio de novo. E quando ouviu a notícia de que dois irmãos haviam criado no Paquistão aquilo que poderia ser considerado o primeiro vírus de computador, decidiu que alguma coisa precisava ser feita. Com pouco investimento, reuniu alguns colaboradores e fundou a McAfee Associates.

Seu plano era criar programas antivírus e distribuí-los gratuitamente a quem quisesse utilizá-los. O plano deu certo e a propaganda “boca a boca” fez com que o software chegasse às grandes empresas. Em 1991, um relatório divulgado pela revista Forbes apontou que, entre as 100 maiores empresas dos EUA, 100% delas utilizavam o software de McAfee. As companhias pagavam uma pequena taxa de licenciamento, o que rendia a ele um faturamento de US$ 5 milhões por ano.

Em 1992, ele usou seu “talento” de vendedor para promover o seu produto, espalhando na mídia um certo pânico por conta do vírus “Michelângelo”, que supostamente infectaria 5 milhões de computadores. O plano deu certo e a empresa aumentou consideravelmente o número de licenças de software. Entretanto, o “medo” não se confirmou e menos de 10 mil computadores foram infectados.

Curiosamente, no mesmo ano, a empresa decidiu abrir o seu capital na bolsa de valores. Da noite para o dia, a companhia fundada por John McAffe com pouco investimento valia US$ 80 milhões. Seu nome estava garantindo entre os grandes da indústria tecnológica nos anos 90.

McAfee: armado e perigoso (Fonte da imagem: Reprodução/Wired)

Anos 2000: o começo do fim
Depois de quase duas décadas mantendo a sua empresa entre as gigantes do mercado de software, McAfee parece ter tido uma nova recaída. Um ano antes de a McAfee Associates ser vendida para a Intel – que pagou cerca de US$ 7,7 bilhões pela companhia –, o executivo decidiu vender praticamente tudo o que tinha.

Assim, ele deu adeus aos seus carros luxuosos, às mansões que mantinha em diversas localidades nos EUA, como Hawaii, Texas, Novo México e Colorado, e até mesmo seu jato particular. De maneira surpreendente, decidiu comprar um grande terreno em meio a uma floresta de Belize, um pequeno país da América Central, e lá se refugiou em um bangalô sem acesso à internet.

Depois de conhecer a microbiologista Allison Adonizio, que fazia pesquisa com antibióticos, McAfee teve um surto. Se antes ele havia conseguido eliminar vírus virtuais, por que não conseguiria também eliminar os vírus reais? Assim, construiu um laboratório completo para Allison, que vendeu tudo o que tinha e firmou uma sociedade com ele.

(Fonte da imagem: Reprodução/Engadget)

Andando por caminhos tortuosos

Enquanto Allison se ocupava com as pesquisas, McAfee tratava de negócios e caminhava por becos e ruas sujas de Belize tirando fotos dos habitantes locais. Em um bordel chamado Lover’s, o dono apresentou a ele Amy Emshwiller, uma menina de apenas 16 anos. Menos de 30 dias depois os dois já dormiam juntos.

O detalhe é que McAfee já morava com uma mulher, que não gostou nada de ver uma nova companheira em sua casa, deixando John um mês depois. Em um relacionamento conturbado, após 30 dias a jovem Amy tentou matar McAfee, mas desistiu na hora de puxar o gatilho de uma arma. Ele então decidiu que ambos não iriam mais morar juntos, mas construiu para ela uma casa no perigoso bairro onde a jovem nasceu.

Ciente dos perigos, McAfee resolveu equipar os policiais da região com armamento pesado, munição e veículos. Não satisfeito, ele mesmo colocou uma pistola na cintura e foi às ruas conversar com traficantes. Para muitos oferecia TVs de LED em troca da promessa de que eles largariam o tráfico.

(Fonte da imagem: Reprodução/ArsTechnica)

Justiceiro excêntrico

O final de 2012 marcou o término, ao menos por enquanto, de sua aventura em Belize. McAfee armou um exército particular e decidiu que ele mesmo iria mexer com química em seu laboratório particular. Embora tenha dito que estava pesquisando antibióticos, a suspeita é de que ele estivesse produzindo metanfetamina, substância controlada e que pode provocar alucinações.

No local onde mora, ele criou uma fábrica de cigarros, uma companhia de distribuição de café e um serviço de táxi marítimo. No ano passado, o governo de Belize o acusou de montar um exército privado e traficar drogas na região. Uma força de elite local, chamada Belize Gang Supression Unit, treinada pelo FBI, invadiu a sua casa e encontrou munição pesada e muitas garrafas de substâncias químicas desconhecidas.

Solto mediante fiança, ele voltou para o seu bangalô onde morava com cinco mulheres, todas com idades entre 17 e 20 anos. Em novembro, passou a ser procurado pela polícia local sob a suspeita de ter assassinado o seu vizinho. Foragido, McAfee foi preso na Guatemala no mês de dezembro e deportado para os Estados Unidos no início deste ano.

Amy Emshwiller, a menor de idade por quem McAfee virou um justiceiro. (Fonte da imagem: Reprodução/Wired)

Futuro incerto

Aos 66 anos, não se sabe o que McAfee fará de sua vida agora que está de volta aos Estados Unidos. Embora diga que luta contra as drogas, as autoridades já confirmaram conversas dele online em que oferece entorpecentes para amigos e conhecidos. Ele diz também se preocupar com a lei, mas entre os motivos de sua saída dos EUA está um caso jurídico não esclarecido, envolvendo a morte de um aluno em sua escola de voo.

Para a polícia, ele é um homem perigoso que se tornou um dos chefes de um cartel de drogas na América Central. Para outros, que tiveram contato com ele nos últimos anos, McAfee é um homem problemático, que perdeu contato com a realidade e insistentemente tenta convencer os outros dos seus delírios.

Em seu blog oficial, McAfee alimenta histórias sobre a sua personalidade que parecem difíceis de ser verdade. Uma das alegações, por exemplo, é a de que ele é o líder de um grupo de espiões que descobriu uma célula terrorista do Hezbollah em plena América Central. O fato nunca foi confirmado, mas ele não parece se importar muito com isso. Gênio ou vilão, McAfee tem tudo para se tornar um novo “Scarface” nas telas de Hollywood.




Fonte: Who Is McAfee, ArsTechnica, Wired, Gizmodo


Desenvolvedores do projeto buscam facilitar a vida e aumentar a segurança dos ciclistas


 Quem anda de bicicleta por lazer ou por opção sabe bem os cuidados que é preciso ter para que o seu veículo esteja no mesmo lugar em que você deixou horas antes. No entanto, muitas vezes, nem correntes e cadeados são capazes de inibir o furto.

Pensando em contribuir com a segurança dos ciclistas, os designers Lee Sang Hwa, Kim Jin Ho e Yeo Min Gu desenvolveram a bicicleta Saddle Lock. Como o próprio nome já diz, o diferencial do modelo está no banco, que vem equipado por uma trava acionada por senha.

O design do banco conta com um corte especial para que ele possa ser encaixado e travado sobre a roda. Para acionar o sistema de travamento, basta apertar um botão, dobrar o banco e prendê-lo na roda traseira, dispensando qualquer outro acessório. Na hora de liberar a bike, é só inserir a senha numérica, retornar o banco ao lugar e sair pedalando. Tudo de maneira muito prática e rápida!

Por seu design diferente e funcional, a bicicleta Saddle Lock ganhou o prêmio de melhor conceito no Red Dot Award 2012.

POR FABRIZIA RIBEIRO

Apesar da queda nas ações, companhia ainda tem uma quantia considerável de dinheiro para investir em novos produtos ou adquirir empresas
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Por Wikerson Landim em 26 de Janeiro de 2013





Mesmo tendo perdido o posto de “companhia mais valiosa do mundo” – a Exxon Mobil é a nova líder –, a Apple ainda tem uma boa “gordura” para queimar nos próximos anos, caso as coisas continuem a dar errado. A empresa que em outubro do ano passado estava avaliada em US$ 622 bilhões, hoje não passa de US$ 412,7 bilhões.

Segundo uma análise publicada nesta semana pela Benzinga, a empresa liderada por Tim Cook tem em caixa hoje nada menos do que US$ 137 bilhões. Apenas a título de curiosidade, esse valor seria suficiente, por exemplo, para comprar companhias como a Visa, avaliada em US$ 106 bilhões, a Qualcomm, avaliada em US$ 110 bilhões, ou a Intel, avaliada em US$ 104 bilhões.

O valor de mercado hoje das suas principais concorrentes já é de um pouco mais da metade do valor da empresa da Maçã. A Google está avaliada em US$ 247 bilhões, a Microsoft vale US$ 233 bilhões e a Samsung tem valor de mercado estimado em US$ 230 bilhões.




Fonte: Benzinga

Medida polêmica do Congresso norte-americano prevê que aparelhos só podem ser desbloqueados com autorização da operadora
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Por Wikerson Landim em 26 de Janeiro de 2013

(Fonte da imagem: iStock)

A partir deste sábado (26) desbloquear um aparelho de celular nos Estados Unidos é uma atitude que vai contra a lei. Isso tudo graças a uma medida aprovada pelo Congresso norte-americano. Assim, se você comprou um celular vinculado a um plano de operadora, saiba que para desbloqueá-lo é preciso ter uma autorização da empresa.

Obviamente a medida não impede que os consumidores façam isso por conta própria. Entretanto, o decreto torna esse tipo de desbloqueio algo “extraoficial”, desobrigando as operadoras de fazerem isso, por exemplo, em suas lojas físicas. A lei prevê ainda que mesmo após o final do contrato o desbloqueio só pode ser feito mediante autorização.

Ainda não se sabe de que maneira essa decisão pode impactar no mercado norte-americano. Diferente do que acontece por aqui, nos Estados Unidos são as operadoras que ditam as regras sobre as fabricantes, escolhendo muitas vezes quais recursos elas querem nos aparelhos e por qual preço eles serão comercializados.

Dessa forma, caso as operadoras decidam mesmo levar a sério a decisão e comprar uma briga contra os consumidores, poderemos ter no futuro celulares cujas funções são rastreadas ou ainda desabilitadas se o proprietário tentar desbloqueá-lo ou baixar de forma ilegal conteúdo protegido por direitos autorais.




Fonte: CNET



Novidade está em desenvolvimento no Chile e ainda não foi testada em seres humanos.

Por Wikerson Landim em 26 de Janeiro de 2013

(Fonte da imagem: iStock)

Qual é a melhor maneira de se curar do alcoolismo? Um grupo de cientistas chilenos aposta nas vacinas como a forma mais eficaz e, por conta disso, esta desenvolvendo uma espécie de medicamento que combate esse tipo de malefício. O problema, entretanto, está justamente na forma “eficaz” com que ela repele o álcool do seu organismo.

Depois de tomar a vacina, basta tomar um gole de bebida alcóolica para que o seu fígado entre em ação, rejeitando tudo aquilo que for álcool. O resultado disso pode ser náuseas e batimentos cardíacos acelerados. A reação, segundo os pesquisadores, seria o melhor remédio possível, desestimulando os alcóolatras a beber.

A ideia para a vacina surgiu após pesquisas realizadas na Ásia, lugar onde pode ser encontrado um maior número de pessoas resistentes ao álcool e, por conta disso, as taxas de alcoolismo são menores. Os primeiros testes com seres humanos serão realizados no segundo trimestre deste ano.




Fonte: The Santiago Times

A munição que consegue corrigir sua própria trajetória está cada dia mais perto de ser uma realidade.

Por Renan Hamann em 27 de Janeiro de 2013
Balas autoguiadas: como elas poderão mudar o rumo das guerras [Ilustração](Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Desde o início dos tempos, a tecnologia está presente na vida das pessoas para fazer com que as ações cotidianas fiquem muito mais simples. Veículos, métodos industriais e objetos pessoais tecnológicos tiveram melhorias no decorrer dos séculos. O mesmo se aplica aos itens militares, que vêm atingindo novos patamares com grande velocidade.
Se na Idade Média as guerras eram disputadas com espadas e catapultas, hoje é impossível que uma batalha seja vencida sem grandes blindados (os famosos “tanques de guerra”) ou armas de altíssimo alcance. E é claro que a indústria bélica não vai parar onde está atualmente, pois ainda há muito o que ser projetado e produzido para os exércitos.
E uma das grandes apostas para o futuro são as “balas” autoguiadas. Não mísseis que podem ser controlados remotamente, mas projéteis que sabem exatamente para onde devem ir — e sabem também como chegar ao local desejado sem serem interceptados. Quer saber mais sobre isso? Então confira nosso artigo sobre uma das grandes armas do futuro.

Os desafios para a criação da tecnologia

O grande desafio quando se pretende criar um tipo de equipamento bélico que possa ser autoguiado no caminho dos alvos é evitar que ele se perca nos direcionamentos. Por muitos anos, foi praticamente inimaginável realizar algo parecido com isso, pois a trajetória dos projéteis comuns é giratória, o que torna impossível redefinir um percurso — imagine a dificuldade em corrigir isso com o projétil rodando velozmente.
Por essa razão, um dos principais trunfos das “balas” autoguiadas — pelo menos das que foram criadas pela parceria entre Lockheed Martin e Forças Armadas dos Estados Unidos, as mostradas neste artigo — está na trajetória estável. O impulso é completamente gerado pelo armamento (assim como em projéteis comuns), mas o direcionamento pode ser corrigido pela própria munição.

Como funciona o projétil autoguiado?

Para entender melhor o sistema, você precisa ter em mente que estamos nos referindo a um projétil que trabalha com muitos recursos eletrônicos. Ao contrário das munições comuns, as autoguiadas possuem estruturas que não existiriam por padrão em um projétil. Isso inclui sensores ópticos, processadores e estruturas móveis que serão responsáveis pelo direcionamento.
Os armamentos em que as munições autoguiadas serão utilizadas contam com sistemas de mira por laser, pois é o feixe que fará com que o projétil identifique os alvos em que precisa chegar — essa identificação acontece por meio dos sensores ópticos instalados no “nariz” da “bala”. Depois que o gatilho é pressionado, tudo o que acontecer com a trajetória do projétil será comandado por ele mesmo.
Um processador de 8-bits instalado no interior da estrutura faz com que a rota seja alterada rapidamente — até 30 vezes por segundo —, garantindo que o alvo seja atingido, mesmo que esteja muito distante. Para essa alteração da rota, quatro aletas bem pequenas são movidas e interferem diretamente na aerodinâmica da munição.

Onde isso será utilizado?

Os testes realizados até agora têm sido feitos com munições de alto calibre, sendo compatíveis com metralhadoras .50 — armamentos pesados que geralmente ficam armazenados em aviões ou veículos e utilizados para causar danos a outros veículos, infantarias e aviões, por exemplo. Mas é bem possível que no futuro isso seja ampliado para outras armas, desde que alguns obstáculos sejam ultrapassados.
Projéteis do calibre já referido são ideais para os testes porque permitem a instalação de processadores e sensores sem muita dificuldade — são “balas” realmente grandes —, além de garantir que as aletas possuam dimensões suficientes para interferirem diretamente na trajetória da munição. Mesmo que no futuro esses componentes consigam ser menores, é difícil que armas menos potentes recebam esse tipo de munição.
Outro obstáculo que precisa ser ultrapassado é o valor gasto para a criação desse tipo de munição. Por possuir componentes eletrônicos, o custo de produção de um projétil autoguiado acaba sendo bem alto. Mas é claro que estamos falando de uma tecnologia recente e que ainda pode se tornar muito mais viável do que é atualmente.

Por que elas são importantes?

Como já dissemos, “balas autoguiadas” estão sendo desenvolvidas para que possam ser utilizadas em armamentos pesados e de alto calibre. Isso não deve ser utilizado para ataques diretos a soldados, mas sim a estruturas militares, como veículos, embarcações e aviões. Atingir os locais corretos é vital e pode garantir economia de munição, além de menos danos físicos às pessoas envolvidas.
Por isso, munições que garantam muito mais precisão podem ser realmente importantes. Mirando os projéteis em direção aos alvos por meio do feixe laser, é possível acertar objetos que estão distantes cerca de 800 metros do disparo. Uma das principais possibilidades disso está no fim do desperdício de projéteis — poucos são os tiros que realmente acertam alvos durante as guerras.
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É sabido que ainda vai demorar algum tempo até que as munições autoguiadas possam ser utilizadas em armamentos que realmente serão colocados em campos de batalha — ou seja, saindo dos campos de testes, como estão atualmente. Isso se algum dia elas vierem a se tornar reais, uma vez que o abandono da tecnologia também é uma possibilidade (isso acontece muito mais do que imaginamos).
Mesmo assim, é difícil não se impressionar com as possibilidades geradas por armamentos de alto calibre que podem disparar projéteis quase independentes em percursos de 800 metros entre arma e alvo. Certamente, ainda há muito o que ser corrigido na estrutura do projeto, mas, caso tudo isso se torne uma realidade, teremos guerras muito diferentes das que estamos acostumados.

J.J. Abrams é um dos principais produtores de Hollywood da atualidade
Foto: Getty Images

O mistério parece estar chegando ao fim. Segundo o siteThe Wrap, J.J. Abrams será o diretor de Star Wars: Episode VII, o novo filme de uma das franquias mais tradicionais e lucrativas de Hollywood, anunciado em 30 de outubro, quando a Disney comprou a Lucasfilm, detentora dos direitos da saga, por US$ 4 bilhões, e anunciou a intenção de produzir o filme. De acordo com a fonte do site, Ben Affleck, que ganhou o Globo de Ouro 2013 por Argo, também estava na disputa pela direção do filme. As assessorias da Lucasfilm e de Abrams não quiseram comentar a informação.

Desde que a Disney anunciou o novo filme de Star Wars, diversos cineastas foram cogitados para assumir o posto de diretor do projeto. O próprio Abrams estava na bolsa de apostas, mas havia dito em dezembro, em entrevista à Empire, que recusou a proposta por preferir estar na plateia sem saber o que esperar do que estar envolvido nas minúcias do projeto. O diretor, no entanto, parece ter mudado de ideia.

O novo Star Wars terá George Lucas como seu consultor criativo, além de Kathleen Kennedy, vice-presidente da Lucasfilm, como produtora executiva. Segundo o comunicado de compra da Lucasfilm, a Disney também planeja "novos filmes da saga para fazer a franquia crescer ainda mais no futuro". De acordo com o Mashable, Bob Iger, CEO da Disney, disse em uma conferência telefônica que os episódios 8 e 9 de Star Wars já estão nos planos, que incluem lançar um novo filme da franquia a cada dois ou três anos.

George Lucas também se pronunciou sobre o futuro da franquia. "Nos últimos 35 anos, um dos meus maiores prazeres foi ver Star Wars ser passado de geração a geração. Agora é minha vez de passar ela para a nova geração de cineastas", comentou em um pronunciamento oficial. "A experiência e o alcance da Disney darão a oportunidade da Lucasfilm atingir novos patamares em filmes, televisão, mídia interativa, parques temáticos, entretenimento ao vivo e produtos ao consumidor."

J.J. Abrams é um dos principais produtores e diretores de Hollywood. Responsável pelo reboot da franquia Star Trek, ele atualmente trabalha na finalização de Star Trek Into Darkness, previsto para estrear em 26 de julho no Brasil. Um dos criadores de séries como Lost e Fringe, ele também dirigiu Missão Impossível 3 e Super 8, um filme que homenageava e pagava tributo à geração contemporânea de George Lucas (notadamente Steven Spielberg), criador de Star Wars.



Atlas mostra que Brasil gera o maior interesse aos europeus, e Dilma é 2ª entre líderes
Foto: Reprodução

A região da América Latina e do Caribe desperta mais interesse entre os europeus do que a União Europeia para os latino-americanos, segundo o cômputo global de um estudo elaborado pelo Instituto de Prospectiva Internacional por ocasião da próxima Cúpula Celac-UE. Os dados partem de pesquisas do Google, entre os meses de setembro de 2011 e de 2012.

Brasil e México são os países que mais atenção receberam, tanto nas buscas que os internautas europeus fizeram como na aparição em noticiários, segundo este "Atlas de Interesses entre a União Europeia e América Latina-Caribe", que analisou o grau de interesse mútuo existente entre as duas regiões.

O Brasil foi responsável por 7,7% das buscas e o México 6,8%, seguidos pela Argentina com 4,7%. Além disso, 10,5% de notícias sobre a América Latina-Caribe tiveram também como protagonista o Brasil, seguido por México (10,3%) e Colômbia (9,6%).

Os líderes latino-americanos mais mencionados na imprensa foram o ex-presidente do México, Felipe Calderón (19%), e a presidente Dilma Rouseff (15%), empatada com a argentina Cristina Kirchner.

Do outro lado do Atlântico, a Espanha foi o país europeu mais procurado na rede pelos latino-americanos e caribenhos (29,7%), seguida da França (17,7%) e da Itália (15,7%). A França, por outro lado, alcançou a maior atenção dos noticiários (30%), enquanto a Espanha ficou na segunda posição (15,1%) e a Alemanha em terceiro lugar (13,1%).

O presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, o líder europeu que protagonizou o maior número de notícias, 34,9%. Após Rajoy, aparecem a chanceler alemã Angela Merkel (20,5%) e o presidente francês François Hollande (15,9%).


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Em entrevista à revista americana "Billboard", o cantor pop Prince disse que Madonna é uma das responsáveis por fazer que ele fosse "esquecido" pela gravadora Warner Bros. Records.

Durante os anos 1990, Prince mudou seu nome para um símbolo em protesto pelo que ele achava serem promoções fracassadas de seus discos por parte da Warner Bros.

Na entrevista, o cantor culpou Madonna por ter roubado o foco da gravadora. "Ela estava sendo paga, mas, na época, nós vendíamos mais discos e lotávamos mais shows em noites consecutivas", afirmou Prince.


Stuart Wilson-1º.jul.2011/France Presse

O cantor Prince


Como resultado do desentendimento de Prince com a gravadora, além da mudança de nome, o cantor gravou diversos álbuns rapidamente para cumprir o contrato com a Warner Bros. e poder produzir os próprios trabalhos.

MAROON 5

A "rainha do pop" não foi o único foco das críticas de Prince.

Ele também comentou o fato de a banda Maroon 5 ter regravado um de seus clássicos, a música "Kiss".

Prince disse não ter problemas com versões e afirmou que ele mesmo canta músicas de outros artistas em seus shows, pagando os royalties devidos.

Mesmo assim, ele disse que não entende porque bandas como o Maroon 5 precisam regravar e relançar músicas de outros artistas.

"Por que precisamos escutar outra versão de uma música de outra pessoa? Arte é construir novas fundações, não simplesmente ficar no topo do que já está feito", disse.



Ashton Kutcher, caracterizado como Steve Jobs e Josh Gad como Steve Wozniak

A cinebiografia de Steve Jobs será lançada no dia 19 de abril, nos Estados Unidos, mês em que o CEO da Apple comemoraria 37 anos de trabalho com a empresa.

O filme será protagonizado pelo popular ator Ashton Kutcher no papel de Jobs, morto em 2011, e estreará no fim de abril na noite de encerramento do Festival de Cinema de Sundance, de acordo com o distribuidor de filmes independentes Open Road Films.

Escrito por Matthew Whitely e dirigido por Joshua Michael Stern, "jOBS" narra a vida do co-fundador da Apple de 1971 a 2000, considerados 30 anos determinantes na vida do gênio da informática.

"'jOBS' certamente ressoará no público, e estamos encantados por nos associarmos ao Five Films para levar este filme aos cinemas", disse o diretor-executivo do Open Road, Tom Ortenberg. A Sony Pictures está apoiando um filme próprio baseado na biografia do co-fundador da Apple, escrita por Walter Isaacson.

Steve Jobs morreu no dia 5 de outubro de 2011 aos 56 anos depois de travar uma longa batalha contra o câncer. O filme tem previsão de lançamento para 1º de novembro de 2013.


* com informações da AFP.




Vista da Iaçu, na Bahia, cidade atingida por fortes temporal; choveu cidade, na noite de domingo, 200 milímetros em menos de duas horas, o equivalente a um ano

As chuvas que atingiriam a Bahia, neste mês de janeiro, causou problemas em 64 municípios em todo o Estado, segundo balanço do Inema (Instituto Estadual do Meio Ambiente). Das cidades afetadas, 37 pertencem à região do semiárido, que corresponde a dois terços do território baiano e que enfrentou, em 2012, uma das piores estiagens das últimas quatro décadas. O Estado tem 417 municípios.

As situações mais graves ocorreram nas cidades de Iaçu (280 km de Salvador), na Chapada Diamantina, Utinga (433 km de Salvador) e Jaguaquara (343 km de Salvador), no Vale do Jiquiriçá. Na capital Salvador, choveu nos últimos dias, mas a Defesa Civil não registrou nenhuma ocorrência grave.

Em Iaçu, a chuva começou na última sexta-feira (19), mas um temporal atingiu a cidade na noite de domingo, quando choveu 200 milímetros em menos de duas horas. O prefeito Nixon Andrade (PMDB) disse ao UOL, por telefone, que a precipitação ocorrida equivale a quase um ano de chuva.

"Já estávamos em situação de emergência por conta da estiagem que já durava dois anos e agora mantivemos o decreto por conta da cheia", conta o prefeito, que está em Salvador para buscar auxílio do governo estadual por meio das Voluntárias Sociais e Defesa Civil.


 23.jan.2013 - Motoristas enfrentam ponto de alagamento na avenida Luiz Vina, em Salvador, depois de forte chuva que atingiu a cidade Joá Souza/ Agência A Tarde/ Estadão Conteúdo

O saldo na cidade, que recebeu a visita de técnicos da Defesa Civil do Estado, foi de 200 casas atingidas, 30 totalmente destruídas e mais de 250 pessoas desabrigadas. Também foram destruídos o estádio de futebol, pontes e estradas vicinais, assim como cerca de cinco quilômetros da linha férrea.

Em uma fábrica de cerâmica, 90% da produção e parte do maquinário foram danificados. A prefeitura estima um prejuízo de cerca de R$ 5 milhões. Apesar do rastro de destruição, ninguém ficou ferido.

Próximo à estrada de ferro, um carro foi arrastado pela água e "engolido" por uma enorme cratera. O motorista escapou ileso.

Em Jaguaquara, a chuva alagou casas e cerca de 50 pessoas ficaram desabrigadas.Os moradores de bairros da periferia perderam móveis e tiveram os carros e casas completamente alagados e, em alguns pontos, a água atingiu cerca de um metro de altura.

Chuva de granizo

Em Itaberaba (285 km de Salvador), na Chapada Diamantina, choveu 154 milímetros nos últimos dias e houve também uma precipitação de granizo, na semana passada, o que deixou os moradores locais assustados.

De acordo com o Serviço de Meteorologia do Inema, "as chuvas que também provocaram formação de granizo ocorreram devido o enfraquecimento da massa de ar quente e seco sobre a Bahia, que por sua vez, possibilitou o avanço de uma frente fria vinda da região sudeste rumo ao sul do Estado e que, associada ao calor e a umidade proveniente da Amazônia, intensificou nebulosidade e as chuvas na região".

Já em Utinga, que fica na mesma região, as fortes chuvas causaram destruição e deixaram a cidade sem energia, telefone e internet no fim da semana passada.

A Defesa Civil informou, por meio de assessoria de imprensa, que enviou técnicos a alguns municípios do Estado e que está atendendo às solicitações de emergência das prefeituras. O órgão deve divulgar um balanço das chuvas na próxima semana.
Previsão

O Inema informou que a previsão ainda será de ocorrência de chuvas em praticamente toda a Bahia, sendo as regiões oeste e sul as que terão os volumes de chuvas mais significativos, com acumulados acima dos 80 milímetros.

Nas demais regiões do Estado, conforme o relatório, esses acumulados não ultrapassarão os 30 milímetros.


Um dos mais experientes repórteres da TV Globo, Tino Marcos fez uma participação especial na concorrente Record nesta terça-feira. Antes da convocação da seleção brasileira no Rio de Janeiro, ele estava pronto para uma entrada ao vivo em sua emissora quando apareceu no programa Balanço Geral. A câmera focou o “rival” e o apresentador Geraldo Luis começou a tirar sarro com ele.
“Ele não tá vendo que é nossa câmera? (risos) Ô Tino, essa câmera é da Record”, dizia o apresentador entre gargalhadas. “Essa câmera é minha, a sua é da direita. Vaza, meo.”
 
No entanto, não dá para saber se Tino Marcos realmente confundiu as câmeras. Como ele não falou nada, em nenhum momento em que apareceu na Record, pode ter sido, simplesmente, vítima de uma brincadeira da emissora rival.
Mas as redes sociais foram implacáveis com o repórter. Assim que aconteceu, começaram a brincar com ele no Twitter e no Facebook, dizendo que  tinha errado de câmera.


O Facebook e o Twitter se tornaram tão importantes para as conversas de uma empresa quanto a área do cafezinho, e as autoridades regulatórias federais dos Estados Unidos estão ordenando que os empregadores abrandem as normas que limitam aquilo que seus funcionários podem dizer on-line.
Empregadores muitas vezes tentam desencorajar comentários que os mostrem de modo negativo. Regulamentos quanto ao uso de redes sociais determinam, por exemplo, que questões internas da companhia não devem ser discutidas publicamente, e que não deve haver comentários negativos sobre chefes. Violações desse tipo de norma podem permitir demissão com justa causa.
Mas uma recente série de decisões judiciais e normativas das autoridades trabalhistas norte-americanas estipula que esse tipo de restrição genérica é ilegal. O Conselho Nacional de Relações de Trabalho (NLRB) afirma que os trabalhadores têm o direito de discutir livremente suas condições de trabalho, sem medo de represália, quer a discussão aconteça no local de trabalho, quer no Facebook.
Além de ordenar a readmissão de diversos trabalhadores demitidos por conta de posts em redes sociais, a agência vem pressionando empresas de todo o país, entre as quais grandes companhias como General Motors, Target e Costco, a reescrever suas regras para o uso de mídias sociais.
"Muita gente considera a mídia social como a nova área de cafezinho", diz Mark Pearce, presidente do NLRB, apontando que as leis federais há muito protegem o direito dos trabalhadores de discutir questões relacionadas ao trabalho. "Tudo que estamos fazendo é aplicar regras tradicionais às novas tecnologias."
As decisões surgem em meio a um debate mais amplo sobre o que constitui discussão apropriada no Facebook e outras redes sociais. Escolas e universidades estão enfrentando problemas para definir como tratar casos de bullying on-line e revelações de alunos quanto ao uso de drogas. Governos se preocupam com aquilo que policiais e professores fazem e dizem on-line em suas horas vagas. Até mesmo os dirigentes de empresas vêm descobrindo que os comentários que postam on-line podem lhes causar problemas junto às autoridades financeiras.
DECISÕES
As decisões do NLRB, que se aplicam a virtualmente todos os empregadores do setor privado norte-americano, em geral afirmam que uma empresa não tem direito de adotar normas rígidas quanto à mídia social --por exemplo, proibição a comentários "desrespeitosos" ou posts que critiquem um empregador-- caso essas normas desencorajem os trabalhadores de exercer seu direito de comunicação com o objetivo de obter melhores salários, benefícios e condições de trabalho.
Mas o NLRB considerou permissível que empregadores ajam contra um trabalhador que esteja reclamando isoladamente na Internet.
Diversos casos ilustram a diferença nos padrões.
Na Hispanics United of Buffalo, uma prestadora sem fins lucrativos de serviços sociais localizada no interior do Estado de Nova Yorker, um assistente social ameaçou se queixar aos chefes de que os colegas não estavam se dedicando o bastante. Outra funcionária, Mariana Cole-Rivera, publicou um post no Facebook perguntando: "Meus colegas de trabalho, o que vocês acham?"
Diversos colegas postaram respostas zangadas, algumas repletas de impropérios. "Tente fazer meu trabalho. Cuido de cinco programas", dizia uma delas. "Só faltava essa. Mal temos vida fora do trabalho", outra afirmava.
A organização demitiu Cole-Rivera e quatro dos colegas que responderam ao post, afirmando que ela violou as normas da empresa contra assédio moral ao rebater as queixas do assistente social.
Em decisão por três votos a um, no mês passado, o NLRB concluiu que a demissão havia isso ilegal, afirmando que os posts feitos em 2010 representavam o tipo de "atividade coordenada" para "assistência mútua" que a Lei Nacional de Relações de Trabalho protege expressamente.
"A decisão do conselho foi uma vitória", disse Cole-Rivera, que já conseguiu novo emprego como assistente social.
O NLRB mostrou menos simpatia para com um repórter policial do jornal "Arizona Daily Star".
Frustrado com a falta de notícias, o repórter postou diversos comentários no Twitter. Um dizia: "O quê? Noite sem homicídios... Você está folgando, Tucson". Outra mensagem começava com "continue homicida, Tucson".
O jornal demitiu o repórter, e representantes do NLRB confirmaram a legalidade da demissão, afirmando que os posts eram ofensivos, não representavam atividade coordenada entre trabalhadores e não se referiam às condições de trabalho do jornalista.
O conselho também confirmou a demissão de um bartender no Illinois. Insatisfeito por não ter recebido aumento em cinco anos de trabalho, ele postou uma mensagem no Facebook definindo os fregueses do bar como "toscos" e dizendo que esperava que morressem ao voltar para casa dirigindo bêbados.
Os representantes do NLRB definiram seus comentários como uma queixa pessoal, e não "atividade coordenada" com o objetivo de melhorar os salários e condições de trabalho, o tipo de comunicação que a lei federal protege.
O NLRB não revelou as identidades do bartender e do repórter.
Brendan Bannon/"The New York Times"
Mariana Cole-Rivera, de NY, cuja demissão, após publicação de comentários no Facebook, foi considerada ilegal
Mariana Cole-Rivera, de NY, cuja demissão, após publicação de comentários no Facebook, foi considerada ilegal
INCÔMODO
As ações do conselho incomodam algumas companhias, especialmente porque elas representam o uso de leis criadas na era da indústria, para proteger o direito de sindicalização dos trabalhadores, a fim de regular atividades digitais que abarcam quase todos os trabalhadores do setor privado, sindicalizados ou não.
Brian Hayes, o integrante do conselho que votou a favor da legalidade da demissão no caso da Hispanics United, disse que "os cinco estavam simplesmente resmungando", e não envolvidos em atividade coordenada, e que portanto não estavam protegidos contra demissão. Rafael Gomez, o advogado da Hispanics United, disse que a organização recorrerá da decisão do conselho, e sustenta que os posts representavam assédio.
Alguns executivos afirmam que a intervenção do NLRB na mídia social é um esforço para manter sua relevância dada a perda de influência e a redução nas fileiras dos sindicatos do setor privado.
"O conselho está recorrendo a novas teorias judiciais a fim de expandir seu poder nos locais de trabalho", disse Randel Johnson, vice-presidente de política trabalhista na Câmara de Comércio dos Estados Unidos. "Isso causa preocupação e confusão".
Mas os funcionários do NLRB dizem que estão só adaptando a Lei Nacional de Relações de Trabalho, de 1935, aos locais de trabalho do século 21.
O NLRB não é a única organização governamental a impor novas regras sobre empresas e mídia social. Em 1º de janeiro, Califórnia e Illinois se tornaram o quinto e sexto Estados norte-americanos a proibir empresas de solicitar aos seus funcionários ou candidatos a emprego a senha de suas contas de mídia social.
Lewis Maltby, presidente do National Workrights Institute, disse que os direitos de mídia social vêm ganhando importância nos locais de trabalho.
Ele se disse incomodado com um caso em Michigan, no qual uma agência de publicidade demitiu um funcionário que trabalhava em seu site e escrevia ficção nas horas vagas depois que alguns colegas expressaram insatisfação com o conteúdo ousado de contos publicados por ele na Web.
"Ninguém deve ser demitido por postar algo legal, não relacionado ao trabalho e postado fora do expediente", disse Maltby.
Como parte do papel ampliado do NLRB, sua diretoria jurídica divulgou três relatórios concluindo que muitas normas empresariais de mídia social cerceiam ilegalmente o exercício de direitos de seus funcionários.
WAL-MART E GM
A diretoria jurídica elogiou as normas da Wal-Mart para redes sociais, revisadas depois de consulta ao conselho. Aprovou a proibição pela Wal-Mart de "posts inapropriados que incluam declarações discriminatórias, assédio e ameaças de violência ou outras formas de conduta inapropriada ou ilegal".
Mas quanto às normas da General Motors, o conselho escreveu que "consideramos ilegal a norma de que 'declarações ofensivas, insultuosas, abusivas ou inapropriadas não têm lugar, on-line ou offline'". O conselho acrescentou que "essa cláusula proíbe ampla gama de comunicações que incluiriam críticas às políticas trabalhistas de um empregador ou de seu tratamento dos trabalhadores". A GM afirmou que solicitou que o NLRB reconsidere sua avaliação.
Em decisão em setembro passado, o conselho também rejeitou como exageradamente amplas as restrições da Costco a posts de funcionários que "prejudiquem a companhia" ou "a reputação de qualquer pessoa". A Costco preferiu não comentar.
Denise Keyser, advogada trabalhista e assessora de muitas empresas, disse que os empregadores devem adotar normas específicas para as mídias sociais, em lugar de proibições genéricas.
Keyser diz que não basta instruir o trabalhador a não postar informações confidenciais. O certo é instrui-lo a não postar, por exemplo, segredos comerciais, datas de lançamento de produtos ou detalhes de plano de saúde.
Mas continua difícil limitar os posts em mídia social de forma que não viole a lei, disse Steven Swirsky, também advogado trabalhista. "Mesmo que você estude as normas do NLRB e acredite que as está seguindo", disse, "resta sempre muita incerteza".
Tradução de Paulo Migliacci

Uma em cada três pessoas se sentiu menos satisfeita com sua vida pessoal depois de acessar a rede social de Zuckerberg



Um estudo realizado por duas universidades alemãs e divulgado nesta terça-feira (22/1) mostra que Facebook pode causar (muita) inveja e provocar infelicidade e solidão. As informações são da agência Reuters.

De acordo com o relatório "Envy on Facebook: A Hidden Threat to Users' Life Satisfaction?" (PDF) (Inveja no Facebook: uma ameaça escondida à satisfação da vida dos usuários", em tradução), uma em cada três pessoas se sentiu menos satisfeita com suas vida pessoal depois de acessar o Facebook.

A pesquisa mostra também que as pessoas que não realizaram nenhum comentário, mas ainda assim ficaram "stalkeando" (seguindo compulsivamente) a vida dos amigos, foram as mais afetadas.

O primeiro fator causador da inveja seria amigos compartilhando fotos de férias e de viagens. O segundo maior causador são as interações sociais divulgadas na rede. Os usuários chegaram até a comparar com os amigos do Facebook quantos "parabéns" receberam e quantos "curtir" ou comentários tiveram em fotos e postagens.

Dentre todos os invejosos entrevistados, os homens se destacaram por divulgar na rede realizações pessoais, enquanto que as mulheres eram mais propensas a destacar sua aparência ou vida social.

"Ficamos surpresos com a quantidade de pessoas têm uma experiência negativa do Facebook com a inveja deixando-os se sentirem solitários, frustrados ou com raiva", disse à Reuters a pesquisadora do Instituto de Sistemas de Informação na Universidade Humboldt de Berlim, Hanna Krasnova. "A partir de nossas observações algumas dessas pessoas deixarão o Facebook ou, pelo menos, reduzirão a utilização do site."

O estudo foi baseado em uma pesquisa feita com 600 pessoas na Alemanha.


A garota Tilly com a mãe, Emma, e quando sofreu o acidente

Uma garota que caiu de cabeça em uma banheira com água escaldante quando bebê virou um caso de milagre no Reino Unido, após passar por 321 cirurgias. Os ferimentos de Tilly Sawford eram tão graves que os médicos deram a ela, na época, 5% de chance de sobrevivência. Mas ela se superou.

Hoje, Tilly tem cinco anos e caminha com ajuda de um andador, mas sua estrada até chegar a este ponto foi longa. Ela tinha 15 meses quando sofreu o acidente. Os seis meses seguintes à queda na banheira foram marcados por um tratamento intensivo, em que os médicos chegaram a dizer cinco vezes aos pais, Emma e Kyle Sawford, que provavelmente a garota não conseguiria sobreviver.

Tilly desafiou as expectativas dos médicos após passar por centenas de operações – inclusive para retirar cartilagem de tubarão e colágeno de vaca grudados em seu corpo. Curiosamente, seu rosto foi a única região do corpo a não ser afetada.

O acidente ocorreu em março de 2009, após o irmão da garota abrir a torneira de água quente enquanto ela pulava em um pufe perto da banheira. Devido a um defeito na caldeira, a água ficou escaldante depois de alguns segundos, momentos antes de Tilly entrar na banheira.

Emma lembra como se fosse hoje. "Eu estava limpando o andar de cima da casa e a máquina de lavar louças tinha desligado no andar de baixo. Em geral, eu colocava Tilly no berço quando não podia vê-la, mas desta vez ela estava brincando e eu desci por alguns segundos. Ouvi um grito e subi às pressas. Tilly estava na banheira, ela deve ter escorregado e caído", conta.

"Ela ficou inconsciente com a dor, eu a carreguei, mas sua pele se descolava e grudava em minhas mãos", continua a mãe da garota. "Eu genuinamente pensei que tinha perdido a minha filha. Pensei várias vezes que teria que planejar um funeral. O fato de ela não ter morrido é um milagre", acrescentou.

Emma ainda revelou que a família se mudou da antiga casa, já que o imóvel trazia "más recordações". Hoje, Tilly não só anda, como frequenta a escola desde setembro.

"Ela pode caminhar um pouco e se esforça para conseguir subir as escadas. É tão independente, não gosta que eu faça coisas para ela a não ser que realmente precise. Ela tenta fazer tudo, você nunca a vê preocupada, é incrível", diz Emma.

Os pais ainda querem colocar a filha em um curso de equitação, já que Tilly adora cavalgar. Ela também se diverte na escola e em casa, brincando com os irmãos Toby, 8, Kaden, 6, e Elise, 3.

Após passar pela 321ª cirurgia, Tilly se recupera em casa, mas quer voltar logo à escola. "Eu me sinto melhor do que antes, e mal posso esperar para voltar para a escola e brincar com meus amigos", disse ela.

"Eu amo cantar, sempre canto. A escola é muito divertida. Matemática é a matéria que eu mais gosto", afirmou.

O pediatra cirurgião Ciaran O’Boyle, do Centro Médico de Nottingham’s Queen, afirmou nunca ter visto ferimentos tão graves quanto os de Tilly, mas ressaltou o caráter da garota.

"A personalidade de Tilly nos inspira. Ela foi submetida a uma série de procedimentos, mas isto nunca a abalou. O mais incrível é que ela sobreviveu. Ela é um triunfo. Se não tivesse tido o tratamento correto nas primeiras 24 horas, teria morrido", afirmou.

A mãe resume. "É uma montanha-russa emocional. Às vezes é bem difícil, mas eu quero que ela tenha o melhor futuro possível."



Uma nave espacial que orbita Marte encontrou evidências da existência de um antigo lago alimentado por águas subterrâneas em uma cratera de 92 quilômetros de diâmetro, o que reforça as teorias de que o planeta vermelho pode ter abrigado vida, informou a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana).

Informações obtidas pelo espectrômetro da Nasa, o Mars Reconnaissance Orbiter (MRO, na sigla em inglês), mostram vestígios de carbonato e minerais de argila, geralmente formados na presença de água, na parte inferior da cratera McLaughlin, a 2,2 quilômetros de profundidade.

"Estas novas observações sugerem a formação de carbonatos e argila em um lago alimentado por águas subterrâneas na bacia fechada da cratera", informa a Nasa na edição on-line da revista Nature Geoscience.

"Algumas pesquisas propõem que o interior da cratera captura água", disse a agência e acrescentou que "na zona subterrânea poderia ter havido ambientes úmidos e potenciais habitat".

"A cratera precisa de canais de grande afluência, por isso, o lago era provavelmente alimentado por águas subterrâneas", disseram os cientistas.


Mega entrou no ar neste sábado em versão beta oferecendo 50 GB de espaço gratuitamente
Foto: Reprodução

O novo serviço de compartilhamento de arquivos online de Kim Dotcom - o criador do finado Megaupload - entrou no ar pouco antes das 16h (horário de Brasília) deste sábado. O lançamento do Mega ocorre exatamente um ano após o fechamento das atividades do Megaupload. A novidade conta com versões em diversas línguas, inclusive o português do Brasil.

O novo programa oferece 50 GB de armazenamento gratuito aos usuários. Por enquanto, o Mega está em versão beta, mas já oferece planos de assinatura mensal e promete criptografar todos os dados enviados pelos usuários - o que impediria detentores de direitos autorais e até mesmo o próprio site de acessar os dados armazenados.

Megaupload

O site foi desativado na noite de 19 de janeiro, quando foi fechado pelo FBI por integrar "uma enorme rede de pirataria virtual". Teve início então uma história que envolve confisco de bens, acusações de lavagem de dinheiro e espionagem, pontuada por carros de luxo, mansões e ataques de hackers.

O site, à época com cerca de 150 milhões de usuários registrados em todo o mundo - com os brasileiros em 2º lugar -, teria causado, segundo as autoridades norte-mericanas, mais de US$ 500 milhões em perdas ao transgredir direitos de propriedade intelectual. O alemão Kim Schmitz, 37 anos, mais conhecido como Kim Dotcom, criador do Megaupload, e outros diretores do site foram presos. As autoridades confiscaram dos detidos e da empresa bens avaliados em US$ 4,8 milhões, além de US$ 8 milhões depositados em contas abertas em diversos bancos da Nova Zelândia, e os Estados Unidos pediram a extradição de Dotcom.

Kim Dotcom, um homem com 129 kg e quase 2 m de altura seria, de acordo com a imprensa local, uma das dez pessoas mais ricas da Nova Zelândia, considerado um apaixonado por carros de luxo, mulheres e mansões. A polícia inspecionou uma delas em Auckland, avaliada em US$ 30 milhões, na qual ele vivia com a família. Encontrou jóias, armas e até um Rolls Royce com placa "Deus".

Kim DotcomAtualmente, Dotcom encontra-se em liberdade sob fiança na Nova Zelândia, o país onde vivia no momento de sua detenção. Alemão, ele enfrenta um pedido de extradição dos Estados Unidos, que desejam julgá-lo por violação dos direitos autorais. A audiência para sua extradição foi adiada em duas ocasiões e, até o momento, está prevista para agosto de 2013.

A justiça americana acusa os responsáveis do Megaupload de terem ganhado de forma fraudulenta US$ 175 milhões (135 milhões de euros) oferecendo cópias piratas de filmes, programas de televisão e outros conteúdos.






Anfíbio da espécie "Phyllomedusa bicolor", cuja secreção é usada por índios para dar sorte e curar doenças
A chamada "vacina de sapo" usada por povos indígenas da Amazônia está na mira da Polícia Federal. A secreção extraída de um anfíbio local chamado de "kambô" ou "kampô" (Phyllomedusa bicolor) tem sido enviada para várias cidades do Brasil e do exterior - ela é vendida como suposta cura para as mais diversas doenças.
Por falta de comprovação científica dos supostos benefícios à saúde, desde 2004, uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe o uso, o comércio, a distribuição e a propaganda do kambô como medicamento fora das aldeias.

A técnica para identificação da "vacina de sapo" utiliza um aparelho chamado Maldi-TOF. De acordo com a PF, por ser seletiva e rápida, atende com eficiência e eficácia a atual demanda. "O tempo gasto entre a preparação da amostra e a análise dos resultados é de aproximadamente 60 minutos". O projeto da Polícia Federal no Acre, planejado e executado pelo perito criminal federal Cezar Silvino Gomes, foi premiado no último Encontro Nacional de Química Forense, promovido pela USP (Universidade de São Paulo), em 2012.
De olho no crescimento do comércio e exportação ilegal da secreção do sapo amazônico, a Polícia Federal (PF) desenvolveu uma nova tecnologia que pretende coibir a biopirataria da substância. Segundo informou a PF, por meio de sua assessoria, a caracterização do crime esbarra na dificuldade de identificação imediata do produto. "A secreção é uma gosma amarela, muitas vezes reservada em suportes de madeira, tubos ou lenços, e de difícil análise química por se tratar de material biológico complexo".
Medicinas da floresta
Oriunda da medicina tradicional indígena amazônica, a "vacina de sapo" é amplamente utilizada e conhecida entre as comunidades da região. Costuma ser aplicada pelos curandeiros da aldeia nos braços (em homens), ou nas pernas (em mulheres), para ajudar na caça e curar ‘panema’, uma espécie de depressão do índio.
As reações mais comuns de quem recebe a substância são mal-estar e náusea. Em seguida, os usuários dizem ter uma sensação de bem-estar e energia. "Usamos para falta de ânimo, para prevenir doenças e afastar o mal e o azar", explica o cacique Ni’i katukina, do Acre, que já esteve em São Paulo difundindo a "vacina".

COMO É A APLICAÇÃO DA 'VACINA'


  • Para a aplicação da 'vacina de sapo', são feitos, com um pedaço de madeira quente, entre sete e nove orifícios no braço (no caso de homens; nas mulheres, a aplicação é na perna). A secreção do sapo amazônico é, então, inserida embaixo da pele com um canivete. Vômitos, diarreia, náusea e mal-estar são sintomas comuns. O efeito começa cerca de 30 segundos depois da aplicação e dura aproximadamente 20 minutos. Segundo a tradição indígena, o local de aplicação está relacionado às atividades da pessoa. "Os homens precisam de força nos braços para a caça, e as mulheres necessitam de pernas fortes para conseguir caminhar carregando cestos de macaxeira e
    os filhos", explica o cacique Ni’i katukina
Vale destacar que o uso das chamadas "medicinas da floresta" requer cuidados. Há uma diferença entre os remédios ditos naturais e os fitoterápicos. Estes últimos têm efeito comprovado, autorização da Anvisa e registro no Ministério da Saúde. No caso do kambô, apesar da proibição, seu uso ocorre livremente nos centros urbanos. Em geral, está inserido no circuito esotérico e das terapias alternativas, em alguns casos associados a outras práticas dos índios amazônicos, como a ayahuasca, substância psicoativa usada no culto religioso do santo daime.
Coquetel de substâncias
Em 2008, um homem de 52 anos morreu após uma aplicação do kambô no interior de São Paulo. "Pode ser perigoso", afirma o biólogo e pesquisador Denizar Missawa, da Universidade Guarulhos e do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (Neip).
Embora seja contrário à proibição, o biólogo alerta que a substância tem uma ação no sistema cardiovascular que merece atenção. "É um coquetel de substâncias bioativas; se isolarmos cada uma delas, vamos encontrar medicamentos que agem em diferentes sistemas fisiológicos". Para ilustrar, ele usa o exemplo de alguém que está com dor de cabeça e toma uma farmácia inteira. "Com certeza, você terá tomado um medicamento para dor de cabeça, mas também tomou outros que servem para outras doenças, o que não é saudável", compara.
O pesquisador lembra, ainda, que a forma como as populações indígenas fazem uso do kambô é bem diferente do que tem sido propagado nas grandes cidades. "As aplicações são envoltas em cuidados, como dietas alimentares e comportamentais", observa Missawa.
Projeto kambô
Entre os catuquinas, um grupo indígena da Amazônia, o uso da "vacina de sapo" pelo homem branco também gera polêmica. Antes da resolução da Anvisa, lideranças contrárias à disseminação indiscriminada do kambô já haviam encaminhado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) uma solicitação de registro de seus conhecimentos tradicionais e uma denúncia de biopirataria. O pedido mobilizou governo e pesquisadores e gerou o Projeto Kambô, que desencadeou um processo de regulamentação do acesso ao patrimônio genético.
Atualmente, se alguma substância orgânica de interesse farmacológico associada a conhecimentos tradicionais for descoberta, deve haver divisão de lucros da patente entre laboratórios e comunidades envolvidas. "O acesso ficou extremamente restrito e burocrático; ficou proibido o transporte sem as devidas alterações", diz Missawa.
O biólogo conta que, em 2003, esteve à frente de uma pesquisa pioneira junto aos índios caxinauás – que também fazem uso do kambô. O projeto, entretanto, teve que ser interrompido. "Em 2004, viramos criminosos por causa da proibição do porte de material genético", lamenta. Ele conta que a equipe teve de terminar o trabalho quase de forma ilegal, embora o foco fosse saber como a vacina age no organismo, e não o patenteamento. "Acredito que foi o primeiro estudo de caraterização fisiológica da secreção, mas até trabalhos de natureza informativa foram proibidos e não pude publicá-lo em nenhuma revista".
Tiro no pé
Para o biólogo Missawa, em vez de restringir o acesso ao kambô, o Brasil deve investir em pesquisa, afinal não é a toa que mais de duas dezenas de pedidos de patente da substância já foram feitos por laboratórios estrangeiros. "A substância presente na secreção do sapo que despertou interesse são as dermaseptinas, peptídeos com capacidade antibiótica intensa, eficaz contra inúmeros microorganismos, inclusive algumas formas resistentes de bactérias".

HOMEM MORRE APÓS 'VACINA'

Em 2008, o comerciante Ademir Tavares, de 52 anos, morreu após ter recebido a "vacina de sapo" em Pindamonhangaba, no interior de SP, aplicada por um empresário. Tavares demorou muito para voltar do banheiro, o que chamou a atenção dos presentes. Quando foram até o banheiro, encontraram-no caído, de olhos abertos e sem respirar. Foi socorrido, mas chegou morto ao hospital

Nesse sentido, ele acredita que a proibição do kambô pode ser um tiro no pé, pois mira na biopirataria, mas acerta na bioprospecção. ou seja, na exploração legal de espécies de uma determinada região. "Ficou extremamente difícil qualquer pesquisa acadêmica, mesmo sem o intuito de bioprospecção".
O biólogo, em parceria com os índios Huni Kui (Caxinauá), tentou durante três anos autorização para outro estudo das características dos efeitos imunológicos da secreção do sapo da Amazônia, através do Laboratório de Imunoquímica do Instituto Butantan. Não obteve sucesso. "A burocracia é imensa e demorada, trazendo o desinteresse por parte das instituições em pesquisar o kambô, principalmente por ter o conhecimento tradicional associado", conta.
"Deveríamos pesquisar esta substância para transformá-la em medicamentos ou alertar possíveis riscos a saúde. A proibição dificulta muito qualquer pesquisa farmacológica, além de trazer transtorno para o índio que estiver levando em sua bolsa a sua medicina tradicional", acrescenta. 
Biopirataria
Um fato reforça o argumento do biólogo quanto à ineficiência da proibição do kambô com o objetivo de combater a biopirataria. Não é difícil retirar legalmente material genético amazônico na Guiana Francesa. Quem preferir pode comprar a secreção do sapo em sites peruanos. Muito mais simples do que burlar a lei brasileira severa e burocrática. "Não acredito que exista biopirataria no Brasil, o que tem é o tráfico", afirma Missawa.
De fato, centros alternativos nas grandes metrópoles promovem o tratamento com a "vacina de sapo" cobrando, em média, 100 reais por aplicação. "Uma paleta possibilita umas 100 aplicações, e considerando que para o índio ou ribeirinho ela é retirada gratuitamente da natureza e subtraindo-se a passagem de avião, ainda sobra um lucro considerável, que às vezes é dividido entre o aplicador e a instituição que promoveu o tratamento", detalha o pesquisador.
Também é comum no interior do Acre, em Cruzeiro do Sul, Tarauacá e ao longo da BR 364, encontrar pessoas vendendo uma paleta com a secreção do sapo por um preço baixo. O "terapeuta alternativo" compra, transporta para a metrópole e obtém o lucro total nas aplicações.
Não é de se espantar, portanto, que a "vacina de sapo" já tenha chegado à Europa e aos EUA, embora ainda de forma discreta. "Está relacionada ao circuito da ayahuasca e das terapias alternativas, mas são basicamente iniciativas individuais, não institucionalizadas", diz a antropóloga Beatriz Labate, professora visitante do Programa de Política de Drogas do Centro de Pesquisa e Ensino Econômico - Cide, em Aguascalientes, no México.

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