11/03/12


Pesquisadores gravaram as reproduções vocais do elefante no zoológico Everland, na Coreia do Sul
Foto: Current Biology/Divulgação


Um elefante asiático chamado Koshik consegue imitar a voz humana, falando palavras em coreano que podem ser prontamente entendidas por qualquer pessoa que conhece a língua. O elefante "fala" da forma mais inesperada: com a tromba dentro da boca.

De acordo com a publicação de pesquisadores no periódico Current Biology, o vocabulário do animal consiste em cinco palavras: olá, sente, não, deite e bom. Com o tempo a linguagem de Koshik pode fornecer importantes descobertas à biologia e à evolução do aprendizado complexo da fala, uma habilidade, segundo pesquisadores, crítica para os humanos e a música.

"A fala humana basicamente possui dois aspectos: tom e timbre", afirma Angela Stoeger, da Universidade de Viena. "Intrigantemente, o elefante Koshik é capaz de combinar o tom e o timbre e imitar a voz humana de seus treinadores. Isso é muito importante, considerando o tamanho do animal, sua extensão vocal e outras diferenças anatômicas entre um elefante e uma pessoa", explica.

Segundo Angela, enquanto a grande laringe dos elefantes produz sons de tom mais baixo, a fala de Koshik imita exatamente o tom e outras características de seu treinador humano. Uma análise estrutural da fala do animal mostrou não apenas similaridades claras a uma voz humana, mas também diferenças do chamado geral dos elefantes.

O artigo explica que outros estudos foram feitos sobre a mímica vocal tanto em elefantes africanos como em asiáticos. Sabe-se, portanto, que esses animais africanos são capazes de imitar o som de motores de caminhão, e que um macho asiático do zoológico no Cazaquistão reproduziu um "discurso" tanto em russo como em cazaque, língua originária do país, mas o caso nunca foi cientificamente investigado.

No caso de Koshik, a equipe de Angela Stoeger confirmou que o animal imitava a língua coreana em diversas maneiras. Primeiro, eles pediram a nativos que escrevessem o que escutassem das gravações feitas dos sons emitidos do elefante. "Encontramos uma combinação alta dos sons com as palavras existentes de fato", afirmou Angela. Porém, até onde os cientistas entendem, o elefante não sabe exatamente o que está falando.

Não está completamente claro o por que Koshik adotou tal comportamento, mas pesquisadores sugerem que pode ser algo relacionado com sua juventude, quando era o único elefante vivendo no zoológico Everland, na Coreia do Sul, por aproximadamente cinco anos - um período importante para o desenvolvimento desses animais. Humanos, portanto, eram seus únicos contatos sociais no estabelecimento.

"Achamos que Koshik começou a adaptar suas vocalizações às suas companhias humanas para fortalecer afiliações sociais - algo que também é visto em outras espécies capazes de aprender novos sons - ou em casos especiais, entre espécies cruzadas", afirmou Angela.


Repórter passou a sofrer de condição após ter sofrido lesão leve no olho esquerdo
Foto: BBC Brasil

O repórter da rede de televisão BBC John Sudworth passou a sofrer de paralisia de Bell, uma paralisia do nervo facial que provoca incapacidade de controlar os músculos da face do lado afetado pela doença. Ele teve o lado esquerdo de seu rosto paralisado. A seguir, Sudworth descreve como é conviver com essa condição e as mudanças que ela provocou em sua vida.

"Após ter passado uma vida fazendo o que eu mandava, metade do meu rosto resolveu entrar em greve. Desde o lado esquerdo da minha testa até o lado esquerdo do meu queixo, meu rosto se amotinou. Não consigo levantar minha sobrancelha esquerda, não consigo fechar meu olho esquerdo. E quando eu tento sorrir, enquanto o lado direito de minha boca obrigatoriamente se coloca na forma adequada, o esquerdo se nega a se mover.

A expressão resultante acaba sendo inútil para dar um alô amigável a um amigo, mas pode vir a calhar se eu decidir assaltar uma loja.

Bem-vindo ao estranho mundo de quem sofre da paralisia de Bell. A paralisia de Bell não é algo muito bom de se ter quando se é um repórter de TV. Mas pensando bem, ela não é algo tão terrível assim de acontecer com quem precisa usar seu rosto. E pelos vários relatos que li online, vi que muitas pessoas dão continuidade às suas vidas. E eu decidi fazer isso também.

Embora reconheça que a minha doença talvez seja a notícia menos importante a sair da China no momento, escrever sobre ela neste espaço significa que existe uma explicação para qualquer um dos meus fãs mundiais (essas duas pessoas que sabem exatamente que me refiro a elas), sobre o porquê de metade do meu rosto não funcionar quando eles me veem na TV.

Mas seja quais forem minhas razões, esta doença peculiar e fascinante certamente merece um pouco mais de atenção - até porque, entre outras razões, muitas celebridades já foram acometidas por essa condição.

A paralisia de Bell afeta de forma desproporcional mulheres grávidas e pessoas que sofrem de diabetes, resfriados, gripes e outras doenças respiratórias. Mas cientistas não sabem o porquê de este grupo correr mais riscos. Cerca de 1 em cada 5 mil pessoas desenvolvem paralisia de Bell. A maior parte delas têm entre 15 e 45 anos.

Na maior parte dos casos, os sintomas, que começam a se manifestar dentro de 48 horas, começam a melhorar dentro de algumas semanas. Mas por vezes demora meses para que alguém se recupere plenamente. Tanto George Clooney como Sylver Stallone teriam sofrido dessa condição no passado e ambos se recuperaram. Espero que minha recuperação seja um pouco mais como a de George.

A paralisia de Bell deve esse nome a Charles Bell, o anatomista escocês do século 19 e cirurgião herói da batalha de Waterloo que descobriu a função do nervo facial. Ele não teria usado essas palavras, mas o que sabemos hoje em dia é que se seres humanos fossem carros, então a paralisia de Bell seria o tipo de falha que levaria a um recall em massa de veículos.

O nervo facial, vindo da espinha dorsal, passa por um trecho ossudo estreito próximo ao ouvido. Em fases de baixa imunidade, um vírus dormente, de um modo geral o da catapora ou de um resfriado, pode provocar um ataque e fazer com que o nervo inche. Por vezes isso pode ser desencadeado por um evento, no meu caso, um ferimento pequeno no olho esquerdo, mas por vezes não há causa aparente alguma para provocar a condição.

O resultado do inchaço se dá por meio de uma contração do nervo facial dentro da passagem estreita de osso, o que provoca a paralisia. A boa notícia é que não importa o quanto o cérebro se esforce em mandar mensagens, a partir daquele momento do inchaço, o rosto se torna imóvel.

As milhares de terminações nervosas nas quais o nervo facial se divide, presentes nas bochechas e na testa e nos lábios e pálpebras e que são responsáveis por cada emoção, desde um sorriso e uma piscada até um olhar franzido, acabam sendo bloqueadas e isoladas.

A paralisia de Bell pode atingir qualquer um, de qualquer idade, gênero ou raça. E é classificada como uma doença rara, mas comum o suficiente para que 1 em cada 60 pessoas poderá vivenciar algum episódio em algum momento de sua vida. A boa notícia é que a maioria das pessoas se recupera plenamente em questão de meses. A notícia preocupante é que uma minoria expressiva fica com sequelas permanentes, por vezes graves.

De toda forma, a condição representa ao menos semanas, por vezes meses, de ter de enfrentar paralisia facial, o que pode ser complicado, ao menos socialmente. Os blogs e escritos de outras pessoas que sofrem de paralisia de Bell mostram que, para aqueles que não se recuperam plenamente, ela pode ser uma condição devastadora e capaz de transformar uma vida.

Um pai escreve sobre sua incapacidade de voltar a aparecer novamente em uma fotografia de família. Eu, ao menos, não me senti muito incomodado com minha condição e, além do mais, espero obviamente me recuperar.

Para aqueles que se interessam em acompanhar notícias neurológicas pela TV, meu lento progresso ou a ausência dele, poderá ser vista na BBC dentro de alguns meses. À esta altura, é claro que com Clooney e Stallone em seu clube, sir Charles já está acostumado a lidar com astros de verdade. Mas agora ele pode reivindicar um lugar na BBC também e eu gostaria de achar que ele se sentiria orgulhoso de mim."


Filas foram registradas em Sydney e Tóquio, mas o número de clientes era menor que no lançamento do novo iPhone em setembro
Foto: AFP


O iPad mini foi apresentado discretamente nesta sexta-feira na Ásia, como parte da contraofensiva da Apple ante as rivais Amazon e Google no lucrativo mercado dos tablets. Como é habitual, filas foram registradas em Sydney e Tóquio, mas o número de clientes era menor que no lançamento do novo iPhone em setembro. O novo tablet da Apple é lançado oficialmente nesta sexta-feira em 34 países, incluindo Estados Unidos e França.

O aparelho é menor e mais barato que o iPad tradicional, mas continua sendo mais caro que o Kindle Fire da Amazon ou o Nexus 7 de Google, dois grandes concorrentes da Apple. A versão básica do iPad mini, que tem apenas uma conexão wi-fi, custa 329 dólares, contra 199 dólares para os Nexus e Kindle Fire básicos. A Apple domina o mercado de tablets, com 70% dos aparelhos no segundo trimestre (17 milhões dos 25 milhões de dispositivos vendidos no mundo), segundo a consultoria IDC. A Samsung aparece, longe, em segundo lugar, com 2,4 milhões de unidades.

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