À direita, Sally em foto de junho de 1983, na missão espacial STS-7 no ônibus espacial Challenger da Nasa
À direita, Sally em foto de junho de 1983, na missão espacial STS-7 no ônibus espacial Challenger da Nasa

A astronauta Sally Ride, a primeira mulher americana a ir para o espaço, morreu nesta segunda-feira (23). Há 29 anos, em junho de 1983, ela integrou a missão espacial STS-7 no ônibus espacial Challenger da Nasa. Sally morreu após 16 meses de luta contra um câncer pancreático, aos 61 anos.

"Sally quebrou barreiras com graça e profissionalismo - e, literalmente, mudou a face do programa espacial americano", disse o administrador da Nasa, Charles Bolden. "A nação perdeu um dos seus melhores líderes, professores e exploradores. Nossos pensamentos e orações estão com a família de Sally e os muitos que ela inspirou. Ela fará falta, mas sua estrela sempre vai brilhar intensamente."

"Sally era um modelo pessoal e profissional para mim e milhares de mulheres ao redor do mundo", disse a vice-administradora da Nasa, Lori Garver. "Seu espírito e determinação continuará a ser uma inspiração para as mulheres em toda parte."

Sally fez duas viagens espaciais, ambas a bordo do Challenger, em 1983 e 1984. Ela ingressou na Nasa na turma de 1978, a primeira a incluir mulheres. Ela e outras cinco mulheres, junto com 29 homens, foram selecionados entre 8.000 candidatos. Foram cinco anos de treinamento antes de ir para a missão de seis dias que instalou dois satélites de comunicações e realizou uma série de experimentos científicos.

Em 1986, Sally iria a uma nova missão, mas integrou o comitê de investigação sobre o acidente do Challenger. Um ano mais tarde, ela deixaria a Nasa para ensinar física na Universidade da Califórnia, em San Diego. Em 2001, ela criou seu próprio instituto para estimular garotas a seguir carreira em ciência, matemática e tecnologia.

As primeiras mulheres a irem para o espaço foram as cosmonautas russas Valentina Tereshkova, em 1963, e Svetlana Savitskaya, em 1982.